Capítulo 9 : Saudades

3.4K 264 8
                                    

Astrid Narrando

Quando chegamos em casa , minha mãe não parava de falar um segundo sobre o encontro que eu teria mais tarde com o Nicolas .

- Mãe, eu já entendi. A senhora está muito feliz com isso mas agora vou subir tomar um banho. Fui!- Falei , e subi as escadas indo diretamente ao meu quarto.

Detei na cama, fechei meus olhos, e por um momento, lembrei do meu pai. Aí meu pai Damion Wilson, o melhor advogado de Chicago, o melhor amigo, o melhor marido , e o melhor pai do mundo.

Ele adorava me fazer rir. Mesmo chegando cansado do trabalho, ele me fazia rir. Uma vez eu, mamãe e ele resolvemos passar uma semana em uma casa que tinha no campo . Eu tinha 14 anos , e faltava uns 8 messes para o meu sonhado 15 anos.

Lá papai me contava histórias, perto da fogueira , nos comemos marchimerlows* e meu pai contava histórias. Histórias de princesas corajosas . De bruxas e seus feitiços. E de vampiros e suas guerras, de paixões, e de aventuras épicas. Eu amava e ele sabendo disso , as vezes inventava história em que eu participava.

- Então a linda e corajosa Astrid, pegou sua espada e desafiou barba negra a um combate de vida ou morte. - Disse meu pai, erguendo um pequeno galho como se fosse uma espada.

- E o que ela fez meu amor!? - Disse minha mãe.

- Ela com golpe acabou com barba negra , e quando ele estava no chão, com o sangue escorrendo ela olhou em seus olhos e falou: " Nunca subestime a mim, e nem a nenhuma mulher. Este foi seu pior erro .  Eu venci. E você morrerá, sabendo que uma mulher, uma mulher que você odeia o matou "  e o verme do pirata morreu, e ela espalhou a paz pelos os sete mares .

- E fim, o barba negra aprendeu a lição. Nunca subestime uma mulher. -Disse me levantando e colocando as mãos na cintura em uma pose de herói.

- Será que é o fim! ? Então derrote a mim se for capaz. - Disse meu pai, segurando o graveto, em posição de ataque.

- Vou acabar com você velhinho!  - Falei.

Então depois de várias tentativas, consegui derruba-lo, fiquei em cima dele e falei.

- Cheque mate!

- A você me matou. Não tem se quer piedade. - Ele então colocava a língua pra fora e fechava os olhos.

Eu ria , ria muito com aquilo, e minha mãe também. Nos éramos felizes. Muito felizes. Mas aquela felicidade acabou.

Meu pai morreu de câncer, após um mês do meu aniversário.

Aquela lembrança trouxe lágrimas aos meus olhos. Sentia saudades. Saudades do meu pai, saudades de chicago . Saudades da minha antiga  vida uma vida que nao voltara mas. Peguei meu celular, e decide fazer uma vídeo - chamada com Erica e Derrick. Pois queria tirar esses pensamentos ruins da cabeça. Sou a Astrid marrenta, e doida . Essa é quem eu sou e não frágil, se uma coisa é certa , meu pai gostaria me ver Feliz e divertida assim como ele era.

Limpei as lágrimas e comecei a vídeo chamada . Já era 17:00 horas, e eu ia começar a me arrumar as 18:00 para o " encontro"

" Aí meu saco " - pensei.

A Doida Da Minha Vizinha(Em Revisao)Onde histórias criam vida. Descubra agora