Eu adoro finais felizes, principalmente se forem meus

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N/A: este capítulo ainda não pensei na edição. Então Ronnie aqui é Verônica. Se você leu até aqui como Ronald, a história já acabou.

Eu adoro finais felizes, principalmente se forem meus

Dez anos depois...

- Ronnie, está tudo bem? – Nico me perguntou assim que eu entrei em casa, com os olhos cheio de água.

- Não está não! – ele disse assim que viu as lágrimas escorrerem pelas minha bochechas.

Não consegui dizer nada. Sentei-me no sofá, com as lágrimas ainda caindo, e coloquei minha mão esquerda, que tinha no dedo anelar o anel dourado mais lindo que eu já vi, sobre minha barriga protuberante. Nico sentou-se rapidamente ao meu lado, extremamente preocupado. Segurou minha outra mão, que ainda tinha o anel prateado de caveira – nem ele e nem eu conseguimos nos livrar dos anéis que marcaram uma parte importante de nossa vida – e a beijou delicadamente; sua pouca barba fazendo cócegas em minha pele.

- Está tudo bem com o bebê?! – ele perguntou, desesperado. – Meus deuses, Ronnie, diga alguma coisa! Você sai sozinha para ir ao ultrassom e me volta nesse estado!

- Nico, eu... – comecei a dizer, mas quase engasguei com as lágrimas.

- Por favor, me diz que não perdeu o bebê... – ele implorou.

Balancei a cabela negativamente. – Nico, deu para ver o sexo.

Ele abriu um sorriso contagiante. – E qual é?

- Meninas. – eu disse, sorrindo.

- Meus deuses, uma menina! – ele pulou do sofá, comemorando, mas eu segurei sua mão.

Levantei-me e fiquei de frente para ele, ainda segurando sua mão.

- Nico, não. – eu disse e ele logo me interrompeu.

- Mas você disse...? – ele me olhou confuso.

- Meu amor. – sorri ternamente, acariciando seu rosto com a outra mão. – Eu não disse menina, eu disse meninas.

Seu sorriso se alargou de um jeito que pensei que poderia rasgar seu rosto. Nico me deu um selinho demorado, antes de se agachar à minha frente e dar um beijo terno sobre minha barriga. A essa altura as lágrimas já voltaram a cair sobre minhas bochechas.

- Mamãe? – ouvi uma voz infantil vindo de trás de mim. – Por quê está chorando?

Nicholas, crescido para seus apenas seis anos de idade, veio até mim e abraçou minha cintura. Eu sorri, acariciando seus cabelos negros. Nico pegou o menino e se sentou novamente no sofá, com ele sobre seu colo. Sentei-me ao lado deles, brincando com os dedinhos de Nicholas.

- Nick, garotão, temos boas notícias para você! – Nico disse.

- Fala, papai! – Nicholas se empolgou. – Tem a ver com o irmãozinho ou irmãzinha que mamãe está esperando?

- Isso mesmo, pequeno. – eu disse, fazendo cócegas em sua barriga. – Nick, você terá duas irmãs.

- Duas?! – eu podia ver seus olhinhos brilhando. – Posso escolher os nomes?!

Olhei para Nico, receosa. Nunca tínhamos pensado que Nicholas iria pedir isso.

- Deixe, amor. – Nico pediu. – É melhor do que você pensar em outro nome que se pareça com o meu.

Eu ri, lembrando como escolhemos o nome de Nicholas. Outra aposta.

- Tudo bem, querido. – respondi a Nicholas, que pulou alegre sobre o colo do pai. – Qual você está pensando?

- Eu pensei em Lannah e Bianca, em homenagem à titia Lannah e titia Bianca.

Nico olhou receoso para mim, pois mesmo depois de vários anos, ainda não havia superado a morte da minha irmã. Mas diferente do que ele pensava, já consegui ao menos me perdoar. E seria uma grande homenagem a ela. E havia também a irmã dele.

- Claro, meu bem. Perfeita escolha. – eu disse, bagunçando levemente os cabelos dele.

- Mamãe, já tá na hora de irmos pra casa do tio Percy e da tia Annabeth? – Nick perguntou, ansioso. – Quero ir brincar logo com o Dean!

Nico riu. – Seu primo não vai sair de lá não, menino!

- Mas faz tempo que fomos lá! – Nicholas insistiu, cruzando os bracinhos miúdos.

- Fomos na semana passada. – Nico retrucou, imitando o gesto do menino.

- Vá se arrumar, Nick, ainda temos passar na casa da Hailley e encontrar ela, James e o pequeno Sam! – eu disse, dando um pequeno tapinha na perna dele, que saiu correndo em direção ao quarto.

- MAMÃE, A TIA EVANLYN VAI TÁ LÁ COM O TIO BRADLEY E A SASHA?! – ouvi a vozinha dele atravessando o apartamento.

- Vai, sim, querido! Agora se apresse! – respondi.

Quando me virei para Nico, ele me olhava de modo carinhoso e orgulhoso.

- O que foi? – perguntei.

- Não é que você tem jeito para crianças?! – ele disse, sorrindo.

- E você também. – eu disse, acariciando sua barba.

- E vou ter mais ainda daqui há alguns meses. – ele disse e eu ri.

Nico deu mais um beijo em minha barriga protuberante antes de investir seus lábios macios contra os meus. Quando nos separamos, disse-lhe.

- Como está minha rosa negra? – perguntei. – Não vou precisar trocar a água dela, não é?

Ele balançou a cabeça e beijou as costas da minha mão, sorrindo. Nunca nos esqueceríamos do dia em que Persephone me deu aquela rosa.

E então, de repente, precisei dizer-lhe algo.

- Nico, estou com desejo de grávida.

Ele revirou os olhos, esperando pelo pior. – Por favor, não me diz que quer castanhas-do-pará igual você fez na gravidez do Nick! Fiquei uma madrugada inteira procurando um restaurante brasileiro nessa cidade que ficasse aberto a noite toda!

Eu ri, relembrando-me da época. – Não, não é nada disso. É bem mais simples! – garanti.

- O que é, então, princesa? – ele sorriu ternamente.

Mas eu fechei a cara.

- Dez anos, Nico di Angelo, e você ainda está me devendo aquele doce! Está na hora de pagar!

O Filho de Poseidon e O Filho de HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora