Conhecendo Sherlock Holmes

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Eileen deu um leve aperto no braço de Watson, querendo se certificar de que tudo aquilo não era só mais um de seus sonhos desconexos. No momento em que pensou em visitar Londres, ela também lembrou do museu dedicado a obra de Sir. Arthur Conan Doyle, o famoso Sherlock Holmes e seu amigo escritor John Watson. Agora ela via com mais clareza, e depois conversaria sua teoria com o resto de seus companheiros, mas o lugar no qual estavam não era um vislumbre do passado, mas sim algum tipo de dimensão alternativa. Apertou o livro em suas mãos, se contendo ao máximo para não fixar o olhar muito tempo além do normal na face tranquila de seu novo amigo.

Ao chegarem no apartamento, Castiel e Dean pareciam tão calmos quanto a situação permitia, já Sam e Eileen estavam prestes a explodir em excitação. O anjo e o mais velho se entreolharam, a confusão inerente as feições de Cas se tornaram ainda mais fortes. Mal ele se separara de Lúcifer e eles eram trazidos aquele lugar, mas era sempre desse jeito com os Winchesters, não se poderia prever nada.

Assim que entraram, a primeira coisa que Eileen percebeu foi a figura sentada em uma das poltronas da sala, a pessoa abraçava as pernas juntas ao peito, e logo ela soube, aquele era Sherlock Holmes. Algo como um calafrio percorreu sua espinha, nunca se sentira tão enérgica em toda sua vida, e a tentativa de atenuar esse sentimento e agir com calma a estavam enlouquecendo.

— Temos visita Holmes. - Watson anunciou, vendo que seu colega nem mesmo se mexeu do lugar.

— Sintam-se à vontade, eu vou buscar um pouco de água para a senhorita. - Saiu lançando um sorriso terno para Eileen.

Foram deixados na sala sozinhos com Holmes. A menina foi até ele, parando a sua frente, mas não se sentou ou fez qualquer movimento, assistindo enquanto o homem levantava o rosto e a encarava – Americanos... - Ele soltou apenas, e Eileen abriu um largo sorriso.

— Como você soube? - Sam perguntou, eles não haviam falado nada desde que entraram ali.

— Seu irmão – Começou apontando levemente para Dean – Parcialmente bronzeado, claramente ele não conseguiu isso morando aqui. Mais a leve confusão no rosto de todos vocês, o cavalheiro ali – Dessa vez apontou para Cas – Olhou para a janela umas dez vezes nesses poucos minutos em que esteve aqui, está curioso com a paisagem, ele não faria isso se fosse de Londres. Obviamente poderiam ser do interior, ou de algum condado mais simples onde a maioria das trabalhadores braçais, e por consequência, que passam mais tempo ao sol vivem. Mas estão vestidos com roupas caras, o que sugere que deveriam ter algum dinheiro, mas todos parecem claramente desconfortáveis, vocês não vestem isso todos os dias, mas sabem que essa seria a norma de vestimenta daqui. Não trabalham no campo, mas estão levemente bronzeados, tem dinheiro e ainda sim não usam roupas desse tipo no dia a dia. Se fossem ingleses estariam habituados com a paisagem, e não estariam desconfortáveis nas roupas. Isso e também o fato da estrutura óssea no rosto da menina gritar América. E, por ultimo, mas completamente obvio o fato do rapaz ter falado e o sotaque dele provar minha teoria, americanos.

— Isso foi incrível. - Eileen começou, seu sorriso se tornando ainda mais largo – Como soube que Sam e Dean são irmãos? - Perguntou, e Holmes pareceu quase lisonjeado com a expressão no rosto da menina, não era sempre que alguém recebia com tanto entusiasmo suas deduções.

— Eles tem quase o mesmo tom de verde nos olhos que não é fácil de se encontrar normalmente, só acontece quando um dos pais tem olhos azuis e o outro olhos castanhos, ainda sim a chance desse tom de verde acontecer é de aproximadamente 15%. Também o formato da orelha, quase pontiaguda, também um traço genético recessivo, também difícil de se encontrar normalmente. Os dois carregam traços raros, o que sugere que devem ser irmãos.

O Livro de EileenOnde histórias criam vida. Descubra agora