Camille.
3:20... Eu estava morta de cansaço. Eu não falei nada durante a chegada ao hotel. Íamos ficar em um quarto só. Era uma cama de casal e duas de solteiro. Discutimos bastante sobre quem ia ficar na de casal, quando vimos Audrey dormindo em uma cama de solteiro e Caleb em outra. Sobrou pra mim e Alec.
Antes de chegar no hotel... Eu tentava conter a pressão que veio do avião no carro. O taxista estava andando na velocidade normal.
– Está tudo bem? – Alec perguntou, entrelaçando os dedos no meu.
Balancei a cabeça em um gesto negativo e ele puxou minha cabeça de encontro ao seu ombro. Alec pediu para o motorista ir um pouco mais rápido.
Quando chegamos no hotel, corri ao banheiro e coloquei toda a janta pra fora. Apesar de ser legal andar de avião, era enjoativo. Alec bateu na porta e chamou meu nome.
– Estou indo. – Falei.
Dei descarga, lavei meu rosto e boca.
– Está tudo bem? – Ele perguntou.
– Sim. Agora sim.
Ai... Discutimos sobre a cama.
Coloquei meu pijama e me deitei no meu lado da cama. Alec saiu do banho apenas com uma calça de pijama, o que deixava seu peitoral definido à mostra. Depois, levantei e coloquei um pijama em Audrey e Caleb. Alec estava deitado, com os olhos fechados e a mão sobre seu peitoral.
Me deitei no meu lado novamente.
– Tem algo errado? – Ele perguntou.
Balancei a cabeça em um gesto negativo, sem olhar pra ele. Eu estava nervosa por dividir a cama com Alec.
– Camille?
– Oi.
– Olhe pra mim.
Senti ele trocar de posição e me olhar. Me virei e encarei seus lindos olhos.
– O que foi? – Ele perguntou.
– Nada.
Eu me encolhi na cama.
– Você não precisa ficar nervosa, não farei nada.
Olhei pra ele e assenti com a cabeça.
– Acho que eu estou me intrometendo muito em sua vida e... Não quero estragar nada. – Falei.
Ele pegou a minha mão e levou aos lábios para beijá-la.
– Estou indo rápido demais?
– Não. Acho que o problema sou eu. Mesmo que Audrey e Caleb gostem de mim, tenho medo de me envolver com você e causar a impressão de que estou tomando o lugar da mãe deles. Eu nunca tive um relacionamento sério com ninguém e... Você tem mais experiência, se é que me entende.
Ele me olhou e chegou um pouco mais perto, fazendo meu coração acelerar. Ele acariciou meu rosto.
– Tive muitas experiências na minha vida, fiz coisas... Digamos... – Ele fez aspas com os dedos – "Perigosas" muito cedo e... Não tive tanto sucesso em relação à um amor. – Ele pegou minhas mãos – Quando você chegou, percebi que eu queria descobrir o sentimento, mas não para usar você e sim pra ter uma chance de ver que alguém podia gostar de mim. Gosto de estar ao seu lado e gosto de ver que Audrey e Caleb amam você. Se você não tem experiência com relacionamentos, vamos aprender juntos.
Fiquei calada por um instante e depois olhei pra ele. Aqueles olhos... Me inclinei pra perto e o beijei, suavemente. Era bom sentir o lábios dele contra os meus. Me passava uma sensação de conforto e tranquilidade. Ele passou a mão pela minha cintura e me puxou mais pra perto. Deitei minha cabeça em seu ombro e acariciei-lhe o rosto até que ele dormisse
Acordamos umas 10:20. As crianças ainda estavam dormindo, então, acordamos os dois e fomos tomar café.
Audrey e Caleb tomaram um suco de laranja e comeram um brownie. Eu e Alec comemos um pedaço de torta de maçã e tomamos um capuccino.
– Papai! Tem uma piscina aqui no hotel! – Audrey falou, com a boca cheia de brownie.
Passei o dedo no canto da boca de Audrey, que estava suja de brownie.
– Está calor. – Alec falou.
Concordei e me recostei na cadeira, assim que terminei de comer.
– Vamos papai!
– Está bem...
As crianças comemoraram. Fomos para o quarto.
O hotel era um lugar lindo. Nas paredes dos corredores tinham desenhos dos personagens da Disney, a iluminação era boa e o espaço era grande. O quarto em que estávamos tinha paredes brancas, a cama de casal era grande, as duas de solteiro eram confortáveis e os lençóis eram sempre trocados. Eles tinham desenhos do Mickey. O banheiro era luxuoso, com banheira espaçosa, produtos de beleza do próprio hotel e tinha armários com toalhas, roupões, secador,...
As crianças insistiram que queriam ir para a piscina.
Coloquei a parte de cima de um biquíni azul, simples, que apertava meus seios e a parte de baixo não me fazia ficar tão exposta. O biquíni ficava bom em meu corpo. Eu não era nem tão gorda e nem tão magra. Minhas pernas eram compridas e bonitas, minha pele era pálida e meus seios eram um pouco volumosos, o que os fazia ficar bem no biquíni. Coloquei um short e prendi meu cabelo. Ajudei Audrey a colocar o maiô rosa e Caleb colocou uma bermuda preta. Alec colocou uma camisa branca e uma bermuda, ele usava um óculos de sol estilo Ray Ban, seu cabelo estava bagunçado e ele estava lindo.
Muitas pessoas estavam na piscina e algumas estavam em espreguiçadeiras tomando cerveja e pegando sol. Tinham uns caras bonitos e umas garotas com um corpo maravilhoso. Cruzei meus braços sobre o peito, para não repararem em meu corpo comum. Alec me olhou e descruzou meus braços. As mulheres olhavam para ele e abaixavam os óculos com um olhar malicioso. Confesso que me senti um pouco incomodada. Crianças corriam pra lá e pra cá, escorregando no chão molhado. A piscina era bem grande e parecia ser bem funda, a água era de um azul como cristal e a luz do sol estava bem forte. O dia estava quente e animado.
Nos sentamos em espreguiçadeiras, Alec pediu uma cerveja pra ele e um suco pra mim.
Ele relaxava enquanto eu "lia" um livro e tentava bronzear meu corpo pálido. Alec me olhava enquanto eu lia e eu estava vermelha de vergonha. Eu estava prestando bastante atenção em Audrey e Caleb, que também corriam.
– Papai, queremos ir para a piscina. – As crianças disseram.
– Vai entrar na piscina? – Alec me perguntou.
– Estou ótima.
– Ora, vamos lá...
Ele retirou a blusa e tudo se passou em câmera lenta. Seu peitoral bronzeado e definido e seus músculos fortes estavam à mostra. As garotas olhavam, boquiabertas com tamanha beleza. Ele me puxou para que eu ficasse de pé.
– Você é insuportável, Alec Tompson.
Ele riu. Tirei o short e soltei o cabelo. Ouvi um assobio do outro lado da piscina.
– Que bela vista! – Um homem atrás de mim falou.
– Linda, não é? – Alec falou alto o suficiente para o cara ouvir.
Os caras se calaram e uns riram. Eram 4 homens que me observaram. Me senti exposta.
– Vamos? – Alec falou, me estendendo a mão.
– Alec... Eles estão me observando...
– Não me importa. Eles podem estar observando, mas não podem fazer isso: – Ele me beijou brevemente.
Segurei a mão dele e nós fomos em direção à piscina.
Audrey e Caleb jogavam água um no outro. Alec encheu a bóia dos dois e jogou-as em direção à eles. Eu estava observando as crianças brincarem quando senti meu corpo ser puxado para o fundo da piscina. Alguém me fazia cócegas. Alec. Quando subimos, dei tapas no braço dele.
– Que susto!
– Desculpe.
Ele estava se matando de rir. Uma risada maravilhosa, exibindo um sorriso perfeito. Empurrei a cabeça dele pra debaixo d'água.
Quando Audrey e Caleb cansaram da piscina, fomos até as espreguiçadeiras denovo. Coloquei uma toalha na espreguiçadeira e me sentei, com meu corpo molhado. Alec trouxe limonada, eu dei um copo de limonada para Audrey e Caleb e comecei a secar meu cabelo.
– Gatinha... – Um cara disse pra mim.
Ele retirou os óculos escuros revelando os olhos verdes. Ele tinha a pele branca, era forte, cabelos loiros e me olhava de cima a baixo.
Nem respondi. Apenas voltei a secar meu cabelo.
– Biquíni maneiro...
Na hora, Alec levantou.
– Qual o problema? – Ele perguntou.
– Nada... Relaxa, cara. – O homem provocou.
Alec cerrou os punhos. Levantei e coloquei a mão no braço de Alec. O homem colocou a mão em meu ombro e quase beijou meu pescoço. Olhei pra ele, com raiva.
– Está brava? Oh meu docinho... Não fique. – Ele tocou meu rosto.
Alec segurou o pulso dele e quando o cara riu, ele apertou o braço do homem que se contorceu de dor.
– Sai daqui. – Alec disse.
O cara riu.
– Ela é casada? – O homem perguntou.
– Não.
– Noiva?
– Não.
– Ela é só sua?
Alec se calou por uns segundos.
– Talvez.
Corei diante daquela resposta. O cara soltou o braço das mãos de Alec em um gesto bruto e foi embora. Audrey e Caleb se entreolharam. Eu ri.
– Do quê está rindo? – Alec perguntou.
– Está com ciúmes?
– Não... Só não quero que ele trate ninguém desse jeito.
Concordei rindo.
– Sua?
– Você entendeu...
Eu ri.
– Você está super irritado.
– Não estou não.
– Então abra as mãos... Relaxe...
Ele engoliu em seco e relaxou.
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À Procura do Amor (EM REVISÃO)
RomanceEle procurava alguém que amasse seus filhos, mas aquela famosa frase veio à tona: "Mexeu com meus filhos, mexeu comigo". * PLÁGIO É CRIME! *