Nícolas
Depois da conversa com a minha mãe, eu resolvi me adiantar. Puxei a minha pasta da cadeira,e guardei os materias que restava na mesa, e os levei comigo até a porta. E assim que sai, a fechei. E me aproximei da cozinha.
— Onde o Artur está? — Indaguei a uma garçonete.
— Ele está no vestiário.
— Prontamente me respondeu de forma educada e solicita.— Obrigado. — Ela assentiu e eu dei meia volta e segui em direção aos vestiários. Empurrei a porta grande em um tom claro, e me enfiei naquele corredor estreito até chegar em uma sala mais ampla,cheia de armários e alguns bancos. O Artur estava sentado no banco, terminando de se vestir enquanto emendava ainda uma conversa com o seu sobrinho.
— Já vai meu amigo? — Indagou-me assim que me viu.
— Sim,só vim te avisar. — Sorri.
— Então vá com Deus. — Sorriu-me de volta de forma carinhosa. — Eu vou ficar pra fechar os gregos, depois vou. — Eu assenti.
— Luan você está melhor? — O rapaz assentiu.
— Obrigado pela atenção Nícolas.
— Eu assenti. Me virei e refiz o meu trajeto até o salão do gregos.Dei boa noite para alguns funcionários, que passaram por mim até a minha saída. Me aproximei do meu carro ,assim que o avistei no estacionamento. E destravei as portas. Liguei o rádio numa canção qualquer e em seguida girei a chave na ignição ,dando partida em direção a casa dos Sarkozys.
Gisele
Me senti inchada , depois de tomar duas taças de sorvete com o Davi. Estávamos igual a duas crianças sentadas no chão da cozinha com o pote em mãos e a boca suja de calda de morango. Lembravamos do nosso passado sujo , nesses cômodos da renome, na época da Lone.
— Gi,vivemos coisas boas nesse escritório. —Constatou. — Você me fez esquecer o drama que eu sofria com a minha ex. —Eu ri.
— É. — O olhei. — Eu lembro.
— As vezes lembro-me de como eu era destruído por causa de uma mulher que amei. Das coisas que me fez passar. Da vergonha que senti ao sair fugido da minha cidade. E agora só lembro desse tempo como algo que apenas aconteceu,como se tivesse passado com outra pessoa e não comigo. Entende? — Eu assenti. — Eu não tenho sentimentos ruins e nem bons. — Respirou fundo. Agora , nesses meses que passamos longe um do outro,tive a oportunidade de conhecer uma mulher fascinante e até que não foi tão difícil conquista-la. — Ele riu. — Ela é a mulher da minha vida. — Constatou.
— A maluca que o perseguia.
— Pensei alto. — Lembro-me do Artur,murmurar isso sempre.
—Rimos.— Eu sempre agradeço a ele mentamente por ignora-la.
— Admitiu. — Com aquele porte todo,não sei como consegui faze-la me amar e esquece-lo.— Ela viu em você algo que eu também vejo. — Confessei.
— O quê? — Indagou-me curioso.
— O enorme coração que você tem.
— Ele sorriu. — Esse seu jeito doce,e humano. — Ele já sorria todo bobo.
— Encanta qualquer mulher.— Infelizmente ,não consegui roubar o seu coração pra mim. — Confessou fingindo está triste.
— Na época eu era vida louca.
— Rimos. — Eu queria ferir o Erick. Ferir minha mãe. Eu queria ser vista. Era a forma que eu encontrei de chamar a atenção das pessoas mais próximas a mim.— E ,eu fui usado. — Constatou.
— É. — Eu ri. — Você foi usado.
— Afirmei.— Eu gostava de ser usado.
— Afirmou-me.— Eu sabia disso. — Rimos.
Nícolas
Demorei um pouco,até chegar na casa dos meus pais. Estacionei o carro bem a frente ,da casa. Logo vi o vulto de minha mãe na janela. Não demorou muito para que ela abrisse a porta e se revelasse com um sorriso aliviado em minha direção. Eu sorri de volta e abri a porta do carro e sai. O tranquei e em seguida me aproximei da minha mãe. Era nítido as suas marcas do tempo em seu rosto,a maquiagem leve que ela usava a deixava mais bonita mais não disfarçava as rugas que insistiam em ficar a mostra em sua pele. Ela abriu seus braços na esperança deu retribuir o seu abraço. Assim eu fiz. A abracei e ela me apertou em seus braços.
— Senti a sua falta. — Murmurou em um sussurro.
— Eu sei. — Me desprendi do seu abraço e a beijei em seu rosto. Minha mãe sorriu.
— Vamos entrar? — Eu assenti. — A Fátima tirou o bolo de milho do forno agorinha.
— Delícia! — Murmurei empolgado. Minha mãe deixou-me entrar primeiro, e em seguida fechou a porta e me seguiu até a sala.
— Filho, porque demorou tanto em vir me ver? — Resmungou, enquanto sentava-se no sofá. Me sentei ao seu lado e me deixei relaxar um pouco.
— Ando com tanto trabalho. O Gregos está crescendo muito, e com isso eu tenho que ficar mais tempo envolvido com a administração do restaurante.
— Confessei.— Nossa filho. — Sorriu. — Graças a Deus tudo vai bem ,por lá. — Eu assenti. - E a Gisele, não falo com ela à dias. — Constatou.
— A Gi anda com a cabeça na lua. Ela só pensa em engravidar.
— Mais filho, é normal uma mulher querer ser mãe. Ainda mais quando estão casados a tantos anos,como vocês. — Eu assenti.
— Eu não ligo se vamos ter um filho ou não. — Minha mãe se espantou.
— Mãe,eu quero uma vida com a Gisele, do jeito que é, da forma que é. Só tirando essa parte da neurose.
— Minha mãe riu.— Ela tem que relaxar.
—Afirmou-me .— Também acho, mais ela não. Até está pensando em fazer tratamento.
— Constatei.
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Meu pedacinho tão esperado✔
Romantizm→PLÁGIO É CRIME← ↓↓↓ Sequência de livros Livro 1 -Pedacinho meu Livro 2- Um pedaço de mim Livro 3- Um pedacinho de nós dois Livro 4 - Meu pedacinho tão esperado (Continuação do livro 2) Livro 5- Um pedacinho do meu C...