Capítulo 12: O refúgio de Cláudia

145 21 13
                                    

Ainda estava se sentindo enjoada e angustiada. Como se algo terrível pudesse acontecer de repente. Assim, ignorou completamente o caminho que fizeram, o que a fez ter uma grande surpresa quando saiu do carro e percebeu que estavam em Tribeca, um dos melhores bairros da moda de Nova York. Menos mal, ela achou que seria algum buraco escondido entre os galpões dos portos. O carro foi estacionado na frente de um prédio, e enquanto caminhava para ele acompanhada do segurança, ela viu que Drake Valentine vinha na direção deles. Ele os acompanhou e enquanto seguiam, se explicou (visto que ela tinha uma clara expressão de desconfiança).

— Olá de novo Cazarotto. Eu vou ser o responsável pela coordenação da segurança. Já conhecia o bairro?

— De ouvir falar.

Ela não estava pra conversa.

Drake tagarelou qualquer coisa enquanto subiam e abriam o apartamento. Ele abriu a porta para ela, com seu modo afetado de ser.

Quando entraram, Claudia se impressionou com o que viu. O apartamento era, à grosso modo, um grande vão como um corredor espaçoso, em que sala e cozinha dividiam o espaço, sem janelas. A sala contava com um confortável sofá de couro com três lugares, uma mesa-pufe quase tão larga quanto ele à sua frente. Uma mesa de canto com um belo abajur de formas contemporâneas. Próxima à parede oposta ao sofá, uma mesa de jantar com tampo de vidro, com base em metal, bem como suas quatro cadeiras. Mais à frente, via-se o típico balcão que separa a sala da cozinha, com tampo em madeira clara. Dois bancos altos à sua frente.

Claudia andou pelo apartamento, reparando que estava muito bem decorado, era aconchegante e passava um ar típico de Tribeca; sofisticação simples, coisas com fibras de palha ou tecido, misturadas com couro e metais. Apesar de todo conforto, algo denunciava que essa decoração não partia de uma família ou de uma pessoa em si, mas por um decorador, e isso era o excesso de organização. Mesmo para Claudia, que é ordeira, estava tudo tão impecável que parecia uma cena de revista de arquitetura e decoração. Depois de passar pela sala, ela se aproximou da cozinha. Armários de cor branca, com um fogão tradicional de cinco bocas e forno. Ao lado da cozinha, uma porta de correr, com vidro esfumaçado. Ela abriu e viu um quarto pequeno, com uma cama de casal alta, uma grande cômoda e um baú aos pés da cama, ambos de madeira. Todo o lugar era agradavelmente claro, com tons de branco e bege predominando, e alguns moveis mais escuros e quadros com cores mais vivas nas paredes brancas. Era iluminado, pois tinham duas janelas grandes que ocupavam quase uma parede inteira, do teto ao chão.

Drake e o segurança ficaram na sala. De repente o celular do segurança toca.

— Sim. Entendi. Acredito que eu seria melhor nessa ação do que fazendo segurança e... hum. Está sim, só um momento – e o segurança passa o seu aparelho para Drake.

— Alou. Hum. Sim, tô em Tribeca, chego lá em... uns vinte minutos. Até – Drake desliga o celular e entrega para o segurança.

— Parece que encontraram.

— É.

— E vocês vão lá agora? Eu poderia ir junto.

— Tá doido? E deixar a moça aqui? Cunnings te mata.

— Tsc. Besteira. Se vão apagar Big Maze acabou o probl – mas ele nem pode terminar a frase, pois Drake o interrompe com um chiado e a cara fechada.

Drake olha pra a direção do quarto, onde Claudia parece distraída olhando agora o banheiro da suíte. Ele se volta ao segurança, sussurrando.

Scrupulo - Vale Quanto Pesa [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora