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Qualquer erro, irei corrigir depois.
Não podia esperar mais para postar, ontem ia terminar e publicar, mas foi meu aniversário, acabei não tendo tempo. Amanhã é o do meu irmão, me sobrando hoje.

Obrigada pelos votos e leituras 🌷

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ABIGAIL

Caminhei até a grande casa do prefeito, sentia que estava flutuando. Já tive esse sentimento com Christian, mas nunca nessa intensidade, precisei lutar contra o meu desejo de me aconchegar em seus braços fortes e quentes. Só tinha visto essa sensação descrita em livros e achava um absurdo que houvesse tamanha conexão entre dois personagens, uma ligação explosiva e viciante. Receber aquele carinho me deixou tão confusa ao mesmo tempo que me deu a certeza de que seria um prazer morar dentro daquele abraço. Não posso me permitir cair mais ainda por ele, já vi esse filme se repetindo diante dos meus olhos. Os jogos que algumas pessoas escolhem fazer parte, magoar para alimentar o ego, se divertir às custas dos sentimentos dos parceiros. E as vítimas escolhidas ficam ansiando por migalhas de atenção, tornam-se dependentes de uma ilusão, rastejando, implorando.

Deus! Sinto tanto medo de me tornar assim, perder uma parte da minha identidade enquanto alimento o amor por um jogador. Joshua é um dos homens mais lindos que conheci, forte, proporcional com seu tamanho, os olhos brilhantes que me hipnotizam, seu sorriso de lado. Não sei se posso acreditar em sua bondade, até onde ele iria para me seduzir? Meu coração diz que ele é uma ótima pessoa, mas já me enganei uma vez, não posso ser considerada a melhor julgadora de caráter.

Respirei profundamente antes de colocar meus pés novamente naquela casa, sabia que precisava sair o mais rápido possível, tinha a chance em mãos, só teria que pensar se era a melhor opção. Deixei qualquer questionamento de para onde ir em seguida de lado, era algo para se pensar com calma e racionalmente, entrei pela porta da sala já indo em direção às escadas quando notei Christian sentado na poltrona com a perna cruzada, ele me olhava fixamente e em silêncio. Ele acenou com a mão para que eu me aproximasse.

― Algum problema? ― Aproximei-me com ar profissional, aquela casa não era apenas o lugar que eu estava dormindo, mas meu local de trabalho.

― Diga-me você, querida. ― Com um olhar ele me desafiava que eu me fizesse de desentendida.

― Nenhum, Christian. ― Acatei ao que ele já esperava, não por querer fugir, não mais. Não havia qualquer coisa que eu devesse me envergonhar, minha vida só dizia respeito a mim. Olhei para o pequeno relógio sobre o painel da tv e me toquei que horas eram. ― Está quase na hora do almoço, quer que eu ajude a Ceiça a pôr a mesa?

― O que eu gostaria é que você e Júlia almoçassem comigo.

― Não acho que vá ser possível, sabemos o que se espera de empregados e não é compartilhando uma refeição na mesma mesa.

― Júlia ficou feliz com a ideia, só queria confirmar com você. ― Mordi o interior da minha bochecha para não falar coisas erradas, ele sabe que eu odeio que falem com minha menina antes de falar comigo. ― Não quero brigar, só passar um bom tempo ao lado de vocês.

Sentia que havia algo mais por trás de suas palavras, mas quando se tratava de Christian, sempre tinha algo a mais. Júlia desceu as escadas saltando degrau por degrau, correndo diretamente para meus braços.

JOSHUA - PROTEGE (PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora