Táxi, please!

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Os táxis estavam lotados, as pessoas estavam loucas à procura de um espaço se quer no banco. Eu logo me sentei em um banco que ficava ao lado da porta principal de entrada para o aeroporto, pois eu tinha convicção de que iria demorar até chegar novos táxis.

E bem, bingo... Demorou cerca de trinta minutos até que o mesmo pudesse chegar, e então, finalmente o taxista guardou minhas bagagens no porta-malas e eu sentei no banco de trás, coloquei o cinto e comecei a procurar o papel dentro da minha bolsa, o mesmo continha o endereço do meu destino.

—Para onde deseja ir, senhorita? -Perguntou o taxista.

—Moço, me perdoa... É que eu cheguei agora no Brasil, eu estava fazendo faculdade no Canadá. Acho que perdi o endereço! -Eu disse preocupada procurando na bolsa sem olhar um segundo sequer para o taxista.

—Ok, eu irei aguardar então! -Ele disse aparentemente compreensivo, desligando o carro e então, aguardando de braços cruzados.

Desgraça, que desgrama! Mal cheguei no Brasil e já perdi o próprio endereço da minha casa.

—Olha moço, eu não faço ideia de como chegar lá... -Eu disse fuçando ainda mais na minha bolsa.

—Desculpa mas eu tenho que traba... -Ele dizia até eu o interromper.

—AH, EU ACHEI! Glória Deus, obrigada senhor... -Eu disse pegando o papel e entregando para o homem que estava impaciente.

Logo o taxista deu partida no carro e seguiu para o endereço do papel, o qual ele colocou no GPS.
Depois de aproximadamente dez minutos, finalmente eu havia chegado. O taxista me cobrou duas vezes o valor da partida pela demora até eu achar o endereço. Injusto? Injusto! Se eu queria chutar a lataria daquele carro? Queria! Mas enfim, como sou mais pacífica que o oceano...
Desci do carro e eu mesma retirei minhas malas do porta-malas, assim que o taxista deu partida, eu gritei; —SEU LADRÃO, OPORTUNISTA!
Obviamente ele não me ouviu, e então eu segui... Entrei na portaria com minhas malas e fui até a recepção onde encontrei um porteiro.

—Pois não senhorita, em que posso lhe ajudar? -Questionou o porteiro.

—Oi eu me chamo Laura Zanchettin, sou a nova moradora do 207! -Eu disse animada.

—Ah sim! Prazer, sou o porteiro Otávio. -Ele disse estendendo a mão.

Eu cumprimentei Otávio e em seguida olhei para o painel elegante repleto de Chaves e logo voltei meu olhar de volta para ele.

—Ah sim, aqui está a sua... Só preciso que assine aqui! -Ele disse me dando um contrato com uma caneta e em seguida as chaves do meu apartamento.

Eu assenti com a cabeça em resposta e assinei o contrato, logo peguei as chaves e agradeci com um sorriso.

—Bem vinda! -Ele disse acenando e sorrindo ao mesmo tempo para mim, enquanto me via partindo aos poucos.

—Obrigada! -Sorri de volta e entrei no elevador.

Assim que o elevador parou no andar 4, o qual era onde se encontrava o meu apartamento. As portas se abriram e eu saí do mesmo levando minhas malas junto comigo. Talvez elas estivessem pesadas o suficiente para um futuro desastre, mas eu estava esperançosa de chegar bem até o meu apartamento.
Mas um desastre me interrompeu nessa esperança e eu acabei tropeçando e me embolando toda em minhas malas. Não demorou dois segundos para que eu beijasse o chão, ah, sem falar que tinha gosto de produto de limpeza.
O andar todo sem dúvidas conseguiu ouvir o barulho do impacto do meu corpo com o duro do chão.

Estava tudo preto e girando, até que de repente avistei um vulto na minha frente. Em seguida esse mesmo vulto falou comigo, e rapidamente pensei comigo mesma; —Será que chegou minha hora? Será que Deus mandou alguém para me levar desse mundo?

—Meninaaa... -Disse o vulto.

Eu estava tão tonta que ignorei o vulto e mantive silêncio, enquanto tentava raciocinar se minha roupa era apropriada para partir desse mundo.

Meu vizinho Youtuber | Lucas Olioti - T3ddy  #Wattys2017Onde histórias criam vida. Descubra agora