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O capítulo já estava pronto, mas eu não estava satisfeita com ele. Decidi escrever mais coisas quando fui revisar, pode haver erros. Não deixem de votar, basta clicar na estrelinha.

Hasta luego! ♥

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ABIGAIL

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ABIGAIL

Ele está apto para ser o pai dela? Deus! De onde Júlia tira essas coisas? Tenho certeza que meu rosto denunciava a vergonha que estava sentindo. Já havia me acostumado com ela incentivando meu relacionamento com o Christian, mesmo que eu ficasse desconfortável, era algo que eu conseguia lidar por conhecê-lo há anos. Mas com o Joshua? Só o tinha visto uma vez antes e passei mais de uma semana sem vê-lo, pensei que nem voltaria a ficar cara a cara com ele. Eu não sei onde estava com a cabeça ao permitir que ele falasse com Júlia, a conhecendo como conheço, deveria saber que ela falaria algo assim. Ela é uma boa menina, mas ainda é uma criança como todas as outras e crianças são... crianças.

Para sua altura, a língua não tinha tamanho.

Vendo que Joshua não repeliu a afirmação da criança, fiquei me perguntando o que mais poderia estar rolando em sua cabeça, além de sair correndo e não olhar mais para trás. Seria uma grande possibilidade, se for lembrar a sua reação no parque quando soube que eu tinha uma filha. Mesmo que eu tivesse dito como tudo aconteceu, não queria fazê-lo mudar de ideia com minha explicação. Mas mudar qual ideia? De ficar comigo? Não sei como essas coisas puderam surgir em minha mente nesse curto espaço de tempo em que passei conversando com ele, contudo, aconteceu. Ele me parecia uma boa pessoa, mas eu sentia que algo estava por trás, algo que me trazia um peso no estômago e a revelação do que fosse mudaria minha vida para sempre. Essa sensação não passava, com o passar dos dias sentia que a aproximação da mudança estava próximo e só me fazia ficar mais nervosa.

Pressentimentos como este eu tive um mês antes dos meus pais falecerem, foi uma parte da minha ruína. A única razão para que eu não desistisse, foi a Júlia, a ela eu devia a vida e viver por ela era o que deveria ser feito. Me deu propósitos, razões para continuar, ser forte por nós duas. Eu morreria pelos meus pais, isso era um fato, mas o que não imaginava era sentir essa vontade de viver, viver por e para alguém. Só por ela. E agora tem esse cara, que eu nem conheço direito e já está tentando uma aproximação. Não sou uma idiota para não ver os olhares que ele me lançou desde o parque, depois daquele dia passei por diversos momentos em que sentia a sensação de estar sendo observada pelos mesmos olhos magnéticos que me fitaram. O azul encantador, a cor do mar onde eu queria me afogar.

Mas é uma bobagem imaginar isso vindo de uma pessoa que eu mal conheço e tem a probabilidade de que eu não vá aprofundar esse conhecimento. Eu sempre tive uma desconfiança sobre o mundo, como se houvesse algo escondido, uma verdade que poucos conheciam e guardavam isso com suas vidas. Talvez seja só minha paranóia afetando, porém, esse sentimento de que algo falta não passa e ao com os anos passando sinto que o buraco em minha mente só aumenta, a desconfiança de que falta algo na minha vida me faz querer questionar tudo, até o acidente que levou meus pais. Mas questionar para que ou quem? Meus pais haviam morrido anos atrás, questionar não colocaria comida na mesa, não compraria roupas, não pagaria os materiais de Júlia, era só uma perca de tempo procurar por respostas que provavelmente iriam me atingir de forma negativa. Talvez a ignorância fosse a melhor opção.

JOSHUA - PROTEGE (PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora