Pedro ON* Buscando respostas.

953 74 20
                                    

Eu já estava ficando cada vez mais desesperado. Laura havia desaparecido. Sim, ela sumiu pra ser mais exato. Faz dois dias desde a última vez em que eu a vi saindo para levar Lua no aeroporto. E por mais que eu tenha ligado diversas vezes, ela não atende de jeito algum. Eu sinceramente me encontro sem alternativas.
Conheço a Laura, e sei que ela tá passando por diversos problemas ultimamente e isso me deixa mais aflito em relação ao sumiço dela.
Se eu estou pensando que ela por um acaso do destino, tenha se matado? Sim, eu estou.
Mas Laura não era assim. Por maior que fossem os problemas dela, ela sempre os encarou de frente e com a cabeça erguida. Falo porque na maioria das vezes presenciei isso, e também presenciei ela partindo em um avião em destino ao Canadá.
Confesso que eu sempre fui distante de Laura, no começo éramos uma família unida... Mas cada um preferiu se isolar. Eu me isolei em meu quarto, Laura se isolou em outro país, minha irmã mais velha procurou refúgio na medicina, minha mãe se isolou junto de uma pilha de processos no seu trabalho, e meu pai se isolou procurando refúgio em outra mulher. Isso me magoa, afinal, magoaria todo mundo que passasse pelo que eu e Laura passamos.

Eu realmente estava preocupado com ela, mas decidi aliviar um pouco minha cabeça já que não me alimentava a mais de vinte horas.
E então decidi que assim que eu me alimentasse, eu iria procurar ajuda.
Assim por fim parti em direção a cozinha onde comecei a revirar os armários de comida. Eu estava literalmente faminto, mas achei apenas uma caixa de Sucrilhos e ao lado da caixa estava um bolo de papel picotado e todo amassado.

—Mas que droga é essa? -Questionei a minha mesmo em voz alta.

Levei o papel amassado para cima da mesa junto da caixa de Sucrilhos e assim que desdobrei aos poucos e delicadamente os pedaços picotados comecei a junta-los aos poucos em cima da mesa. Confesso que nunca fui bom em montar quebra cabeças, e esse desafiava todos os existentes até hoje.

—Que merda! -Resmunguei confuso.

Alguns longos minutos se passaram e eu ainda estava ali, tentando ao máximo juntar as peças picotadas.
Com certeza conclui meu trabalho apenas uma hora e cinco minutos depois.

—Um contrato de trabalho da Laura! -Falei em tom alto, animado por finalmente ter conseguido entender algo que continha no papel.

Eu realmente estava um pouco confuso sobre isso. Porque diabos um contrato de trabalho da Laura estaria amassado e digamos que "escondido" no armário?! Isso não me parecia um ato feito por Laura.

—Wtf! Eu não sei o que eu faço mais... Não tenho nem pra quem ligar! -Falei revoltado enquanto me sentava na cadeira em meio a sala de jantar.

Repentinamente o interfone tocou, e isso me assustou pois eu não esperava. Mas logo me animei em ir atendê-lo, poderia ser a Laura... Não sei de que forma, mas eu tinha esperanças que fosse ela.
Então, caminhei apressadamente até a parede e logo atendi.

—Laura? -Perguntei deixando claro minha voz um tanto desesperada.
—Não. Sou eu, o porteiro... -O mesmo falou rindo fracamente.
—Ah, sim. Em que posso ajudar? -Questionei e logo suspirei profundamente deixando claro a minha ilusão.
—Eu gostaria de falar com a senhorita Laura... Ela passou aqui por esses dias e me ignorou. Eu tenho várias correspondências pra entregar a ela! -Ele disse.
—Ah, eu já desço aí pra pegar. -Falei.
—Ok, obrigada senhor! -Ele agradeceu.
—Flw! -Eu me despedi e assim desliguei o interfone.

Eu estava mais preocupado com a Laura do que com as correspondências, então decidi revirar o quarto dela em busca de alguma pista, depois é claro de eu comer praticamente toda a caixa de Sucrilhos.

Me direcionei pro quarto dela e logo tive a visão da cama bagunçada e o desprazer de ver várias calcinhas e sutiãs espalhados pelo quarto.

—Ai que nojo! -Falei revirando os olhos.

Mas resolvi ignorar. Percebi que o nootbook dela estava em cima da escrivaninha, então sentei na cadeira e logo abri o computador. E pra minha infelicidade ao liga-lo, o nootbook pediu senha.

—Que raiva Laura! -Resmunguei.

Eu nunca quis ser um detetive, até porque se eu fosse eu ia morrer de fome. Porque eu não encontro nem as coisas que em perco repentinamente, quem dirá achar pistas pra me dizer onde foi que a Laura se meteu. Aquela desgrama.

—Eu não sei nem a data de nascimento dela, imagina outro tipo de senha... -Falei procurando por números aleatórios na agenda que estava parada em cima da escrivaninha.

Mas algo fez com que isso se tornasse cansativo pelo simples fato que eu não ter respostas. Desisti de procurar por pistas, as quais eu sabia que não iria achar, afinal, aquilo não era um filme de suspense e muito menos CSI São Paulo.

Decidi então que era hora de descer pra buscar as correspondências, na verdade era a minha última opção. Até por que depois disso eu não saberia mais o que fazer.

Assim que sai do apartamento entrei no elevador e junto de mim estava uma senhora de idade com um enorme cachorro na coleira. Isso me assustou um pouco. Não que eu tenha medo de cachorros, mas sim pelo fato de o cachorro ser duas vezes maior do que a própria dona.

—Bom dia jovem! -Ela disse com um sotaque carioca.
—E-eh... Bom dia! -Falei e logo cruzei os braços enquanto eu fitava o teto do elevador.

Assim que o elevador chegou no térreo, eu e a senhora de idade saímos juntos. Ela foi cumprimentar alegremente o porteiro, e quando eu falo "alegremente" eu também estou me referindo a assanhada mente.

E então, eu fui o felizardo que ficou esperando o arreganho dos dois passar pra finalmente ele me entregar as correspondências.

—E a senhorita Laura? Não a vi mais passando por aqui... Se bem que ela me ignora até mesmo quando passa. -Comentou o porteiro.
—Faz dois dias que eu não vejo ela. -Falei enquanto suspirava profundamente.
—Oxi. Mas você já viu se tem a ver com trabalho? Ou com seus pais? - Ele questionou, fazendo com que meu bloqueio pensativo se quebrasse.
—Nossa, eu te amo. É sério! -Falei dando um abraço nele e por fim, pegando as correspondências e retornando então para o apartamento suspirando felicidade.

⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
Oi bebê, obrigada por ler até o final...

Hoje é véspera de ano novo e então eu desejo a você um ótimo 2018! Que seu ano seja de muita luz, paz, amor, saúde, harmonia, crushs, fanfics novas e tudo de melhor. 🤗🙏🍀🥂🎉

»Se você gostou do capítulo, deixa seu votinho e seu comentário aqui.
»Aceito sugestões para a história.
»Sua opinião é muito mais do que bem-vinda, então, sinta-se livre pra opinar.
»Obrigada por tudo.

Agradecimento especial: Dessinha do core ❤️

Eu amo tanto você! 😉❤️

Meu vizinho Youtuber | Lucas Olioti - T3ddy  #Wattys2017Onde histórias criam vida. Descubra agora