Capítulo 9 - Sim chefe!

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Nícolas




A nossa conversa rendeu um almoço preparado pelo nosso convidado ilustre, e um cafezinho  delicioso,após a nossa especial refeição. Todos sorriam e exalavam alegria. Estávamos entre amigos e nos sentíamos  a vontade perto uns dos outros. Era até engraçado olhar pro Bouer e pensar que o Igor,que nos juntou a anos atrás. E a persistência do Artur em fazer amizade com o chefe que ele tanto admirava.

— Estava magnífico aquele prato de cordeiro ao molho branco.
— Constatou o Artur.

— É sempre um prazer cozinhar pra vocês. — Nós Assentimos. — E eu os aguardo no dia do  lançamento do  meu livro. — Lembrou - nos. — E que tal aproveitarmos para repetir a dose de hoje? — Eu ri.

— Perfeito!  — Concordei com o Artur.

— Agora, vou indo. Vim aqui pra visita-los, e fiquei até agora. — Ele olhou em seu relógio que estava em seu braço direito. E convenhamos que era de uma marca caríssima,onde na certa,aquele era um exclusivo feito por encomenda por ele mesmo.

— Venha mais vezes! — Ele concordou.

— Aguardo vocês dois no meu restaurante também! — Nos afirmou.

— Iremos com o maior prazer.
— O abracei afeituosamente,após Ele abraçar o Artur.


Algum tempo depois



Passei a tarde terminando  de revisar algumas planilhas da contabilidade, estava chegando o dia dos pagamentos dos funcionários  do Gregos. Eu estava sentado em uma das mesas que ficavam um pouco mais reservada. O salão estava repleto de pessoas famintas ,e suas feições apesar de demonstrarem cansaço,eu percebia uma certa satisfação pelo prazer que nossa comida lhes davam. Eu sorria por dentro e por fora,sempre que constatava isso. Apesar de ter a minha sala,eu gostava de ficar junto deles,assim os avaliava sem que eles soubessem disso.

Continuei revisando as planilhas de contabilidade do Gregos ,quando notei a presença  do Luan.  Ele havia acabado de entrar no salão e se dirigia ao balcão. Sua feição não era nada Boa,ele estava visivelmente confuso. Fechei o meu notebook ,e  os guardei na minha pasta de mão. A levei comigo até a minha sala,e as deixei em cima de uma das cadeiras da minha mesa. Voltei em direção a porta e a fechei ,e em seguida me encaminhei até aquele rapaz. Que por sinal, era o filho do meu melhor amigo.



Gisele



Eu estava sentada em minha cadeira, no meu escritório. O Davi permanecia sentado em uma cadeira mais afastada ,com suas pernas esticadas sobre uma outra poltrona acolchoada  trabalhando com o seu computador sem fio em mãos.  Ele aparentava estar  muito concentrado no que fazia, até  o momento que lhe tirei a atenção  do computador.

— Caramba ,que dia quente !
— Murmurei e o Davi assentiu. Enquanto limpava o suor  de sua testa.

— Vou mexer no ar. — Me disse,com urgência.— Eu também  estou me sentindo sufocado nesse forno que você  chama de sala. —  Cemi cerrei meus olhos ,e ele nem se importou. Logo  colocou-se de pé, e seguiu para a saída da minha sala. Ele foi em direção a  ex sala da Lone,onde agora,era a sala que ele devia trabalhar mais ele prefere dividir a minha sala com ele. Não  sei quantas vezes o mandei sair daqui,mais ele não  vai.

Me levantei da minha cadeira e segui até a cozinha da Renome. Era um espaço amplo,com geladeira ,fogão,e alguns armários. Todos em tons claros. Estávamos pensando em ampliar a nossa equipe. Ter uma cozinheira ajudaria muito,já que passamos mais tempo aqui,do que em casa. Precisaríamos também, achar outro advogado que queira se associar a nossa empresa.

— Gi, vou lá  resolver seu probleminha. —  Afirmou-me,assim que voltava em direção  a minha sala. Eu sorri e assenti. Abri a geladeira e peguei um pouco de água,despejei o líquido  em um copo de vidro e devolvi a garrafa  para a prateleira e tomei em um só  gole a tal água. O dia estava absurdamente quente. Não  demorou muito para que eu sentisse o ar gelado que começava  a circular pelos corredores.

— Então,ficou do seu agrado?
— Questionou-me ,de forma irônica tomando o copo de vidro das minhas mãos.

— Tá  perfeito. — Ele riu,e abriu a geladeira em busca da garrafa de água que eu acabará  de guardar.

— Quer sorvete? —  Eu o olhei e rapidamente abri um sorriso.

— Quero.—Ele sorriu. — Onde tem? —  Ele segurou o riso e tomou um gole da água.

— Não  tem. — Eu entortei meus lábios  em sua direção. —  Mais pode ter.
— Afirmou-me, enquanto devolvia a garrafa para a geladeira.

— Deixa pra depois, temos muito trabalho agora. —  Ele assentiu.

— Sim chefe! — Respondeu prontamente de forma irônica. 

— Não  enche! —  Murmurei e voltei para a minha sala. O Davi me seguiu. Assim que chegamos ,voltei a me sentar e ele fez o mesmo.  Respirei fundo,e avaliei a minha mesa novamente. Folheei algumas folhas, até  que  achei um rascunho  de um contrato. — Davi... —  O chamei e ele logo olhou-me. — Você  busca pra mim a pasta do cliente Giovane Gonçalves? Preciso verificar um documento ,antes de digitar o meu rascunho feito a mãos.

— Ok. É  só  isso?
— Indagou-me ,antes de se colocar de pé novamente.

— Acho que  sim. —  Pensei rapidamente olhando alguns arquivos. — Ah,lembrei. Trás  um café  também.

— Gi, você  precisa de um assistente sabia? — Murmurou,enquanto se aproximava da porta.

— Eu vou ter. — O afirmei.

— Temos que divulgar algumas notas, nesses jornais de  "Procura-se emprego". — Eu ri.

— Chama-se "Classificados",besta.

— Que seja. — Deu de ombros ,ignorando os meus depreciamentos sobre sua pessoa.  — Acho que vou ter uma assistente também.  Quero uma bem gostosona, que usa sainha curta,colada. Com aquela blusa social justa com os peitões á mostra. — Eu gargalhei com aquela descrição  tosta.

— É  mesmo! — Ele riu.

— É...— Olhou-me. — É  mesmo. — Ele abriu a porta e seguiu pelo corredor até  a sala de arquivos. Voltei a analisar alguns documentos ,eu assinava alguns,depois mandava alguns e-mails   para alguns clientes remacando alguns horários e volta e meia minha cabeça  vagava para a minha inquietação  em conseguir engravidar.

— Gi, era só  isso? Deixou sobre a minha mesa a pasta e esticou-me um copo com café.

— Sim, era. — Tomei um gole do café.

— Eu vou fazer  mais, volto daqui a pouco. Se precisar de mim , é  só  gritar. — Eu ri.

— Vou gritar mesmo. — O afirmei.

— Eu tenho consciência  disso.
— Murmurou.

— Davi,fecha a porta. —Pedi. Ele tinha mania de deixa-la aberta,só  para ficar me observando enqunato  passava pelo corredor.

— Sim senhora. — Assim ele o fez.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora