Capitulo 8

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Dias depois..

As aulas continuavam normalmente, hora ou outra ouvia algum burburinho mais nada que uma cara fechada não resolva.
Teria o ultimo horário de aulas com a Prof.Maya então estava tranquilo ao menos foi oque eu pensei. Ao fim da aula  Maya pede para que eu permaneça na sala.

—Milie só tenho uma pergunta a fazer! Disse
—Pode fazer, se eu puder responder. Digo
Deu uma pausa considerável e prosseguiu.
—Você e Cris estão se relacionando? Disse com o senho levemente franzido.
—Sim estamos nos relacionando, algo contra? Digo séria.
—Ela tem idade de ser sua mãe, e é casada. Disse
—Ta mal informada heim Maya, ela não é mais casada, e pra terminar essa conversa por aqui quero que ouça bem. Nada nem ninguém vai me empedir de ser feliz com ela. Digo e saio da sala.

Passei a tarde organizando a minha casa e pensando na conversa com Maya, mais me desfoquei desse pensamento quando me lembrei que hoje teria uma festa no club que frequento e certamente Cris também iria e não quero fazer feio quero chegar lindíssima.

Fui ao salão dei aquele tratamento especial as minhas madeichas e já aproveitei e fiz uma limpeza de pele e a make no salão mesmo. Cheguei em casa e resolvi usar um vestido de renda nude e um salto preto de camurça preto, coloquei alguns acessórios para completar o look e modéstia parte eu estava maravilhosa.

A festa estava lotada, logo que cheguei encontrei Laura e fomos pegar algo pra beber e em seguida fomos dançar. A pista de dança tava bem cheia então estava meio difícil dançar. Até que vejo quem eu menos queria ver. Fernando com a cara mais deslavada do mundo.

—Hora a hora, olha só como a perfeita vagabunda está! disse com um riso sarcástico. Antes que ele pudesse prosseguir com suas palavras despudoradas, joguei o líquido que estava em meu copo em seu rosto e sai da pista.

—Você tá bem? Acho melhor a gente sair daqui. Disse Laura
—Não quero sair e não vou dar esse gosto à ele. Digo

Fui até o balcão onde estavam vendendo bebida e pedi um shoot de tequila com sal e limão e virei sem nem olhar pro copo e senti aquele líquido arder pela minha garganta. E voltei para o encontro de Laura e quando perdi Fernando de vista voltei pra pista e fui dançar a minha musica preferida que tocava no momento.

Já estava tarde e ainda não havia visto Cris, e já estava um pouco fora da casinha digamos assim. Bebi mais do que divia e já estava com a visão turva.
—Milie, você precisa ir pra casa. Já passou do limite. Laura praticamente gritava ao meu ouvido.
—Calma gay, a noite é uma criança. Cris não veio mesmo. Deve estar com aquele nojento. Já estava falando coisas nada haver pra ver que cú de bebado não tem dono literalmente.

Minha cabeça começou a girar e senti o peso do meu corpo, e minhas pernas não conseguiam sustentar-me em pé, de tão bebada que eu estava. E tudo escureceu.

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça infernal e somente de roupas íntimas, e de relânce vi Laura sentada na poutrona ao lado da minha cama.
—Milie abre esse olho que sei que você já está acordada. Disse num tom rustilizado.
—Pelo amor de Deus, já tô com muita dor de cabeça pra aguentar esporro ok?! Digo irritada.
—Tivesse pensado nisso antes de beber como se não houvesse amanhã. E o pior de tudo foi que você soltou um negócio que uma pessoa tá puta contigo. Disse
—Minha nossa, oque eu aprontei? Porque sinceramente não tô lembrando. Digo
—Além de cachaceira, tem aminésia agora? Você disse que a Cris deveria estar com Fernando e mal sabe você que ela estava atrás de você, e depois disso você desmaiou. Sua sorte. Disse
—Eita e agora? Não vou ter cara de olhar pra ela depois dessa gafe horrível. Digo com os olhos marejados.
—Agora é tarde, ela está lá embaixo esperando você acordar. Estou indo pra casa pra vocês conversarem. Vai tomar um banho gelado e depois toma o café que fiz pra você. Disse

Tomei um banho bem gelado, lavei meu cabelo, e coloquei um short de pano mole e um top e desci preparada para ir à forca literalmente porque minha cara já era de enterro.
Desci as escadas e me pus em frente de Cris temerosa pelo que aconteceria.

—Então Milie, pode me explicar o porque de ter bebido tanto? E ainda mais dizer aquela asneira toda?! Disse com a sobrancelha arqueada.
—Primeiramente quero pedir desculpas pelas coisas desconexas que disse, e não foi minha intenção. Digo fitando o chão.
—Até entendo o seu estado pelo teor de álcool que você tomou, mais pelo amor de Deus Milie precisava beber daquele jeito? Disse um tanto alterada.
—Te procurei na festa e não te encontrei então pensei que deveria estar acompanhada então bebi pra aliviar a raiva. Digo já contendo uma lágrima que teimava em fugir dos meus olhos.

O silêncio tomou conta da sala, e não nos olhavamos nos olhos. Não conseguia decifrar oque aquele olhar queria demonstrar. E derrepente a mesma quebra o encômodo silêncio..—Eu não sei nem oque dizer pra você Milie. Sentia o peso da culpa pairar sobre mim e no impulso digo—Só diz que me perdoa? Eu sei que me portei como uma inconsequente e prometo que não farei isso novamente. Me perdoa? Lágrimas caiam demasiadas pelo meu rosto.
—E mesmo que eu queira não consigo ficar com raiva de você minha maluquinha. Disse me envolvendo em seus braços e beijando minha testa.
—Eu te amo! Foi a única frase que eu consegui proferir naquele momento.

Ficamos por horas deitadas no sofá, com Cris acariciando os meus cabelos e afagando o meu abdômen. Me sentia segura quando ela estava comigo.
—Milie eu preciso ir pra casa agora pequena, promete que vai ficar bem? Disse com um olhar cuidadoso sobre mim.
—Vou ficar sim amor, mais você tem que ir mesmo? Digo manhosa.
—Sim vida, mais eu te ligo mais tarde. Disse me mandando um beijo no ar e saindo do meu campo de visão.
Alguma coisa me dizia que ela não deveria ter saido daqui. Espero que seja somente um pressentimento bobo. Que seja...

Sentimento ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora