Metade da Lua - [ CONCLUÍDA ]

XXVII - Moments

— Acho que vou vomitar. — Cutuquei Itachi, enquanto colocava minha mão direita sobre meu ventre.

— O que? — Ele me olhava com suas sobrancelhas juntas, sussurrando alto.

Me levantei, correndo em direção ao banheiro mais próximo. Bati a porta, trancando-a por dentro com tanta rapidez que minha única ação após isso, foi me abaixar em direção a privada, provando aquele gosto de bile tão comum.

— Maldita gravidez. — Sussurrei, apertando a descarga. — Quem Itachi pensa que é para fazer isso comigo? — Me sentei sobre a tampa. — Um tapa seria menos doloroso.

Encarei a parede, enquanto apoiava meu cotovelo sobre minha coxa. Eu não sabia a intenção real do bondoso e calmo Uchiha. Talvez essa fosse a sua maior arma. O que mais atingiria alguém com desvio de caráter se não a indiferença? Ele havia mirado no alvo e acertado com louvor. Itachi achou a ferida inflamada e rodou o dedo bem no centro.

Mas tudo bem. Eu esperava um filho dele e não havia nada no mundo que pudesse apagar esse feito. Eu só tinha que respirar fundo e ser forte.

— Sakura? — Ouvi a voz de Itachi, acompanhado de batidinhas sutis sobre a madeira da porta. — Você está bem? Poderia abrir a porta para que eu possa me certificar de que não aconteceu nada?

— Estou bem. — Abri a porta, olhando-o enquanto apertava os lábios. — Foi algo que comi. Não precisa se preocupar.

Itachi me olhou por um tempo, logo abrindo espaço para que eu pudesse passar. Dei alguns passos exitantes, reparando seu braço esquerdo esticando para trás do meu corpo. Itachi apertou os lábios, exitante sobre o seu próximo movimento. Ele soltou um suspiro com os olhos fechados, segurando meu braço esquerdo, acompanhando meus passos de forma igual.

— O que está fazendo? — Sussurrei, ao sentir seu abraço lateral.

— Te levando com segurança para a sala de teatro.

— Sobre isso... — Me virei em sua frente, juntando minhas mãos em frente ao meu corpo, enquanto apertava meus lábios. — Não sei se quero voltar pra lá. — Olhei de canto para o chão ao lado. — Não acho que aquela atmosfera me agrada. Estou meio enjoada, então ...

Itachi me olhou, colocando suas mãos dentro do bolso da sua calça social. Ele estalou os lábios, fazendo uma curva sobre sua boca, como um sorriso formidável.

— Tudo bem. — Levantou seu calcanhar, encarando o teto. — O que acha de visitar a casa de jogos ao lado? — Me encarou. — Nós ... — Suspirou, balançando a cabeça negativamente. — Eu não tive tempo de fazer essas coisas com você, porque sempre estive ocupado com o trabalho.

— Não é como se fosse escolha sua. — Sorri. — Tudo bem a gente não ter feito essas coisas. Você foi um grande namorado.

— Por que está falando como se fosse passado? Eu terminei com você?

— Oi? — Estranhei. — Do que está falando?

— Que você ainda é minha namorada. A não ser que não queira. — Levantou um dos seus ombros. — Eu sinto que preciso quitar algumas coisas entre nós dois. Então, podemos fingir que nada aconteceu até o fim do dia? — Pediu.