Meu pedacinho tão esperado✔

Capítulo 6 - Ferrou de vez...

Nícolas

Eu não me sentia nada bem. Acabei vomitando no pé do Artur,ele bufou de raiva e seguiu até o banheiro sozinho. Enquanto eu continuava sentado e sentindo a ânsia voltar com toda força.

— O que eu vim fazer aqui?
— Murmurei  comigo mesmo.

— Posso ajudar? —  Questionou-me uma jovem de fios dourados,com mechas em azul. — Sou estudante de Medicina,percebi que você não está legal. — Eu ri.

— Tá tão na cara assim? — Ironizei e a jovem sorriu. — O que você me sugere? — A olhei ,enquanto ela vasculhava sua bolsa.

— Isso! — Tome,vai melhorar?
—  Esticou-me uma cartela com comprimidos.

— Não sei... — Senti a ânsia voltar e me segurei para não vomitar à sua frente.

— Confia em mim! — Colocou a sua mão bem em cima da minha.

Gisele

— Já sei! — Puxei o Davi pelo braço, e o levei com pressa até a beira do palco. Ele me seguiu sem entender nada. O soltei e subi os três degraus de escada que havia ali,havia um ferro no meio do palco e do outro lado algumas balarinas,com micro roupas, se preparando para subir . Eu sorri,e olhei para o Davi que estava na parte baixa,ao lado do palco me olhando incrédulo. Joguei minha bolsa em um canto qualquer e me aproximei do ferro. Tirei a minha sandália, com a ajuda dos meus próprios pés, e em seguida comecei a rodar no ferro,meio sem jeito,já que era o meu primeiro contato com aquela coisa.

— Gisele desça daí! — Ordenou-me  o Davi e eu o ignorei como sempre ,e continuei rodando. Notei que vários pares de olhos já estavam focados à mim. Fiquei um pouco tonta,então parei de rodar e me movimentei de forma sensual ,enquanto meus olhos varriam todo o lugar.

Nícolas

A jovem ainda me olhava toda esperançosa, e eu ainda refletia se aceitava ou não ,aquela ajuda um pouco estranha.

— Cara,que barulho é esse?
— Gritou o Artur ao se aproximar de nós dois. — O que tá acontecendo lá?
— Referiu-se ao palco.

— Sei lá. —  Encostei meu tronco no encosto da cadeira.

— Oi... — Focou seus olhos na loira.
— Prazer,Artur Montasse. — Esticou uma de suas mãos para cumprimentar a moça.

— Marcela! —  O cumprimentou de volta. — O alvorosso aumentou, e meus olhos focaram aos dela. Os arregalei, e logo meu coração acelerou.

— Gisele! — Esbravejei e me coloquei de pé .Segui em direção ao palco com certa urgência, afastando qualquer pessoa que pudesse me impedir de me aproximar daquela louca de fios dourados.

Gisele

Meus olhos o encontraram,e aquele cretino estava sentado com uma outra mulher. E ela não era eu. Maldito! Minha raiva subiu ,então resolvi fazer um striptease. Comecei a remover as minhas peças de roupas de forma sensual. O ânimos já estavam exaltados. O Davi tentou me puxar do palco,mais um homem apareceu e o impediu. Eu vi o Nícolas andar apressadamente até onde eu estava,então tentei ser mais rápida. Assim que terminei de tirar a minha blusa e calça, subi no ferro,e tentei imitar os movimentos que eu havia visto em um vídeo de polo dance no YouTube.

— O que você pensa que está fazendo?  — Esbravejou o meu ruivinho. Mas o segurança o impediu,então ele cerrou seus punhos e socou a cara do pobre homem que cabaleou um pouco, mas assim que voltou a si,retribuiu o soco com outro.

— Seu retardado, o que pensa que está fazendo? — Esbravejei e quando dei por mim,eu já estava quase nua atracada ao homem ,que por sinal era o dobro de mim,o socando pelas costas com todas as minhas forças. O Homem me puxou de suas costas,e eu caí. Senti meus glúteos baterem com força ao chão. Meu ruivinho avançou novamente pra cima do homem,mas foi golpeado novamente. Senti um braço me puxar,era o Davi. Ele recolheu rapidamente minhas coisas do chão, e o Artur já estava junto do Nícolas o ajudando a salvar a minha honra perdida. Dois seguranças subiram no  palco, seguraram aquele dois imbecis,e os puxaram para fora do palco. Eu os segui ,junto do Davi. Fomos expulsos da boate.

— Artur! — Enquanto éramos escorraçados,ouvimos uma voz feminina gritar o nome do infeliz,destruidor de lares.
— Artur! — Olhamos para o lado ,e eu a vi. Era a mesma moça que estava sentada com o Nícolas, que por sinal,estavam bem à vontade. — Me ajude! —  Esbravejou enquanto era algemada por dois polícias. Um dos guarda aproximou-se de nós.

— Vocês a conhece? — Nos fuzilou com os olhos, e assim que me notou,percorreu com seus olhos por meu corpo todo. O Nícolas tentou me cobrir com os seus braços, mais foi em vão .

— Eu conheci a jovem,dentro da boate. Ela aproximou-se de mim,querendo me ajudar. — Justificou o Nícolas ao Guarda.

—  Foi exatamente por isso,esse pequeno detalhe dela puxar papo com o meu amigo,que ela descobriu o meu nome. — Explicou-se o Artur.

— Vocês não sabem nada sobre as drogas que a moça anda vendendo lá dentro? — Arregalamos nossos olhos.

— Desgraçada! —Esbravejou irritado o Nícolas. — Então ,era drogas que aquela maldita com cara de anjo,queria me dar.

—  Ela ia te drogar! — Esbravejei já querendo avançar naquela mulherzinha.

— Eu precisarei leva-Los para averiguar melhor todas as informações dadas por vocês. — Um outro guarda aproximou-se de nós ,e nos puxou para dentro de uma viatura que estava estacionada bem à frente da boate.

— Ferrou de vez... — Sussurrei para o Davi.

— Calma,eu vou dar um jeito.
— Sussurrou de volta,e logo entrou no seu carro,assim que afastou-se  de nós, sem ser notado pelos guardas a nossa volta.