Invadimos o segundo prédio mais vigiado dos Estados Unidos.

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Invadimos o segundo prédio mais vigiado dos Estados Unidos

Por incrível que pareça, conseguimos chegar inteiros e sem qualquer problema no Pentágono. Era um conjunto de prédios antigos e singulares, com um grande portão de ferro maciço que impedia a nossa entrada. A van parou em frente ao grande portão e um oficial veio até nós, parando em frente à porta do motorista, onde Percy batucava o volante nervosamente.

- Identificação. - ordenou o oficial, com a voz autoritária e a postura rígida.

Era a minha deixa.

Fechei os olhos e invadi a sua mente, concentrando-me em não deixar pistas que havia algo ali a não ser a sua própria consciência. Encontrei, no fundo de suas memórias, uma lembrança de quando o cabo – nessa ronda consegui descobrir seu cargo – recebeu ordens diretas do superior do seu batalhão, que era responsável pela segurança do Pentágono. Abri os olhos, liberando sua mente e olhei para Guilherme, que estava escondido num canto próximo ao portão, onde era escuro o suficiente para que ninguém percebesse quando paramos a van há um quarteirão dali para que ele descesse. Enviei-lhe mentalmente a imagem do Capitão Swart e o vi tomar a forma dele. Um homem alto e musculoso, com a expressão tão fria quanto a de um filho de Hades.

- Allan Jonhson. – disse Percy, anunciando o nome falso que conseguimos arrumar. Percebi então o quanto a minha parte do plano foi fácil e rápida de se fazer e dei um sorriso orgulhoso e vitorioso.

- Não há nenhuma permissão. – anunciou o cabo. – Peço que se retire.

Foi a deixa de Guilherme, que ainda transformado, aproximou-se do cabo. Este por sua vez, bateu continência rigidamente.

- Permissão para os forasteiros entrarem? – perguntou o cabo.

Forasteiros?!, perguntou-me Lannah mentalmente, pois estávamos tão nervosos com tudo isso que não ousávamos fazer um movimento.

- Permissão concedida. – disse Guilherme em uma voz grave, que eu imaginei ser a do Capitão Swart. – Estava esperando por eles.

O cabo fez uma mesura e retirou-se novamente ao seu posto. Ouvi Evanlyn suspirar aliviada ao meu lado e senti todo o meu corpo se retesar ao pressentimento de desespero que passou por mim. Nico, que estava à minha frente, percebeu e vi um brilho preocupado passar por seu olhar antes de se forçar a retornar à expressão fria e calculada.

- Lannah, Ronnie. – disse ele, lembrando-nos do próximo passo do plano.

Balancei a cabeça, tentando esquecer essa sensação, e olhei para Lannah, que me encarava como se pedisse confirmação. Assenti e fechamos os olhos ao mesmo tempo, iniciando a próxima etapa. Entramos na mente dos oficiais mais próximos, analisando toda a planta do lugar. Precisávamos entrar no Pentágono já com a ideia de como eram as coisas lá dentro. Fui o primeiro a abrir os olhos e me perguntei se minha irmã estava tendo dificuldades em analisar a mente de sua vítima. Mas eu não podia perder tempo e rapidamente invadi a mente dos semideuses mais próximos de mim, que no caso eram Nico, Percy, Evanlyn e James. Fiz o possível para repassar a planta do local para eles.

Quando reabri os olhos, senti-me meio tonta e James precisou me segurar no lugar para não desmaiar.

- Você está bem? – perguntou-me, aparentemente preocupado.

- Um pouco exausto, mas bem. – garanti, e desviei rapidamente meu olhar para Nico, que só mantinha o maxilar travado e o olhar perdido em algo na parede da van.

Bufei, um pouco irritado, e encaminhei-me até a parte da frente da van, onde Percy, Annabeth e Hailley permaneciam nos bancos. Olhei para a janela e Guilherme me olhava com expectativa, ainda com a cópia do corpo do Capitão Swart.

O Filho de Poseidon e O Filho de HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora