Capítulo 23

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Jamie

Chutei suas costelas antes de ser segurado pelos trabalhadores do local.
- Me solte, porra! - rosnei e consegui que me largassem. - Vou te colocar na cadeia seu filho da puta.
- O que? - cuspiu o sangue de sua boca enquanto seu nariz jorrava.
- Essa é uma amostra do que sou capaz de fazer quando mexem com a minha mulher. Vou conseguir provar que você é o responsável por seu atentado e vai apodrecer na prisão.
- Do que está falando? - fingiu estar surpreso. Conseguiu ficar de pé e gemeu curvando-se - Droga! Você quebrou meu nariz.
- Isso é pouco.
- Pouco? Você acabou com a minha carreira. Por sua culpa não consegui um emprego decente.
- Não é o que parece - olhei ao redor e notei seu terror. Era uma casa simples que estava sendo reformada. Realmente uma grande decaida para quem já foi considerado um dos melhores. - vou destruir você e no final não sobrará nada. Nem mesmo a lembrança do seu nome. - dei meia volta e desejei ter batido mais. Meu celular começou a tocar assim que entrei no carro e imaginei se a Tita tinha acordado. Ontem quase não dormir depois que recebi a mensagem de Samuel meu investigador particular dizendo que Daniel tinha viajando uma semana do atentado da Tita para Belo Horizonte. Já estava com sede de esmurrar seu rosto e isso foi o combustível perfeito para vir atrás dele. Atendi o celular louco pra voltar pra casa.
- Senhor Carter, Samuel está aqui em seu escritório e precisa conversar com o senhor. - minha secretaria me informou e precisei adiar minha volta pra casa.
- Vou chegar em quarenta minutos. - desliguei.

Entrei em minha sala e Samuel me esperava. Ainda estava com a adrenalina no topo.
- Achei que gostaria de ver esses documentos. É sobre o Daniel Almeida.
- Espero que seja as provas que coloquem aquele bastardo na prisão.
- Não é as provas - ele exitou - mas é algo que não me passou batido.
- Que merda é essa? - quase entrei em colapso quando comecei a ler.
- Foi depositado em sua conta cento e cinquenta mil e depois de um mês mais cinquenta e o dinheiro saiu da conta de Tita Cavalcante.
- Não é possível. Não pode ser. - bati o punho contra a mesa. Minha cabeça estava confusa e busquei um motivo plausível para que Tita estivesse mantendo o homem que acabou com o nosso casamento. Respirei fundo e tentei me manter seguro.
- Acho que ela pode estar sendo chantageada e talvez resolveu não aceitar mais essa situação e por isso houve o ataque.
- Porque está dizendo isso?
- Ninguém dá uma quantia tão alta a um ex noivo e aquele atentado foi muito estranho, acredito que a intenção foi apenas assustar.
- Como pode ter certeza?
- Quando ela saiu do carro correu por cerca de vinte metros em campo aberto. Poderiam ter atirado nela mesmo que por advertência. Depois não houve perseguição, não encontrei nenhum sinal de que tivessem a seguindo. E ainda existe a questão do hotel.
- O que descobriu em Belo Horizonte?
- subornei um funcionário do hotel que me contou que por várias vezes Daniel se hospedou nesse hotel e todas as vezes recebeu a visita de uma mulher.
- Que mulher? - amassei o papel e Samuel pigarreou antes de falar.
- Ele não lembra o nome mas me deu uma descrição fisica e tudo bate para ser... a sua mulher.
- Tita não mantém contado com aquele imbecil. - gritei e quis joga-lo fora da minha sala por insinuar aquele absurdo.
- A mulher tem as mesmas características. Estatura mediana, cabelos longos castanhos, quadris largos e pele clara. Daniel a encontra no restaurante do hotel e depois sobem para o quarto. - não enxerguei mais nada em minha frente. Saí do escritório sabendo que cometeria uma loucura. Tita não poderia estar com ele. Meu Deus! A vontade era de matar aquele bastardo. Foi um milagre não ter sofrido um acidente mas cheguei em casa com o gosto amargo da traição. Entrei e logo ouvi sua voz na cozinha. Precisava manter o controle ou faria uma loucura sem tamanho.

Tita

Estava terminando de preparar o almoço e tentava caprichar. Gosto de trabalhar e ser independente mas também amo essa sensação de cuidar do meu homem. Tenho certeza que muitas milhares acham um retrocesso mas pra mim é felicidade.
- Deveria estar na cama. - ouvi sua voz e sorri me voltando para ele. Encolhi quando notei o ódio em seus olhos. - está tentando arrebentar os pontos? - foi tão ríspido que quase não o reconheci.
- O que houve?
- Nada!
- Está com problemas no trabalho? Oh, não se preocupe, vou fazer você esquecer tudo de ruim. - fui até ele e seguirei seu rosto ficando na ponta dos pés para beija-lo. Jamie estava tenso mas relaxou quando aprofundei o beijo. Suas mãos foram para minha bunda e apertou. Gemi puxando sua camisa para tirar por cima de sua cabeça. Jamie meteu a mão por baixo do meu vestido e enganchou o dedo em minha calcinha rasgando o tecido e grunhiu descendo a boca por meu pescoço. Agarrou minhas coxas e fui erguida. Minha boceta encharcada querendo sentir seu toque. - Vamos para o quarto. - queria aproveitar a nossa cama e fazer amor por muito tempo.
- Não! - esfreguei minha boceta contra seu pau e ele me colocou no chão. Jamie me virou contra e minhas costas bateram em seu peito. Suas mãos apertaram os meus seios e inclinei minha cabeça dando acesso ao meu pescoço. Ele mordeu meu ombro e me gritei quase gozando com a dor delirante.
- Eu te amo! - seu aperto se tornou mais forte.
- Você me ama. - sua voz era rouca e áspera. Suas mãos me largaram apenas para abrir sua calça. Me curvei contra o banco que ficava próximo a ilha da cozinha. Meu cabelo foi enrolado em seu punho e a outra mão apertou o meu quadril. Empurrei contra ele e gritei quando me penetrou duro e forte.
- Devagar! - gemi quando ele tirou seu pau por completo apenas para bater fundo novamente. Ele parecia com raiva e aquilo me assustou um pouco. Mordeu minhas costas e comecei a rebolar sentindo meu desejo crescer. A mão que estava em meu quadril foi para minha garganta e tremi quando ele apertou me tirando um pouco o ar. - Jamie... ahhh - puxou meu cabelo até que minhas costas bateram em seu peito. Suas estocadas foram mais fortes e minhas pernas tremeram. Estava quase lá quando o senti gozar. Aos poucos foi soltando o meu corpo e fiquei com aquela sensação de "quase lá". Frustração era o meu nome e quis perguntar o que estava acontecendo mas não queria magoar seu ego. Não gozei mas tudo bem. Respirei fundo e mascarei a vontade de gritar para ele voltar e terminar o serviço. Jamie sempre foi bom de cama e nunca fiquei sem um orgasmo quando transavamos.
- Vou tomar um banho. - foi quando ele saiu que notei que nem ao menos me beijou depois. Certo! Jamie não faz a linha carinhoso mas sempre foi cuidadoso. Desliguei o fogão e deixei tudo pronto para o almoço e fui para o quarto. Tirei o vestido e pensei em me juntar a ele no banheiro mas para minha surpresa estava trancada. Ele nunca toma banho com a porta trancada.
- Jamie... - bati algumas vezes até ouvir o chuveiro ser desligado. Ele saiu e parou em minha frente. - está com raiva de mim? - respirou fundo e tocou meu rosto.
- Estou um pouco estressado. - abracei sua cintura e descansei minha cabeça em seu peito. - fui completamente idiota e discontei em você minhas frustração.
- tudo bem, sei que você tem que lidar com muitas coisas desagradáveis. - ele beijou o topo da minha cabeça e me levou para o banheiro. Jamie me banhou com carinho e dedicação depois almoçamos e voltamos a conversar normalmente. As vezes me olhava como se esperasse ver ou ouvir alguma coisa e isso me deixou desnorteada.

LOUCA OBSESSÃO Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora