Capítulo 30 - Faço Jus ao que dizem

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Gisele






Juras de amor, e uma noite que só terminou quando o sol nasceu. Da tenda na praia, pro quarto. Adormecemos, e a nossa governanta não nos incomodou, mal dava para discernir se ela ainda estava na casa,ou se já tinha ido embora. Eu fui acordada com mais beijos e carícias de um homem insaciável. Eu não me sentia tão bem assim, a muito tempo. A morte da minha mãe me matou um pouco por dentro,mais o Nícolas conseguiu reacender o amor que temos um com o outro.

— Preparada para hoje? — Murmurou no pé do meu ouvido,enquanto eu me espreguiçava com um sorriso que mal cabia no meu rosto. Eu assenti, e me virei para olha-lo. Os cabelos estavam bagunçados, a barba por fazer do jeitinho que eu gostava. Um cordão fino, de ouro pendurado no pescoço, uma pulseira no braço, que lembrava mais um elástico marrom, e o peito com poucos cabelos aparentes. O Nícolas era um rapaz bonito quando o conheci, e agora que envelheceu um pouco, seus traços se aperfeiçoaram com o tempo.

— Eu ficaria com você nessa cama, pro resto da vida. — Ele selou nossos lábios.

— Mas, eu quero te fazer feliz. — Eu sorri.

— Mais? — Eu ri,e ele assentiu.

— Muito mais. — Beijou meus lábios novamente. — A Suzete preparou um café da manhã inesquecível pra gente. Por isso,acho melhor levantarmos. Nosso dia será cheio de emoções.— Ele tentou levantar da cama,mais eu o segurei. E recebi um olhar de repreensão de volta.
— Gi... — Selei nossos lábios outra vez, e o soltei. Ele sorriu, e eu me apressei para me levantar. Saí da cama com pressa, e corri na frente dele.

— Vai ficar aí? — Ele correu,e me puxou pela cintura.

— Eu sei que a casa é nossa,mais a Suzete não tá acostumada a ter hóspedes adeptos ao nudismo. — Eu ri,e me toquei de que não usava nada. Me afastei dos seus braços, e puxei um hobby. Ele entrelaçou as nossas mãos, e juntos seguimos até a sala de jantar. A mesa estava repleta de coisas gostosas, e antes mesmo de me sentar,já puxei um pedaço de bolo e me toquei de que eu estava faminta.

— Bom dia senhora Sarkozy. — Eu sorri para aquela senhora, e me sentei.

— Bom dia. — Mordi outro pedaço de bolo. — Toma café conosco?

— Eu já tomei café bem cedo. — O Nícolas se sentou ao meu lado, e puxou uma xícara para tomar um pouco de café, e aquela senhora saiu de fininho exalando um sorriso cúmplice com o do meu ruivo.

—O que foi aquilo? — O indaguei e ele fingiu não saber do que eu perguntava.

— Aquilo o que? — Não conseguiu segurar o riso. Ele disfarçava muito mal.

— Tá vendo coisas? — Eu neguei, e ele pegou uma torrada no cesto que havia na mesa, e deu uma mordida. — Não é nada. Ela só está feliz por nós. — Fingi acreditar.



Nícolas




Eu sorria sem perceber. A felicidade havia tomado conta do meu ser,de uma forma que eu não me sentia leve desse jeito, a muito tempo. Minha parceira, e mulher. Eu casaria com ela quantas vezes mais fossem necessárias para reafirmar o amor que sinto por ela. Ela não fazia idéia dos planos que eu tinha na minha cabeça. Enquanto ela tomava um banjo, eu ligava pra um amigo meu. Só pra reafirmar o que tínhamos planejado.

— Bernardo tá tudo certo? — Sussurrei, me afastando do quarto e seguindo pro corredor. Ela não podia suspeitar de nada. Por causa do Artur, conheci o Bernado. Eu devia agradece-lo, por ter feito o que fez,pra nos aproximar.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora