Pedro ON* Última opção!

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Assim que retornei novamente ao apartamento, corri rapidamente até a mesa de jantar onde se encontrava o contrato de trabalho da Laura.
Observei cada detalhe, e assim procurei por números que pudessem me ajudar.
E felizmente não demorou muito pra mim encontrar um número de telefone no contrato. Eu sinceramente não fazia ideia de quem pertencia aquele número, mas se tratava de Laura, então me arrisquei.

Peguei meu telefone e disquei o número que ali estava. Na primeira tentativa, não houve nenhuma resposta. Na segunda, desligaram a ligação. Já na terceira, obrigatoriamente alguém teve que atender.

—Alô! -Disse um mulher com um tom que fez soar grosseiro. —Quem é?
—Ah... Me chamo Pedro Zanchettin! -Falei e a mulher manteve silêncio. —Sou irmão da Laura Zanchettin, a provável publicitária do YouTuber que eu não lembro o nome agora...
—Ah sim. -Ela disse relevando desinteresse em sua voz. —Em que posso ser útil?
—Minha irmã sumiu de repente... E eu preciso saber se ela está aí em Londres?! -Falei na esperança de uma resposta que pudesse me alegrar.
—Não, e eu sou grata por isso... Sem falar que ela está demitida! -A mulher falou e isso me irritou.
—Afinal, quem é você? -Questionei mostrando em minha voz completa irritação.
—Sou a empresária do Lucas, e como eu já disse antes e agora irei repetir; Laura está demitida! E então, quando a encontrar novamente, informe-a! -Ela concluiu e logo desligou o telefone, me deixando sozinho na linha.

—Aposto que é mau comida! -Falei revirando os olhos.

Agora só me resta uma última alternativa... Ligar para meu pai. Por que eu sabia que se eu ligasse para minha mãe, seria impossível ela atender, afinal ela está internada em um hospício. E por maior que seja a dor, eu precisava ignorar isso.

Retornei para o quarto de Laura onde me direcionei diretamente para a escrivaninha onde em cima da mesma se encontrava uma agenda, cujo eu já havia folheado antes.
Lá estava o contato do meu pai, ligar pra ele naquele momento não me agradava muito mas como eu já disse, não tenho mais alternativas.

Disquei o número e na primeira vez, atenderam.

—Bom dia, casa da senhora e do senhor Macarty. Em que posso ajudar? -Perguntou uma voz feminina. Pelo ao menos essa era uma pessoa gentil.
—Sou Pedro, gostaria de falar com meu pai... -Falei e logo suspirei profundamente desinteressado.
—Ah sim, compreendo quem é o senhor. Irei chama-lo pra você, licença! -Ela pediu e logo a linha ficou silenciosa.

Esperei por alguns minutos que se pareciam horas, mas logo ele chegou e eu desejei nunca ter ligado antes.

—Pedro? Que alegria falar com você! -Disse meu pai animado.
—Por favor, isso daqui não é novela mexicana e eu não sou a Globo! -Falei me referindo ao teatro, que eu sabia que era falso.
—Como você é ignorante Pedro! -Ele falou e logo suspirou como se estivesse chateado.
—Eu não tenho tempo pro seus teatrinhos... Eu liguei pra falar da Laura! -Falei e logo ouvi ele suspirar. Aquilo foi estranho.
—Laura? Eu queria falar com ela... Espero muito que vocês venham ao meu casamento! -Ele disse e logo senti meu sangue ferver, mas me controlei.
—Não liguei pra saber sobre seu casamento, liguei pra falar da Laura! -Eu disse.
—Ah, mas vocês não receberam o convite do casamento pelo correio? Eu sinto muito por não poder ir entregar pessoalmente, mas as coisas estão corridas demais ultimame... -Ele dizia até repentinamente ficar em silêncio.

Me destraio do telefonema para observar as correspondências que estavam em cima da mesa. E sim, lá estava o convite do casamento. Mas fiz pouco caso e voltei minha atenção para o celular.

—Desculpa... Eu realmente sinto muito por tudo isso! -Ele disse e logo eu suspirei entendiado com a conversa.
—Pai, a Laura sumiu. Ela não aparece a dois dias... Já liguei pro trabalho dela e ela foi demitida! -Falei mostrando desespero em minha voz.
—Como assim, ela sumiu? -Ele perguntou demonstrando preocupação.
—É... E eu não sei mais o que fazer. -Falei.
—Calma, eu vou te pegar aonde quer que você esteja... E nós vamos fazer uma ocorrência na delegacia! -Ele afirmou antes mesmo que eu pudesse negar ou falar qualquer outra coisa que fosse contra.
—Ok. Eu vou aguardar na portaria... Estou no apartamento da Laura! Flw. -Eu disse e logo desliguei.

Me aprontei, peguei o contrato todo picotado e passei durex aonde eu conseguia. Confesso que gastei um rolo de durex e mesmo assim faltou,  e então guardei o contrato em uma pastinha e logo desci para o saguão.

—E então? Descobriu algo? -O porteiro perguntou.
—Talvez eu descubra agora... -Respondi.
—Boa sorte rapaz, e que ela esteja bem! -O porteiro falou e logo sorriu esperançoso.
—Obrigada. -Respondi.

Logo caminhei até a frente do prédio, onde esperei alguns minutos e por fim, em um "carrão" apareceu meu pai. E o que mais me impressionou era o fato de ele não estar dirigindo, e sim, um chofer. Aquilo me deixou pasmo, confesso.
Meu pai mudou de vida completamente, e eu sinto que isso não pertence a ele... E sim a amante dele.

O chofer desceu do carro e abriu a porta esquerda na parte de trás do carro, e logo pude avistar meu pai sentado no banco do carro. E eu, por não ter outra escolha... Subi no carro e me sentei ao lado dele.

—Olá meu filho... -Ele disse e logo me cumprimentou com dois tapinhas no meu ombro.
—Oi. -Falei curto e grosso enquanto prendia o cinto.
—Marcos, em direção a delegacia mais próxima daqui, por favor! -Ele ordenou ao chofer, e o mesmo logo atendeu sua ordem.

Passei ouvindo na maior parte do caminho sobre a vida nova de meu pai, ele falava sobre como era ser pai novamente e de como ele estava ansioso para que o bebê viesse ao mundo. Mas eu o ignorei, apenas assentia com a cabeça e remoia a dor que eu estava sentido por cada palavra dita por ele.
E assim que avistei a delegacia pela janela do carro, suspirei aliviado.

⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
Oi bebê, obrigada por ler até o final...

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»Obrigada por tudo.

{Capítulo revisado: Desculpa qualquer erro}

Eu amo tanto você! 😉❤️

Meu vizinho Youtuber | Lucas Olioti - T3ddy  #Wattys2017Onde histórias criam vida. Descubra agora