Quem diria que o di Angelo tem bom gosto

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 Quem diria que o di Angelo tem bom gosto

- Quem diria que o di Angelo tem bom gosto! - eu brinquei, antes de levar um tapa leve no braço.

Nico tinha dito que conhecia um hotel bom e no momento eu podia jurar que seria mais um motel de quinta categoria, mas me surpreendi quando ele nos fez entrar no Magnolia Hotel Denver. Era um hotel de luxo e eu ficava me perguntando como iriam nos deixar ao menos entrar ali. E, novamente, Nico me surpreendeu quando manipulou a Névoa na recepcionista.

- Eu sempre tive bom gosto. – ele me mandou uma piscadela, enquanto saíamos os três do elevador.

- E é modesto também. – disse Percy, revirando os olhos e cruzando os braços enquanto Nico tentava abrir a porta do quarto. Ele havia pedido um único quarto para que fosse mais fácil fugirmos se aparecesse algum monstro. Mas eu só rezava para que fossem três camas de solteiro. – Difícil aí?!

- Um pouquinho. – Nico estava tendo dificuldades para descobrir como passar o cartão na porta para abrir.

- Me dê isso, di Angelo! – exigi e ele rapidamente me entregou o cartão.

- Todo seu!

Revirei os olhos antes de passar o cartão calmamente pelo batente da porta. Dois segundos depois um clique fez-se ouvir ali e a porta entreabriu. Virei para os dois, que bufavam inconformados, e dei-lhes um sorriso convencido. Que logo se apagou quando abri mais a porta e vi a merda que Nico tinha feito.

Uma cama de casal e outra de solteiro.

- Eu fico com a de solteiro! – eu gritei, mas minha voz foi duplicada.

Quando olhei para Percy, ele pareceu ter a mesma ideia que eu. Eu corri para tentar pular na cama de solteiro antes dele. Mas um filho da puta – digo, de Hades – me segurou pela alça da mochila e me impediu de vencer o Percy. Virei para Nico, que me olhava maroto, e me segurei para não dar um tiro nele com minha arma cheia de balas de bronze celestial. Na verdade, eu estava indecisa entre matá-lo e beijá-lo.

Não que ele precisasse saber.

- Você está ciente de que eu quero te matar, não está? – eu perguntei, com um sorriso sádico no rosto.

- É, eu imagino. – ele disse, pegando minha mochila e a colocando no chão ao lado da cama de casal.

Bufei e me virei para Percy, que estava esparramado pela cama de solteiro. – Eu ainda vou me vingar, Jackson!

- Estou esperando. – ele disse, rindo.

Peguei o que eu precisava na mochila e fui para um dos dois banheiros que havia ali. Quando eu disse que Nico tinha bom gosto, ele realmente tinha. Menos pela parte da cama de casal, eu ainda não engoli isso. Se eu sinto vergonha só quando uma deusa como Persephone mandava alguma indireta, imagine dormindo na mesma cama que ele. E com Percy do lado ainda por cima!

Enquanto a água quente escorria pela minha pele, limpando toda a sujeira acumulada, eu relembrava tudo o que passamos nesse dia fatídico. Mas o que mais perturbava era o Hades e Nico falaram lá no Mundo Inferior. Meu pai? Como assim ela fizera alguma coisa? O que ele poderia ter feito que eu não consigo me lembrar?! Porque Hades mesmo disse que eu que não me lembrava. Toda essa história toda de semideuses e missões já estava me dando dor de cabeça. Também não consigo entender como sou tão bom em lutas e controle da água – era como se meu corpo já soubesse o que deveria saber.

- Demorou, hein? – comentou Nico assim que eu saí do banheiro.

Ele estava deitado em um dos lados da cama de casal, limpo e de roupa trocada. Simplesmente lindo.

O Filho de Poseidon e O Filho de HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora