Capítulo 56: He Can Only Hold Her

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Apesar da agitação do dia anterior, Cláudia levantou disposta a iniciar logo os trabalhos. Arrumou-se e desceu.

Pela manhã, foi recebida por Liz e Phil que a convidaram para o café da manhã. em seguida iriam para a sala de reuniões, na própria mansão de Phil, onde encontrariam Mattew, o contador chefe de toda Blue Velvet, um senhor de mais de sessenta anos.

Continuariam o trabalho sem exatamente parar para o almoço, comendo na própria sala, por escolha dos dois contadores que preferiram não se distanciar do trabalho. Cláudia já havia conhecido Mattew quando fora contratada e sabia que ele tinha uma competência invejável, embora desconhecesse exatamente seu currículo. Que pelas conversas paralelas com Phil e Seth, que poucas vezes apareceu na sala, ela desconfiou que se tratava de um contador acostumado com o mundo obscuro da máfia e sindicato do crime.

Seguiram tarde adentro e Cláudia reparou que desde que falou com Seth no dia anterior, logo após sua chegada, ele mal deu as caras. Ele de fato a estava evitando sempre que possível. Porém no final da tarde, Phil E Seth teriam que dividir a grande mesa da sala de reuniões com Matt e Cláudia.

Ela estava concentrada no trabalho, embora conseguisse dividir parte de sua atenção com a conversa dos sócios mais ao lado. Discutiam sobre algum projeto tecnológico que foi apresentado para a Blue Velvet, um software que conseguia identificar nuances na voz humana, como um tipo de detector de mentiras para possíveis códigos vocais. Apesar de parecer interessante, eles iriam recusar. Não fazia muito sentido para a empresa em si.

— O que me preocupa no momento, Seth, é como conseguir aqueles carregamentos de materiais. Não consigo gente de confiança pra trazer e não posso usar meus contatos "legais" pra isso.

— Hum... – Seth Pensava – Bem, eu tenho um contato, mas... ele já anda fazendo umas coisas pra mim. Se fosse pegar ele pro trabalho sei que gastaríamos mais do que conseguir esses produtos legalmente ou comprando alguns agentes da alfândega.

Cláudia ouvia sem entender, mas em sua mente veio imediatamente um nome: Nakashima. Ela ouviu o que Seth falava enquanto estava pegando café, que estava disposto em um pequeno carrinho de comida que estava mais próximo deles do que dos contadores. Sendo assim despretensiosamente, enquanto mexia o açúcar em seu café, se intrometeu:

— Desculpe. Eu não sei do que se trata o assunto de vocês, mas... estão precisando de alguém de confiança para fazer algum trabalho por baixo dos panos, certo?

Phil e Seth e olharam.

— Você tem alguém pra indicar? – Phil se animou.

— Ela não tem esses tipos de contato, Phil – Seth se intrometeu, um pouco irritado. Detestaria que ela tivesse ligações com essas pessoas e não queria incentivar.

— Er, eu não sei quais seriam esses contatos e possivelmente Cunnings esteja certo – riu – também não sei do que precisam, mas é que eu ouvi falar de uma pessoa que talvez esteja disposta a assumir alguns riscos...

— Ora, então fale – Phil olhava para ela enquanto fazia um gesto para Seth não se intrometer – quem é?

— Nakashima. Dizem as más línguas que ele anda mal das contas. Não sei se é o que precisam, mas... se querem economizar... Uma pessoa que precisa de dinheiro costuma ter bons preços e boa vontade – sorriu meio sem jeito e tomou um gole de café – Vou voltar pras pastas, desculpe a intromissão.

Scrupulo - Vale Quanto Pesa [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora