Capítulo 2-Ela me deu passe livre hoje.

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Nícolas




Ultimamente,eu tentava ser paciente com a Gisele,mais ela não me ajudava. Só sabia reclamar, e tudo virava motivo pra iniciar uma briga. De manhã, enquanto tomávamos café ela emendou numa conversa que aparentemente era normal, mais que do nada virou motivo para ela levantar da bancada da cozinha e ir pro quarto, sem terminar o seu café. E quando fui perguntar o motivo,ela simplesmente me disse que eu devia saber,já que o problema talvez pudesse ser eu. Mais que problema? O que eu tinha feito de tão errado? Ela não quis me dizer. Apenas me empurrou pra fora do quarto, e fechou a porta. Ela estava ficando impossível. Sai dos meus desvaneios quando ouvi o meu celular tocar. Fui atendê-lo, mais a ligação caiu. Voltei a minha atenção às contas que eu revisava,mais estava impossível me concentrar nelas.

— Essas contas não batem!
— Murmurei comigo mesmo,em alto e bom som. — Que ódio!
— Esbravejei.

— O que houve? — Aproximou-se de mim o Artur ainda fardado com a sua roupa de chefe. Puxou uma das cadeiras e sentou-se à minha frente.

— Essas contas! — Joguei o bolo de papéis na mesa com ira,e encostei as minhas costas no encosto da cadeira. O Artur sorriu,e puxou os papéis para si.

— Hum... — Avaliou rapidamente os papéis. — E por causa disso,que o gregos inteiro ouvia as suas reclamações?
— Passou seus olhos por algumas folhas e as analisou.

— Desculpe-me,não foi a minha intenção te incomodar na cozinha. 
— Me redimi envergonhado.

— Não tem problema! — Devolveu as folhas à mesa. Respirou fundo e me olhou. — O que realmente está acontecendo? —  Indagou-me,e eu bufei.

— A Gisele,ela anda irritada!
— O Artur revirou os olhos e riu.

— Isso não é nenhuma novidade!
— Comentou e eu  me deixei rir,junto dele. —A irritação e o mal humor,é seu habitat natural. — Eu ri e assenti.

— Mas tem alguma coisa... — O olhei.
— Algo que ela não quer me  falar. Algo que eu não consegui decifrar.
— Constatei.

— Talvez, ela deva está só naqueles dias difíceis de toda mulher. — Eu neguei.

— Não acho que deva ser isso.
— Murmurei.

— Então pergunte à ela! — Me disse e eu respirei fundo e passei uma das minhas mãos no meu rosto.

— Acho que vou tentar fazer isso...
— Eu sabia que seria inútil, mas não custava nada tentar.

— Vai ser melhor, pra vocês dois.
— Eu assenrti. — Agora vou voltar pra
cozinha,daqui meia hora o Gregos vai abrir! — Levantou-se ,e deu leves batidas em meu ombro. — Boa sorte.

— Não se incomoda mesmo em ficar o resto do dia sozinho na administração do Gregos? — Ele focou seus olhos aos meus.

— Claro que não! — Sorriu.

— Obrigado. — Ele assentiu.

— É pra isso que servem os amigos.
— Piscou o olho para mim e caminhou em direção à cozinha.






Algumas horas depois







Eu estava sentado no meu carro,esperando a Pérola para darmos um breve passeio pela praça. Eu só precisava tomar um pouco de ar puro,antes de encarar toda a nossa família em um almoço daqueles tediosos. Assim que a minha pequena apareceu na porta de casa ,eu saí do carro e me aproximei dela. A Abracei forte ,e beijei o topo de sua cabeça com ternura.

— Vamos dar um passeio? — Ela assentiu ,e então ,após eu trancar o meu carro fomos.Entre o nosso passeio e o almoço, levou muitas horas. Eu até havia me esquecido que estava aborrecido e preocupado com algumas coisas. A aparição da Helena ,me deixou com um pé atrás,mais acho que ela não me dará problemas futuramente.

— Que dia,não acha? — Murmurou  a Gisele,já jogando a sua bolsa na cama. Eu assenti e me joguei na cama,após retirar os meus sapatos. — Aquela lá tá pagando por tudo o que fez! — Afirmou-me enquanto retirava sua blusa.

— Quem? — Fui fuzilado por um par de olhos irritadiços.

— A Lena. — Desdenhou ao falar.

— Ah... — A Gi bufou. — Deixa ela pra lá.
— Constatei e ela revirou os olhos.

— Você ainda a defende,depois desse tempo todo? — Indagou-me sem paciência  e eu bufei.

— Para de drama! — Revirei os olhos.
— Eu não estou defendendo ela, ela que se exploda. —Constatei. — Eu só não quero que você arrume problemas sem necessidades  por ai.

— Nícolas,você é um idiota!
— Retirou com ira a sua calça e seguiu para o banheiro pisando firme. Eu me coloquei de pé,e segui para a cozinha.

— Você é um idiota! — Repeti com ironia a ofensa dela. — Até parece!Saquei do meu bolso o meu celular e tratei logo de discar o número do meu melhor amigo.

— Diga! — Já pude ouvir de leve a risada do Artur ao fundo.

— Que tal irmos a uma boate? — Ele gargalhou.

— O que te deu? — Indagou-me surpreso. — A Gisele sabe dessa sua proposta?
— Eu ri de forma ironia.

— Claro que sabe,ela me deu passe livre hoje! — Menti e o Artur sabia disso.

— Ata,passe livre,Gisele e ruivinho não combinam na mesma frase.
— Eu olhei em direção ao banheiro.

— Vai ,ou não vai? — O Indaguei sem paciência.

— Quer que eu te busque?
—Indagou-me todo solícito.

— Não! — Respondi com uma certa urgência. —  Eu te busco. Pode ser?
— Nem esperei ele responder.
— Daqui vinte minutos tô ai.
— E logo tratei de finalizar a ligação.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora