Paris || André & Afonso Silva ✔

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|Susana|

Não queria acreditar que neste momento sou a mais recente vizinha do André Silva, jogador do Futebol Clube do Porto que havia conhecido há poucos dias atrás numa viagem a Paris.
Não sei se era apenas mera coincidência ou era obra do destino.
Como não acredito nessas coisas do destino ficarei apenas pelas meras coincidências da vida.

Entrei no meu carro acompanhada pela minha irmã e logo pus a chave a ignição ligando o carro em seguida, conduzi até ao Ikea e fomos comprar a mobília, de seguida fomos até ao super mercado onde compramos a comida que iria preencher os nossos armários e o frigorífico.

-Eu vou buscar chips. - Maria disse e eu assenti enquanto empurrava o carrinho no corredor das massas e arroz.

-Ola princesa. - estremeci ou ouvir aquela voz grossa e bem conhecida por mim.

Era a ultima pessoa que queria ver naquele momento, não queria de todo olhar para trás e ver a cara de uma das pessoas que mais me magoou, não queria relembrar o passado nem o mal que ele me fez, não queria chorar e dar parte fraca.

Continuei a empurrar o carrinho ignorando por completo a pessoa que se encontra atrás de mim. Senti uma mão a agarrar o meu braço direito e logo fechei os olhos por uns curtos momentos até que ele fez força e me virou fazendo-o encarar, fazendo-me encarar o ser mais nojento que alguma vez conheci, Edgar, o meu ex namorado.

-O que é que tu queres? - suspirei.

-Eu quero saber como estas, já não nos víamos há bastante tempo. - ele disse largando o meu braço e eu suspirei de alivio.

-O que te interessa saber como estou agora? Não te interessaste no passado por que é que estás a fazê-lo agora?- perguntei visivelmente irritada.

-Eu estou arrependido Xana. - ele disse chamando-me por o meu segundo nome e de seguida colocou a sua mão na minha face, mas afastei-me logo de imediato .

-Pára! Tu nunca te preocupaste comigo. Tu só te preocupas contigo e com o que é melhor para ti. Eu não acredito no teu arrependimento. - mal virei costas o meu braço foi agarrado com força e senti que em breve iria ficar com marcas.

-Xana tu não podes simplesmente ignorar-me! - ele falou bem próximo de mim. - Eu sei que ainda não me esqueceste, eu sei que ainda sentes algo por mim.- disse encarando-me de forma séria.

-Sim tens razão, eu sinto algo muito forte por ti. Eu sinto nojo e ódio, são os únicos sentimentos que tenho por ti. - eu cuspi as palavras na sua cara e pude ver notar na mesma que o jovem moreno estava a ficar enervado. Mas como ele é um fraco apertou ainda mais o meu braço fazendo-me gemer de dor.

-Estás a magoar-me. -olhei-o.

-Passa-se alguma coisa? - ouvi a voz de Maria e logo Edgar largou o meu braço continuando a olhar fixamente para mim furioso.

-Não, não se passa nada. - ele disse sem tirar os olhos dos meus.

-Vamos embora Maria. Já temos coisas que cheguem para hoje. - eu disse e logo comecei a empurrar o carrinho de novo sendo seguida por Maria.

-O que se passou ali? - perguntou Maria e eu suspirei.

-Não se passou nada. - eu respondi.

Ela nao fez mais perguntas e eu agradeci mentalmente por isso, sei que em casa teria de falar com ela por mais que quisesse esquecer todo este assunto e principalmente esquecer o Edgar.

Voltamos para a nossa nova casa e colocamos a comida dentro dos armários, saímos de carro e comecei a conduzir até onde, em breve, será a minha futura ex-casa.