JOSHUA - PROTEGE (PAUSA)

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(Me perdoem os erros)
No próximo capítulo teremos flashback.

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"E todas as vozes que nos cercam aqui, elas desaparecem quando você respira. Só diga a palavra e eles desaparecerão no deserto. Esta deveria ser a última coisa que vejo? Quero que você saiba que é o bastante para mim, pois tudo o que você é, é tudo o que eu preciso."
Ed Sheeran

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JOSHUA

Vê-la. Eu precisava vê-la mais uma vez e eu sei que não devo. Ela é uma pessoa desconfiada, não vai aceitar que eu apareça em todos os lugares em que ela está por pura coincidência. A desculpa de estar correndo quando a vi não foi totalmente uma mentira, escolhi exatamente correr dentro da cidade para poder passar em frente à casa do prefeito, torcendo que ela aparecesse no jardim ou até dentro da própria casa, passando em frente a janela. Só queria um pequeno vislumbre para que eu pudesse ficar em paz, me preocupar com seu bem-estar ficava entre as coisas mais importantes da minha vida. Se não a mais importante.

Correr para encontrá-la ou sonhar todas as noites com ela já não era o suficiente. Eu queria poder conversar, abraçar, sentir o aroma de cada pedaço do seu corpo e, mais ainda, colocar o meu cheiro sobre ela, para que cada lobo soubesse que pertencia a mim. Ansiava por marcar sua mente, coração e alma, até me arriscaria em fazer um casamento tradicional e colocar uma aliança em seu dedo, só para oficializar humanamente que ela era minha tanto quanto eu era seu. Como nós dois seríamos um só e que o destino estava mais do que certo ao me destinar a alguém forte e decidida.

Há uma pequena possibilidade de que eu esteja pirando, andando sem parar dentro do meu escritório improvisado enquanto espero notícias sobre meu pedido ao prefeito, talvez isso seja um indício para a loucura. Consegui enviar pessoas do meu bando para representar minhas empresas exteriores como influência para conseguir plantar meus negócios na cidade. O começo já está decidido, quero construir uma escola para crianças e adolescentes de ensino integral, as bolsas serão distribuídas de maneira justa entre as famílias mais necessitadas para que seus filhos tenham a oportunidade de obter uma educação de qualidade. Ainda não é agradável ter que lidar com humanos e muito menos crianças, a maioria delas são sem controle e acaba me deixando a ponto de arrancar os cabelos. Mas a ideia de uma escola surgiu exatamente porque Abby tem uma filha e para chegar nela, eu tinha que primeiramente conquistar a pequena menina. O que estava parcialmente completo, já que ela quase me convocou a ser seu pai.

A resposta para o meu pedido foi aceita em poucos dias, basta ter dinheiro que as coisas andam mais rápido. E eu não estou reclamando, de verdade.

Quero que Abigail veja a boa pessoa que eu posso ser ao trazer novidades para a cidade e ajudar a desenvolvê-la. Dar trabalho as pessoas, ter a admiração da população e logo a atenção da pessoa que eu tanto desejo, o único motivo para que eu esteja movendo um dedo para a prosperidade do município.

Somente por ela.

Não me importo com todos os acenos simpáticos que recebo nas minhas corridas matinais, mas como eu estou fazendo o papel de bom moço, preciso retribuir e até parar para conversar, falar e mentir um pouco sobre minha vida, sorrir o máximo e concordar com as palavras dos humanos são as formas mais fáceis que encontrei para conseguir meu lugar de queridinho. Humanos tem o ego grande e gostam que amaciam, amam ter a razão sobre algo, isso os deixam convencidos e fácilmente manipuláveis.

Dois toques na porta interromperam minha caminhada no meio da sala.

― Entre. ― Sophie, uma das lobas do bando, entrou na sala pisando duro, mas ao me ver parado sem mostrar qualquer reação a sua entrada brusca, suavizou as feições. Faz alguns dias que não a via, ou pelo menos eu não registrei sua presença. Depois que encontrei Abby, as coisas ao meu redor se tornaram sem importância e minha atenção só se focou nela desde então. ― Algum problema?