O Plano de Eileen

230 29 2
                                    

Dean e Pâmela procuraram de forma meticulosa pela entrada secreta que possivelmente os levaria até o cofre, mas a quantidade de gente, e a impossibilidade de uma mobilidade total os estavam atrapalhando. Volta e meia eram obrigados a recuar por algum segurança. O mais velho bufava frustrado, enquanto a mulher seguia de cenho franzindo, atenta a qualquer mínimo detalhe que indicasse uma passagem secreta, ou ao movimento daqueles que guardavam os demais corredores do palacete. Esperavam que em um segundo de descuido pudessem ir além da área do salão.

Nos rápidos momentos em que conversaram, Dean descobriu que na primeira festa, como os vampiros não imaginavam que alguém tentaria roubar o colar, ele ficou guardado de forma descuidada no escritório da matriarca, e foi fácil para Pâmela e Bobby o pegarem de volta, por essa razão ela imaginava que dessa vez, a joia estaria muito bem guardada.

Quando já estavam pensando em desistir e voltar para anunciar a falta de sucesso na busca, receberam o telefonema de Sam, e logo foram de encontro a eles.

Naquele momento era inevitável que contassem a Pâmela a singular condição de Eileen, mas como não havia muito tempo para perder tudo que a mulher ganhou foi uma vaga explicação da história da menina. Seguido disso, Sam e Eileen explicaram o que acabara de acontecer, recebendo olhares espantados da mulher e um aliviado de Dean. Assim que terminaram o relato a menina começou a explicar seu plano.

— Eu tive uma ideia, mas ela não é totalmente segura. - Dean soltou um bufo de desprezo, se fosse seguro não seria para os Winchesters – Nós vamos precisar fazer algum estardalhaço, alguma coisa que pareça perigosa, algo que faça a matriarca ter medo pela joia e pensar nela. Eu imagino que se eu tocá-la nesse momento, talvez nos mostre a localização da joia.

— Como no "Escândalo na Boêmia". - Disse Sam, fascinado com a ideia.

— Exatamente. - Eileen confirmou, os olhos brilhando.

— Como o que? - Dean perguntou, confuso.

— Sherlock Holmes. - Eileen, Sam e Pâmela disseram em uníssono.

— Certo – Começou Dean, ainda sem entender, mas sem vontade de perguntar mais – O que nós podemos fazer?

— Eu pensei que nós poderíamos colocar fogo em alguma dessas cortinas gigantes. - Eileen disse, recebendo olhares de surpresa – Pensem comigo, se nós colocarmos fogo em alguma coisa, o pessoal vai se desesperar e sair, e nós vamos ter um problema a menos pra lidar.

Os demais ponderaram, o que a menina disse fazia certo sentido, as saídas eram grandes e todos poderiam passar sem problemas. Se eles escolhessem uma cortina afastada o perigo seria menor ainda, mas em todo caso eles teriam que fazer parecer grande, para que a matriarca pensasse o pior. - O plano é o seguinte – Começou Eileen – Eu vou até ela, conversar, e vocês dão um jeito de incendiar esse lugar e já façam com que todo mundo vá pra saídas. Se eu conseguir a localização da joia, nós vamos até ela e a destruímos, se não eu vou garantir que não vai sobrar nenhum vampiro aqui pra fazer mal a ninguém. - Disse, e embora sua voz revelasse certo pesar, ela estava resoluta. Todos a olharam, sérios, mas assentiram mesmo assim.

Logo que se separaram a menina foi até a mulher que estava rodeada por um grupo e conversava animadamente. Pediu licença e se juntou a roda, ouvindo a princípio, mas então virou-se para ela.

— Foi uma ótima ideia essa de reunir as pessoas da cidade. - Começou tentando seu melhor sorriso, vendo que a mulher sorrira também – Eu queria agradecer o convite. - Falou por fim.

— É um prazer poder reunir toda a comunidade aqui. Queira me desculpar, mas acho que nós ainda não fomos apresentadas devidamente.

— Eileen. - Disse a menina, mas não fez menção de tocá-la, ela não queria entrar na mente dela antes da hora.

O Livro de EileenOnde histórias criam vida. Descubra agora