Histórias foram contadas de todas as formas sobre a existência de lobisomens e suas companheiras. Há quem diga que já viu ou sentiu sua presença, outros nem sequer cogitam a possibilidade desses seres realmente existirem.
Abigail não acredita em...
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Chegando em frente à casa de Abigail, Christian desligou o carro e olhou para ela. E neste momento ela se lamentava por ter soltado aquelas palavras. Por todo o caminho até sua casa, ela tentou contornar a situação, mas ele continuava não escutando. Suspirando, ela olhou para o banco de trás onde estava Júlia e Paulo, sua filha com a bochecha apoiada no próprio ombro, só não havia tombado para o lado por causa do cinto de segurança.
A atenção de Abby voltou para Christian quando ele abriu a porta do carro e se dirigiu para a porta traseira, onde estava Júlia. Soltando-a do cinto e pegando cuidadosamente a criança nos braços, fechou a porta do carro, Abigail apressou-se para sair do banco e abrir a porta de sua casa.
Ao deixar Júlia no quarto, Christian voltou em direção a Abigail que estava ao lado de fora da casa. Querendo conversar com ele novamente, deixar claro que depois de anos eles não tinham mais esperanças de voltar e que ele deveria seguir em frente, encontrar alguém que o faça feliz.
— Vou deixar o Paulo na minha casa e volto para ficar com você. — Chris sussurrou ao chegar próximo às costas de Abby, a pele dela arrepiou-se, não pela sensação boa de ouvir a voz, não a sensação que ela sentiu com o estranho mais cedo, e isso a deixou confusa, não era possível ter ficado tão ligada com um desconhecido e não sentir nada de bom por seu ex, que conhece desde criança. A sensação foi de temor, seu tom de voz não deixava brecha para imaginação, ele a queria e estava jogando duro para isso.
— Não, Chris. — Abigail impediu que ele desse mais um passo para perto dela. Afastando-se um pouco, ela abraçou o próprio corpo como se para proteger-se. — O que eu disse foi apenas aquilo, não havia um significado por detrás das palavras. Nós ainda estamos separados e não vamos voltar.
Christian analisava o rosto de Abigail, esperando ver algum sinal de que ela não estava sendo sincera, o vacilar ocorreu em algum ponto, ele tinha que agarrar antes que sumisse. Na verdade, o vacilar em sua face não era um consentimento para avançar, Abby havia ficado nervosa pelo tempo que ele ficou parado, apenas olhando para ela e assim a expressão de falsa calma desandou.
Quando viu o avanço e determinação no rosto dele, ela deu vários passos para trás, quase caindo com o desnível da calçada cimentada para a terra solta. Aproveitando a parada de Abigail para pegar o equilíbrio de volta, ele rodeou seu corpo com o braço e a trouxe para junto de si.
Rapidamente Christian enrolou os cabelos nas mãos e segurou a cabeça dela firmemente, a boca de Abby abriu para protestar e aproveitando a ação, Chris desceu seus lábios para os dela, colocando sua língua ali, a beijou duro e profundamente, mostrando o quanto sentiu saudade do toque, da textura, da leveza que nela havia. O corpo de Abigail estava rígido, totalmente em alerta quando ele invadiu seu espaço e boca, a mente fervilhava e embaralhava seus pensamentos, o único aviso claro que vinha com frequência era que ela deveria se afastar. A tentativa de virar o rosto foi em vão por causa do aperto seguro, deixando a cabeça dela onde ele queria, os braços fortes de Christian a impediam de ficar longe dele.
