Cap.5- Tempo Juntos.

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Camille.

Quando cheguei em casa, meus pais tinham se escondido e trouxeram um bolo pra mim. Fiquei surpresa. Cortamos o bolo e começarmos à comer, enquanto conversávamos.
- E então? Chamou Alec? - Anna perguntou.
Fiz que sim com a cabeça. Eu ainda estava com um pedaço de bolo na boca.
- Então, vamos fazer um grande jantar. - Meu pai disse, feliz.
- Pai, se for causar muita despesa, não precisa de nenhum jantar.
- É um convite nosso. Queremos saber como esse Alec é.
Dei de ombros e concordei como se eu dissesse: "Tá..."
Anna franziu a testa e olhou para todos. Ela estava lavando a louça.
- Que cheiro é esse? - Anna perguntou.
- De que? - Perguntei.
- Cerveja. - Papai falou.
Meu pai sentia cheiro de cerveja de longe. Ele era ótimo com o olfato. Congelei e coloquei mais um pedaço de bolo na boca.
- Camille, você bebeu? - Minha mãe perguntou.
- Alec fez uma "festinha" e... Comprou cervejas. Juro que não bebi muito.
Eles ficaram calados.
- Eu já te disse o que eu acho sobre beber...
- Isso não vai se repetir...
- Seu patrão tá caidinho por você. - Anna debochou.
- Bobeira.
- Bobeira? Ele fez uma festa pra você.
- Não foi uma FESTA.
- Daqui a pouco você vai dizer que ele te beijou. - Anna disse lavando uns pratos.
Encolhi e sorri. Ela me olhou surpresa e levou a mão à boca.
- Ele te beijou? - Ela largou o pano em cima da mesa e se sentou ao meu lado.
Eu ri.
- Seu patrão? - Mamãe perguntou.
- Eu sei o que vai dizer, mamãe...
Papai veio em minha direção e se ajoelhou na minha frente.
- A questão não é ele ser o seu patrão. A questão é que... Ele, apesar da pouca idade, é bem adulto e pai. Não queremos que você passe por tantos momentos difíceis.
Concordei.
- Ele me deu folga, pra amanhã. - Falei, murcha.
- Bom.
- Eu vou dormir. Estou cansada. Boa noite.
Quando entrei no quarto, fiquei pensando nas palavras de meu pai. Alec e eu não íamos dar certo. Ele é pai, trabalha,... E eu? Eu sou só a babá.

Na manhã seguinte, quando eu acordei, minha mãe estava preparando a comida para mais tarde. Ela estava preparando um frango, com vários tipos de molho, comprou frutas para a sobremesa e tinha um mousse de limão na geladeira.
- Fará um banquete? - Perguntei, brincando.
- Ele é seu patrão. Temos de surpreendê-lo.
- Hum... - Eu ri.
Peguei o telefone e liguei para a casa de Alec. Me sentei no sofá, enquanto mordia uma maçã.
- Alô? - Ele falou.
- Oi. Sou eu.
- Bom dia. Está com a boca cheia?
Pigarreei.
- Desculpe.
- Está bem. Bom... Como você está?
- Bem. Olha... - Eu abaixei o tom de voz - Minha mãe está bem nervosa com o jantar, por favor, não a faça ter um ataque do coração.
- Como você acha que eu faria isso?
- Não sei... Você e esse seu jeito surpreendente e... Digamos... - Suspirei - Sedutor.
Pude sentir um sorriso no rosto dele.
- Você me acha sedutor?
- Alec... Qual é... Qualquer um que está em seu juízo perfeito acha.
- Ora... Que revelações...
Eu ri. Levei a mão à boca quando percebi o que eu disse.
- Oh meu Deus... Desculpe.
Ele riu.
- Sem problemas...
Me calei por um tempo e vi que minha mãe estava rindo. Tentei mudar de assunto o mais rápido possível.
- Como estão as crianças?
- Estão bem.
Ouvi o barulho de algo caindo e levei um susto.
- O que foi isso, Alec?
- Caleb.
- O que ele fez?
- Deixou a cadeira cair.
Eu ri.
- Não ria. Você precisa colocar as ordens aqui, Nanny McPhee.
Eu ri, novamente.
- Então... Nos vemos hoje à noite.
- Tudo bem.
Desliguei o telefone. Eu fiquei rindo e notei que minha mãe me olhava estranho.
- Sedutor... - Falei, baixinho.
Eu ri mais e fui até o banheiro. Escovei os dentes, tomei um banho, coloquei uma roupa normal e ajudei a minha mãe com algumas coisas, até que meu pai chegou, enxugando lágrimas.
- Pai? Pai! O que foi? - Eu perguntei, aflita.
Ele riu e enxugou as lágrimas.
- Pai!
- Eu consegui um emprego. - Ele sorriu.
Quase chorei de felicidade.
- Pai... Isso é maravilhoso!
Eu o abracei.
- Aquele garoto tem um coração de ouro.
Me soltei do abraço de meu pai e o olhei com a testa franzida.
- Que garoto?
- Camille... Seu patrão arranjou um emprego pra mim. Na empresa dele. Vou trabalhar como um dos seguranças. Vou ganhar bem e vai ser uma ótima maneira de diminuir as despesas.
Congelei. Ah Alec... Na hora que eu pedi pra não causar um ataque cardíaco em meus pais.
- Pai... Parabéns!
Eu falaria com Alec hoje à noite. Eu não podia deixar de agradecer por tudo. Fiquei pensando: Será que Alec estava... Gostando de mim? Eu podia notar o brilho nos olhos dele enquanto conversávamos, o sorriso no rosto, o prazer de me ouvir,... E ele era... Incrível.

À Procura do Amor (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora