Camille.
No ano-novo, fomos para uma festa no parque da cidade.
Anna já estava com 12 semanas e eu e mamãe levávamos ela nas consultas médicas.
Todos estavam dançando na festa. Jordan e meu pai bebiam e minha mãe, eu e Anna ficávamos conversando. Eu ria de Anna que estava doida para beber uma cerveja e não podia.
– Quando isso acabar, eu vou ficar bêbada por uns 2 meses.
– Não vai não. Você vai estar amamentando. – Falei.
Ela deu um tapa em meu braço.
– Você é muito chata! – Ela disse.
Eu ri. Jordan apareceu.
– Traga comida pra mim. Por favor. – Anna falou.
– Esfomeada...
– Preciso me alimentar. Quer ver sua mulher morrer de fome?
– Não. – Ele disse.
– Ah bom...
Eu ri. Jordan foi buscar comida para Anna.
– E você, coisinha? Alec falou com você?
– Falei com ele no Natal. Nossas conversas são de 1 minuto. – Falei.
– Nossa...
– Acho que vou começar à seguir com a vida. Vou comprar um apartamento, arrumar um emprego para pagar a faculdade e viver do meu jeitinho. – Falei.
– Isso é bom...
– Depois vou conversar com a mamãe e o papai.
– Eles não vão gostar de ver a "princesinha" deles se mudando... – Ela debochou.
Jordan voltou com a comida e Anna atacou. Jordan se sentou ao lado dela e ficou boquiaberto com a rapidez que ela estava comendo. Ele trouxe arroz, com frango e um suco de limão.
Eu bebi bastante e estava cheia de sono.
– Feliz ano novo! – Todos gritaram, quando o relógio bateu 00:00.
Abraçamos os familiares, amigos,... E depois, pedi a chave para os meus pais. Eles iam aproveitar mais um pouco e eu queria ir para casa.
Fui caminhando enquanto ouvia os fogos de artifício. As ruas estavam vazias e eu tive que usar a lanterna do telefone para enxergar.
– I'm just gonna stand there and watch me burn, but that's alright because I like the way it hurts... I'm just gonna stand there and hear me cry, but that's alright because I love the way you lie... – Saí cantarolando, conforme a música tocava de longe.
Quando cheguei em casa, tomei um banho, coloquei o pijama e me deitei. Eu não conseguia dormir. Eu estava pensando em Alec. Queria tê-lo do meu lado, aqui, e dizer:
– Feliz ano novo.
Somente isso. Eu queria apenas vê-lo ou ouvir sua voz. Queria estar abraçada com ele e ouví-lo respirar. Abracei meu travesseiro e tentei dormir.
Na manhã seguinte, quando acordei, ouvi risadas e pessoas falando lá embaixo. Tomei um banho, escovei os dentes, coloquei uma roupa comum e fui até a sala.
– Olá! – Meu pai falou, alegre.
– Bom dia. – Falei.
Me sentei e tomei café. Todos estavam conversando e eu fiquei apenas sentada na poltrona, observando. Levantei e fui até a parte da frente da casa. Me sentei perto da caixa de correio, abracei meus joelhos e tentei buscar paz em algum lugar.Enfim, chegou o dia 7 de janeiro. Aniversário de Audrey e Caleb. Ainda na cama, peguei o telefone e liguei pra lá.
– Alô? – Falaram do outro lado da linha.
– Oi. Quem fala?
– Lily. Eu cuido da casa.
– Ah... Oi. Sou Camille. Eu gostaria de falar com Audrey e Caleb.
– Só um minuto.
Ela chamou os dois e ouvi passos.
– Alô? – Duas pessoas disseram ao telefone.
– Feliz aniversário! – Falei.
Eles comemoraram.
– Camille, venha pra cá. Queremos ver você...
– Infelizmente, hoje eu não posso. Mas prometo que vou arranjar um dia.
– Promete?
– Prometo.
– Nós te amamos.
– Eu também amo vocês. Muito.
Eles me mandaram um beijo por telefone e eu ri.
– Bom.. Aproveitem o dia de vocês.
– Mantenha contato.
– Vou manter.
Eles desligaram o telefone. Me levantei, tomei um banho, me arrumei e saí um pouco.
Caminhei pelas ruas cobertas de neve. Me lembrei da frase: "O amor é uma sede e você é a minha fonte". Me perguntei se o veria novamente. Para que a minha sede também passasse. Passaram se meses e só nos falamos pelo telefone, não adiantava. Precisávamos um do outro.
Quando o frio começou a ficar mais forte, eu voltei para a casa.
Quando cheguei, estavam todos acordados e tomamos café. Me lembrei das manhãs em que eu, Alec e as crianças tomávamos café, juntos. Me entristecia saber que eu não estava lá com Audrey e Caleb.
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À Procura do Amor (EM REVISÃO)
RomanceEle procurava alguém que amasse seus filhos, mas aquela famosa frase veio à tona: "Mexeu com meus filhos, mexeu comigo". * PLÁGIO É CRIME! *