Capítulo 8 - Linda e perversa,meu caro.

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Alguns meses depois


Gisele



A nossa vida estava voltando ao rumo de sempre,o Nícolas atarefado de trabalho e eu apesar de também está,dividia meus pensamentos com a " Renome" e com a minha futura gravidez.

- Gisele! - Esbravejou o Davi ,furioso. - Você precisa ver isso aqui.
- Levantou-se da cadeira no canto da minha sala,e trouxe até mim , o notebook aberto em uma página que até então, eu não fazia idéia de qual era.

- Eu não acredito! - Esbravejei irritada ,assim que o Davi mostrou-me a página de fofoca aberta com o seguinte título: Novo romance abala as estruturas do tribunal.

- Ela está te provocando sabia?
- Murmurou

- Não me diga! - Ironizei. - Vai ter troco,a se vai. - Lhe afirmei.

- A Lone provou mais uma vez que possui um preço alto. - Constatou.

- Aquela víbora nunca me enganou.
- Murmurei e ele riu.

- Gi, você virou sócia dela.
- Alfinetou-me.

- Eu dividia a empresa e não a minha vida. - Ele riu.

- Tão bonitinha e tão ingênua.
- Gargalhou.

- Linda e perversa,meu caro.
- Retruquei e ele assentiu.
- Agora vamos fazer algo importante, porque não nascemos com dedo podre igual aquela desqualificada que adora aparecer na mídia.

- Até o coração do Montasse ela ganhou. - Murmurou perplexo.

- Ela ganhou a cama dele,não o coração. - Bufei enquanto eu revirava meus olhos.


Nícolas




Os meus dias voltavam a ser "normais" na medida em que eu estava acostumado. Eu já estava mais tranquilo e minha mente estava cheia de idéias para o "Gregos". Enquanto eu fazia uma pesquisa no google com direcionamento para o restaurante , ouvi passos pesados e algumas vozes emboladas , mas não me senti motivado para prestar atenção naquela conversa pararela. Continuei rolando a barra da página do notebook com meu mouse sem fio, até o momento em que ouvi uma voz conhecida, a me chamar.

- Nick! - Esbravejou meu apelido com uma intonação que me deixou perplexo. Logo me virei e constatei que se tratava do Renomado chefe Marcos Bouer.

- Não esperava te ver tão cedo Bouer.
- Ele sorriu de forma expansiva e abriu seus braços em minha direção.

- Também não esperava lhe ver,mas o destino me pregou uma peça.
- Levantei-me e o abracei apertado.

- O Artur ,onde está? - Eu sorri e me desprendi de seu abraço.

- Advinha! - Ele sorriu ainda mais.

- Óbvio que na cozinha. - Assenti.
- Onde a mágica acontece. - Eu ri.

- O que o destino lhe reservou dessa vez? - O indaguei.

- A estreia do meu livro foi adiantada e eu faço questão que vocês dois compareçam para me prestigiar . - Eu assenti. - E não se esqueça de levar a Morais consigo, ela será um bálsamo para os meus olhos,claro que com todo o respeito. - Eu ri e assenti.

- Marcos! - Esbravejou o Artur vindo o abraçar com certa urgência.
- Que honra em tê-lo novamente em meu humilde restaurante.
- Sorrimos . - Sua chegada fez uma algazarra em minha cozinha.
- O Marcos alargou seu sorriso.

- Espero que eu não tenha atrapalhado muito o seu serviço.
- Sorrimos. - E Artur, pelo amor de Deus , esse restaurante não tem nada de humilde. - Constatou. - E aliás, possui o melhor serviço à la caste que já presenciei.

- Tudo isso graças ao nosso adorável Nick. - Deus leves batidas em meu ombro.

- Que tal aproveitarmos esse nosso encontro para tomarmos uma bebida ? - Sugeri e eles assentiram . Voltei até o balcão , de onde eu estava sentado e fechei meu notebook e o deixei na bancada junto de minha pasta e retornei ao encontro daqueles dois e os levei comigo até uma mesa mais reservada.




Gisele




Voltei a minha atenção ao meu trabalho e deixei o Davi tagarelando sozinho. Enquanto eu tentava me concentrar em um artigo importante que estava impresso bem à minha frente na minha mesa , meu celular me tirou a atenção assim que começou a tocar. Olhei na tela e vi que se tratava da minha pequena menina mulher. Peguei o aparelho e atendi a ligação com certa urgência.

- Fala! - Encostei as minhas costas no encosto da cadeira e mordi a tampa da caneta que estava em minhas mãos.

- Tia , preciso muito da sua ajuda!
- Implorou-me.

- Ok! - Respirei fundo e retirei a caneta da minha boca. - Vem pra cá, e me conte com detalhes o que se passa com você.

- Obrigada tia. - Eu sorri. - Logo , logo chego aí. - Afirmou me.
- Até daqui a pouco tia.

- Até! - E finalizou a ligação.

- O que essa menina já aprontou?
- Sussurrei comigo mesma.

- Deu pra falar sozinha , Gi?
- Indagou me o Davi rindo da minha cara.

- Eu só estava pensando alto.
- Constatei e logo tratei de tacar em cima dele o meu estojo.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora