Meu vizinho Youtuber | Lucas Olioti - T3ddy #Wattys2017

Pedro ON* Flashback do melhor dia de toda a minha vida.

--------------------------------------------------------
São 21 mil visualizações e 1.570 votos.
De coração, muito OBRIGADA por tudo isso ❤️
--------------------------------------------------------

Talvez aquele dia veio a ter sido o melhor de toda a minha vida. Não somente o meu, mas o de todos os envolvidos.
Laura, minha irmã... Ela havia voltado. Na realidade, considero que ela tenha renascido das cinzas, pois as condições em que ela se encontrava eram sem dúvidas a piores possíveis.
Suas roupas estavam sujas, rasgadas e complexas de sangue. Seu cabelo não via uma escova a dias, sem falar que o lado esquerdo estava completo de sangue seco. E os pulsos dela... Os pulsos eram o que mais chocava.

Flashback ON*

Eu havia acordado com um telefonema. Me assustei um pouco. Confesso.
Eu havia dormido no chão da sala, apenas com a parte íntima coberta por um cobertor, pois eu estava nu.
E a única coisa que eu não pude ignorar nisso tudo, era a dor que invadia a minha cabeça. E foi somente quando eu olhei ao meu redor, que um filme sobre a noite anterior se passou pela minha cabeça.
Eu estava mal. Eu não tinha mais forças pra aguentar a barra, e eu reconhecia completamente o quão fraco eu era. Por isso, me acabei com bebidas alcoólicas de todos os tipos que eu havia encontrado no supermercado mais próximo. Mas o pior de tudo, era que eu tinha transado com uma garota, cujo eu não fazia ideia de quem era. E ela estava deitada no chão da sala completamente nua. 

—Ai meu Deus, isso não pode estar acontecendo... -Falei enquanto levava a minha mão direita até o meu rosto e no mesmo depositava tapinhas leves. Pois eu estava incrédulo da cena que eu via naquele momento.

—Você transou com uma garota! -Falei em voz alta pra mim mesmo, enquanto ignorava o meu próprio telefone tocando.

Eu estava tão tonto e minha cabeça latejava de dor, e então a minha primeira iniciativa foi vestir a minha cueca que eu havia encontrado em cima da estante de livros da Laura, que se encontrava exatamente ali na sala.

—Esse som tá acabando comigo. -Falei irritado me referindo ao telefone que tocava descontroladamente. Haviam sido mais de três ligações.

Revirei as roupas que estavam jogadas pelo chão e eu não estava encontrando-o. E foi de repente que eu olhei pra um vaso no hacker da televisão e então consegui distinguir que era de lá que vinha o som. Não hesitei em pegá-lo o mais rápido que pude.

—Fala sério! -Eu disse assim que tinha o celular sob minhas mãos. No visor estava o nome "Pai" chamando. Era tão irritante aquilo.

—O que você quer as seis da manhã? -Questionei ao mesmo tempo em que atendia o celular e lançava meu olhar para o relógio digital que se encontrava pendurado na parede em minha frente.

Pai: —Meu filho... NÓS A ENCONTRAMOS! -Ele berrou no celular totalmente animado e contente.
Eu: —O que? Você tá falando da Laura? -Questionei e logo senti a esperança invadir cada veia do meu corpo.
Pai: —ELA ESTÁ VIVA! -Ele gritou descontrolado sem esconder a felicidade na voz.
Eu: —Meu Deus. Aonde você tá? -Perguntei.
Pai: —Eu estou saindo de casa e em doze minutos eu te pego aí. Laura está na delegacia... -Ele disse, um pouco mais calmo dessa vez.
Eu: Como ela está? -Perguntei preocupado.
Pai: —Eu ainda não sei, não consegui falar muito com o delegado. -Ele respondeu e aquilo me deixou duvidoso sobre o estado físico de Laura.
Eu: Vou me arrumar. Espero você na calçada. -Conclui e logo desliguei a chamada.

Meu Deus. Aquilo era o ápice da minha felicidade. Mas a minha preocupação com o estado de Laura me rodeava ainda, por isso eu queria vê-la o quanto antes para ter certeza que tudo seria como antes novamente.
Depois de alguns minutos eu me arrumei e então comecei a organizar a casa, pensando na possível volta de Laura pra mesma. Eu estava ansioso, por mais que minha relação com ela não seja das melhores. Eu estava totalmente decidido a ser melhor de agora em diante, afinal nós precisamos ser o refúgio um do outro.
Eu estava completamente pronto para sair depois de seis minutos passados da ligação do meu pai, mas ainda havia o pequeno ser humano desmaiado em meio a sala. E por mais que eu não a conhecesse, eu teria que ser gentil.