Capítulo 12 - Só não faça nada que infrinja sua dignidade.

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Gisele






Meu rosto doía  de tanto que eu havia gargalhado. Eram tantas lembranças  engraçadas  e embaraçosas e outras  constrangedoras para o Davi e divertidas para mim. Havíamos perdido a noção  do tempo. A Lorena já ligava ,me assustei quando ele me disse que horas já  marcava no relógio . Logo lembrei-me de que eu ainda queria fazer uma surpresa,mais pra isso eu precisava chegar antes do meu ruivinho em casa.

— Gi, você  me da uma carona?
— Indagou-me ao finalizar a ligação.

— Sim,mais cade seu carro? Não  veio com ele hoje? — O indaguei surpresa,já  que ele raramente deixa o carro em casa agora.

— A Lorena precisou do carro.  Hoje foi dia de consulta no pediatra.
— Sorriu bobo ao lembrar de sua família. Sorri de volta e me coloquei de pé.  Segui até  a minha sala,junto dele e recolhi as minhas coisas e ele as deles. Rapidamente  nos apressamos para sair da Empresa, sem nos esquecer de tranca-la. Coisa que eu mesma quase esqueci.






Alguns minutos depois






Já  haviamos chegado na entrada da casa. O Davi me agradeceu e seguiu até  a porta de sua casa. Sua esposa apareceu na porta,e em seu colo seu filho. Ele já  estava maior do que a última vez que eu o vi. Lembrava eles, seus traços  misturados o deixava com uma beleza única. Fios escuros iguais aos do pai,olhos grandes como as da mãe , o nariz parecia uma mistura dos dois. A boca fina igual a do Davi e o sorriso da Lorena, aquele  largo e espontâneo. Ela notou que eu ainda permanecia no carro, acenou para mim e eu retribui. Notei que  eles cohicharam algo rapidamente e ela logo entrou o levando consigo.

Respirei fundo,e peguei o meu celular de dentro da  minha bolsa. Disquei o número  do meu ruivinho e ele não  atendeu. Tentei  novamente ,e logo fui surpreendida por sua voz, ao questionar-me o motivo da ligação.

— Vai sair do gregos agora? — O indaguei  e vi que o Davi saia na porta novamente.

— Tô  aqui na casa da dona Adriana.
— Me disse sutilmente.

— Saiu cedo? — Surpreendi-me.

— Sim, ela estava preocupada comigo então  resolvi desfazer esse mal entendido. —  Explicou-me.

— Gi! — Chamou-me o Davi. Escorrando-se a janela do carro, ao meu lado.

— Um momento. — Pedi-lhe.

— Quem está  ai com você? — Sorri com a pontada de ciúmes  do meu homem.

— O Davi. Eu lhe trouxe até  a sua casa e já  ia te ver. — Confessei.

— Quer passar aqui? — Fiz uma leve pausa.  — Não  é  uma obrigação,venha se quiser. — Me disse.

— Outro dia eu vou. Tô  me sentindo cansada. Acho melhor ir pra casa.
—  O Davi olhou-me sem entender o rumo da conversa.

— Tudo bem,se eu ficar mais um pouco? — Indagou-me e eu sorri insatisfeita.

— Sim,Claro. — Respirei fundo.
—Você  vê  sua mãe  tão  poucas vezes. Ela também  merece a sua atenção.
— Constatei e o Davi sorriu.

— Te amo! — Me disse.

— Ok. Também  te amo! — E logo finalizei a ligação.

— E ai,vai entrar? — Neguei ,com um balanço rápido  com a minha cabeça antes de apoia-la no encosto do acento do carro. — A Lorena tá  preparando o jantar. Ela tá  fazendo panquecas de frango.

— Não  vai dar, preciso ir para casa.
— Lhe disse e ele  fingiu acreditar.

— Gi,o Nícolas  nem foi pra lá  pelo o que entendi. — Eu concordei.

— Ele foi visitar a mãe. — Murmurei.

— E você  vai fazer o que sozinha em casa?Afogar a tristeza de uma noite frustada? — Eu ri.

— É... — Sorri e vi  o reflexo da Lorena pela janela. — Acho melhor você  ir. Ta na vez dela , ter a sua atenção. 
— Ele a olhou rapidamente.

— Ok. — Voltou seu olhar ao meu.
— Só  não  faça  nada que infrinja sua dignidade.

—  Pode deixar. Não  farei. — Liguei o carro e ele se afastou. — Até  amanhã!
— Ele assentiu e eu segui em direção  a minha casa.




Nícolas






As horas haviam passado tão  rápido.  Que quando dei por mim,meu pai já  estava entrando na sala de jantar  após um dia intenso de trabalho.

— Nícolas, pensei que tivesse se mudado para ouro país. Faz meses que não  te vejo. — Aproximou-se de mim e nos abraçamos  fortes.

— O gregos anda consumindo meu tempo. — Justifiquei-me.

— E a Gisele,não  veio com você?
— Sorri.

— Até  a hora que eu havia saído  do gregos para vir pra cá  ela ainda estava no trabalho. — Constatei e ele sorriu.

— Diga pra ela, que assim que possível irei na Renome aluga-la por algumas horas. Ela é  muito eficiente  no que faz.

— Sim,ela é. — Orgulhei-me da mulher que tenho.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora