Capítulo 31 - Cara de sorte

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Gisele




O Bernardo era um piloto muito convincente, ele explicava que fazia aquilo como hobby, e não como profissão. Descobri que ele era diretor de televisão, e dono de uma marca fitness na cidade. Ele também curtia malhar pro esporte e pra chamar a atenção das garotas. É bem, ele chamava bastante a atenção. O Nícolas curtia a viagem,tanto quanto eu. Meus olhos não desgrudavam do céu, e da imensidão de verde que continha em baixo de onde passávamos. Eu não sabia pra onde iríamos, mais sabia que seria um lugar especial.

— Me ensina a pilotar? — Pedi num impulso e ele riu.

— Gi, se quiser, no futuro pago as aulas pra você, mas não se aprende assim do nada. — Justificou o tira prazer do meu marido. Prefiro mais quando ele me dar prazer. Revirei os olhos, e voltei a atenção ao dono do helicóptero.

— Então o que me diz? — Ele pensou, olhou pro amigo e me mostrou uma alavanca na frente do meu banco.

— Vou te ajudar a manejar.— Meu sorriso alargou-se. Ele me mostrou uma segunda alavanca, e foi me dizendo o que fazer. O Nícolas estava apavorado. —Viu,não é tão difícil.— Eu concordei.

— Agora chega,não é? — Murmurou meu ruivo, pelo microfone e eu aos poucos fui deixando o Bernando com total controle novamente.

— Nícolas, já estamos próximos. — Eu os olhei. O lugar tinha uma vegetação lindíssima. Ao fundo eu via o mar. Não tínhamos ido tão longe, mais pra onde ele tinha me levado?





Nícolas





A Gisele estava empolgada. Olhava ansiosa pela janela do helicóptero. O Bernardo estava sendo um bom amigo,apesar da empolgação da Gisele lhe deixar animado de mais. Já estávamos chegando ao nosso destino. Eu tinha tudo programado. Passear com ela, e jantar num restaurante bom pra tentar manter a chama do amor ainda viva. Esses anos ao lado da Gisele não foram fáceis, eu admito que teve dias que pensei que seriam os últimos. Mas graças a Deus, ainda estamos aqui. Me lembro com dor no coração a última vez que nos separamos. Foi a pior sensação que já tive na vida, e não pretendo senti-lo de novo.

— Eu ainda pretendo aprender a pilotar.
— Afirmou-me, e eu assenti. Eu sabia que seria difícil faze-la esquecer desse assunto tão cedo. Pousamos, no aeroporto. Numa pista mais afastada da área comercial. Desci na frente, e ajudei a minha loira a descer. O Bernardo nos ajudou com as malas. A loira sorria, e tentava entender onde estávamos.

— Bem vindos a Paraty, um lugarzinho paradisíaco no nosso amado Rio de Janeiro. — Colocou as malas no chão, e a minha loira sorriu.

— Paraty? — Indagou-me, animada.
— No quintal de casa. Ou quase isso.
— Riu. — Adorei. — Abraçou-me afoita. Respirei aliviado por ela ter gostado.

— Agora eu me separo de vocês.
— Despediu -se de nós, com um abraço afetuoso.

— Muito obrigado pelo presente.
— O abracei novamente.

— Quando o bebê nascer, me convida pro batizado. — Eu ri, e ele foi cumprimentar a Gisele.

— Vai ser o primeiro na lista de convidados. — Ele assentiu. Um rapaz que trabalhava por ali, veio nos ajudar com as malas. Seguimos,até o saguão em um carro dirigido por ele. Rapidamente, entrarmos em um táxi e após algumas horas, chegamos a nossa pousada de frente pro mar. Poderíamos ter ficado na nossa casa de praia, mas não seria a mesma coisa. Fomos recepcionados até o nosso quarto. Uma suíte lindíssima, em tons claros, com uma varanda que dá uma completa visão de toda a pousada e o mar ao fundo, sendo o nosso admirador mais desejado. Tinha tantas coisas que eu queria fazer com ela. Tantos planos, e ela só queria se deitar na cama e me levar junto dela.
— Reservei uma mesa pra gente, no restaurante muito especial daqui.
— Comentei na esperança dela se animar, mas ela se enroscou ao meu corpo na cama.

— Que tal pedirmos comida no quarto?
— Eu conhecia aquele sorriso, exalando desejo.

— Acho que pra mim tá ótimo.— Suas mãos escorregavam sobre meu peito.
— Acho melhor fecharmos a porta. — Ela sorriu, e sutilmente subiu em cima de mim.

— Eu quero platéia. — Não que eu achava que alguém realmente iria nos ver. — Tá com medo? — Eu neguei. Então ela me puxou pela gola da camisa. — Me faça sua, enquanto meus olhos pousam no mar.

— Gi, tem gente na piscina. — Ela sorriu. E correu para sair da cama. Removeu sua calcinha e a jogou em cima de mim.
— Gisele. —Ela correu pra varanda. Olhou pro céu, e respirou fundo. Me levantei da cama, e a abracei por trás. — Eu te amo, com a mesma intensidade da nossa primeira vez.

— Então me prova. — Beijei seu pescoço e ignorei as pessoas que tomavam banho na piscina. Discretamente abri o zíper do meu short,e levantei seu vestido. Sorte nossa, que o parapeito era coberto. Ela debruçada nele, e eu abraçado ao seu corpo, a amando, do jeito que ela queria. Do jeito que ela tinha sonhado. Ela gemendo,sorrindo pro céu. E eu, orgulhoso da mulher que a vida gentilmente me presenteou. Eu era um cara de muita sorte.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora