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Agora voltei com tudo! Tive umas crises terríveis e pensei várias vezes em abandonar por não me sentir capaz, por me culpar, por me cobrar. Mas depois de longos dias de reflexão depois das crises, voltei para terminar essa história e seguir para as seguintes.

Temos altas revelações neste capítulo 😉

E, não revisei, escrevi tudo pelo celular, provavelmente o corretor me zoou muito kkkk

Boa leitura ♡

Mal estacionei e já pulei do carro, sentia-me inquieto pelo que tinha visto. Há poucas coisas na minha vida que me assusta, a morte dos meus pais e a responsabilidade que eu tinha pela frente com a matilha foram os que mais me apavoraram, mas aquela imagem ficou gravada em minha mente, a sombra não tinha olhos, mas sentia que estava olhando diretamente para nós. E a preocupação só aumentou quando vi Abby cambaleando, temi que o que aconteceu com ela antes em sua casa, voltasse naquele momento. Mas, felizmente, não voltou, assim que a sombra se dissipou, Abigail endireitou-se e entrou no carro. Ela não falou uma palavra desde aquele momento até agora, apenas olhou para a estrada à frente, presa em algum lugar em sua mente. Júlia continuava tagarelando da cadeirinha no banco traseiro, fiz som de concordância para que ela continuasse, era bom ter algo normal acontecendo depois do susto.

Dei a volta no carro em direção onde Abby estava, ela já havia descido e removia o cinto de segurança para tirar Júlia. Deixei que ela terminasse, a criança mal colocou os pés no chão e já correu em direção à porta da casa, seguida por Abby. Segui em silêncio, olhando para todos os lados, temendo que a sombra voltasse a aparecer. Entrei na casa, vendo as duas guardando os materiais que traziam em seus devidos lugares, a casa estava completamente organizada, se não olhasse o quarto de Júlia, claro.

Sentei-me no sofá e esperei que terminassem o ritual diário, Abby iria dar banho em Júlia e depois desceria para preparar algo para o jantar. Esperei por alguns minutos, balançando a perna, nervoso, impaciente, me consumindo. Não queria assustá-la, mas também não podia ignorar aquilo. Não percebi quanto tempo esperei, olhando fixamente para a parede, despertei quando senti Abby me chamando da cozinha.

Levantei-me, coloquei as mãos nos bolsos e me dirigi para a cozinha, desejando poder puxar Abby para um canto e falar com ela. Não podia sequer começar a entender por que ela não estava abalada ou, se estava, como conseguia disfarçar. Eu vi o medo em seu rosto, segurei seu corpo quando ela quase caiu, mas agora foi como se não tivesse acontecido. Devorei a comida em poucos minutos, querendo apressar as coisas, mas não era possível já que Júlia conversava mais do que comia.

— Júlia, refeições são momentos sagrados, vamos agradecer o pão e comer em silêncio.

— Mas, mamãe, não tem pão aqui, é macarronada. — Para confirmar, Júlia levantou o seu garfo com desenho de princesa no cabo, com uma quantidade generosa da comida. Apesar da tensão do meu corpo, não consegui me impedir de rir.

Ouvi por alguns minutos uma breve discussão sobre isso, Júlia acabou perguntando 'por que' tantas vezes, não sei de onde surgiu tanto argumento na mente de Abby, mas ela conseguiu responder tudo e pacientemente, no final, Júlia fechou os olhos, agradeceu e voltou a comer, em silêncio.

JOSHUA - PROTEGE (PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora