XI - Party, friends, confessions PART 2

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— Porra Sakura. Eu falei para sair da beirada da piscina! — Bufava, enquanto esfregava seu rosto. — Você está de saia branca. Está tudo transparente.

— Por qual motivo repara nisso? — Arqueei uma das sobrancelhas. Sasuke pigarreou, desviando seu olhar para qualquer outro lugar além de mim.

— Os outros devem estar reparando. — Apertou seus lábios, me olhando sério. — Venha. Vamos sair daqui. — Ele pegou meu pulso, me fazendo andar com ele para fora da piscina.

Subimos a escada com suas mãos ainda sobre o meu pulso, mas Sasuke mudou seu jeito rapidamente ao olhar-me por inteiro. Observou seu redor com rapidez, como se procurasse por algo.

— Toma. Enrole isso na cintura. — Puxou uma toalha de mesa. — Vou te levar pra trocar de roupa.

Assenti, seguindo-o pela casa.

Haviam infinitos corredores e grandes espaços entre um cômodo e outro. Sasuke continuava a andar até o segundo espaço da casa, acima das escadas. Havia um grande banheiro aberto e então ele apenas permaneceu em seu caminho enquanto me puxava. Eu não tinha juízo e muito menos senso de maldade. Minha mente estava em um sono profundo, como se meus olhos trabalhassem por conta própria. Ele adentrou o banheiro, me colocando sentada sobre o vaso, remexendo os armários.

— Toma. É uma das roupas que Naruto costuma deixar por aqui. Conheço porque já vi ele usando. Acho que não vai se importar.

Hamram... — Sussurrei, enquanto sentia meus olhos se fechar e meu corpo cambalear. Era o auge da embriaguez.

Sasuke correu em minha direção, me segurando da queda. Talvez eu teria caído no mármore vazio da banheira e machucado a cabeça, mas Sasuke estava lá para impedir. Ele sempre estava. Eu sentia que estava acordada. Eu ouvia tudo e sentia tudo, mas meus olhos não respondiam minhas ordens. Eu sentia as mãos finas de Sasuke tocarem meu rosto, enquanto sacudia minha cabeça sutilmente. Eu não sei por qual motivo, mas tudo o que eu sentia vontade de fazer, era rir.

— Sakura... está me ouvindo? — Continuava dando tapinhas no meu rosto. Meus lábios se curvaram e um riso fugiu entre meus dentes. Era minha única ação. — Graças a Deus. — Me colocou no chão, encostando minha cabeça na parede. — Como vamos fazer com essa roupa? — Silêncio. — Talvez eu vá chamar a Ino. — Silêncio outra vez. — Não. Ela também está muito bêbada, assim como a Hinata, Tenten, Karin ... — Ponderou. — Não sei se deixo ela molhada com risco de pegar alguma gripe ou se eu mesmo faço alguma coisa. — Mais Silêncio. — Eu não posso simplesmente tirar a roupa dela. Isso está fora de cogitação. — Brigava consigo mesmo. — Mas e se ela ficar doente?

Um silêncio mais extenso tomou conta do lugar. Eu não pensava muito sobre o que ouvia, mas eu ria vez ou outra involuntariamente. Senti os braços de Sasuke estrelaçarem meu corpo, me puxando para a linha do seu peitoral. Ele estava me pegando em seu colo, como uma criancinha. Andou alguns passos, me colocando em uma superfície macia e confortável.

— Eu realmente preciso fazer isso. Não me odeie quando acordar. — Isso foi a última coisa que ouvi antes que minha mente se desligasse de vez.

  .oOo.

Tinta preta, lugar escuro, cama bagunçada. Aquele realmente não era o meu quarto. Eu estava enrolada em uma coberta grossa, com muitos travesseiros rodeando a beirada da cama. Parecia que um bebê havia dormido naquele lugar e os pais apenas colocaram as almofadas para que não corresse o risco dele cair. Talvez algumas pontadas na cabeça fosse estranho, mas nada que me preocupasse. Eu não havia esquecido onde estava, mas não sabia a maneira como eu havia parado naquele lugar.

Metade da Lua - [ CONCLUÍDA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora