Capítulo 16 - Senhora Sarkozy

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Gisele





Fui para casa,quase na hora do almoço.  Vi que havia algumas  chamadas perdidas do Nícolas. Mandei mensagem para ele , enquanto retirava minhas roupas e seguia para o banheiro. Eu estava ensopada de suor. Abri o chuveiro e tomei uma ducha rápida. Tomei cuidado para não  molhar meu cabelo,eu havia  o escovado ontem em um salão  de beleza e retirado algumas  pontas irregulares dos meus fios. A cor,preferi manter. Após  sair do chuveiro  me sequei, e me enrolei na toalha. Segui até  a sala atrás  do meu celular,para verificar se havia alguma mensagem do Nícolas.  E havia. Ele estava me chamando para almoçar  com ele,no Gregos. Sorri com a idéia.  Eu não  pretendia fazer almoço  mesmo. Iria comer algo  rápido, um sanduíche  natural talvez.

Depois de algumas horas, já estavamos sentados a mesa. Nos quatro. O Artur, com a sua "namorada" da semana. O Nícolas  e eu. Resolvi investir em uma roupa mais confortável  e que transmiti-se sensualidade.  Coloquei um vestido , frente única vermelho que parava acima de meu joelho. Ele era um vermelho mais fechado , meus cabelos soltos com algumas  ondas nas pontas  e uma sandália  de salto mais grosso,em um tom mais neutro. Maquiagem,leve como se eu tivesse acabado de acordar daquele  jeito. Assim que cheguei no salão notei que alguns homens pararam de comer para desgustar-me com os olhos.  Eu me sentia poderosa por despertar esse desejo neles. O Nícolas logo veio ao meu encontro e colocou as mãos  em meu quadril, mostrando que a presa já  tem dono.

— Marcela... — Quebrei o pequeno silêncio  que se formou entre nós  na mesa,assim que os rapazes se levantaram para  resolver algumas pendências  no escritório.
— Então,você  e o Artur. — Ela sorriu. — Como se conheceram?

— No conhecemos no prédio  em que moramos. Sou nova por lá.  Ele me ajudou com algumas sacolas  e desde então  não  paramos de nos ver. — Eu assenti.

— Tem muito  tempo? — Ela riu.

— Só  algumas semanas.
— Confessou-me e logo tomou um gole de seu refrigerante de cola.

— O Artur adora fazer novos amigos. — Constatei. — Ainda mais se usar saia.— Ela quase engasgou-se quando ouviu-me disser isso.

— Então,perdi muita coisa? — Sorriu o Artur voltando  a se sentar na mesa ao lado da jovem de fios curtos e escuros. Quase a matei por usar um decote profundo, mais sorri.

— Não.  — Sorri forçadamente.
— Não  perdeu nada. — Tomei um gole do meu suco de goiaba. — Isso aqui está  delicioso. — Constatei. — O Nico,cadê  ele?

— Está  terminando de conversar com um de nossos revendedores de frutos do mar por telefone. — Me disse entre as garfadas de seu almoço.

— Vocês  me dão licença?— Eles assentiram e eu coloquei-me de pé  e segui até  o escritório.



Nícolas





Eu havia terminado a minha ligação. Graças a Deus, todas as encomendas para o mês seria entregue o mais rápido possível.  Nosso estoque  estava perto do fim, e o melhor  com um bom preço  em produtos de qualidade. Levantei-me, e me aproximei da porta , mais fui surpreendido com a minha loira entrando na sala. Sua roupa  estava delineando seu lindo  corpo. E,eu não  me contive em agarra-la assim que tranquei a porta.

— Senti saudades.— Sussurrou   em meu ouvido. E eu me senti o homem mais sortudo do mundo.

— Não  está  com fome? — Ela mordeu seu lábio inferior  e focou em meus olhos com um olhar malicioso.

— Eu tenho muita fome! — Eu sorri. Eu sabia o que ela queria. Era nítido naquela provocação dela. Aquelas coxas roçando nas minhas. Aqueles braços  envolvidos ao meu pescoço.  Aquele sorriso arteiro nos lábios.  Ela era a minha distração para não  voltar a mesa. Para não ficar frente a frente com a Marcela. Mulher na  qual ela sentiu-se ameaçada.  Se ela soubesse que meus olhos sempre foram delas. Que meus pensamentos perversos sempre foram dela. Que meu sonho de vida a dois a inclui a todo momento ,desde o dia em que  a vi pela primeira vez. Aquela minha raiva era uma maquiagem  para o sentimento  que aflorava dentro de mim. — Fome de você! — A segurei  com força em sua cintura. A levantei , e a virei,a  sentando na mesa. Logo suas pernas envolveram meus quadris. Seu vestido levantou-se e revelou suas coxas. Seus lábios  envolveram aos meus e retribui os beijos calorosos que recebi.  — Será  que hoje,nosso filho resolver vir ao mundo?  — Sussurrou em meus ouvidos, enquanto eu beijava seu pescoço  com certa urgência.

— Farei meu melhor trabalho hoje,senhora Sarkozy. — Ela sorriu  e eu a calei com meu beijos apressados.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora