Meu pedacinho tão esperado✔

Capítulo 37 - Celebridades

Alguns dias depois

Nícolas

Enquanto eu trabalhava no escritório, fui interrompido pela Verônica que veio me avisar que o produtor do programa havia chegado. A agradeci, e me levantei para sair da sala. Abri a porta com o coração apertado. De longe eu via meu amigo todo feliz, encaminhou o rapaz até uma de nossas mesas e sentou-se com ele. Uma garrafa de vinho foi deixada na mesa, junto de alguns aperitivos. O Artur estava uma pilha de nervos a manhã inteira , que nem os funcionários haviam entendido o motivo,a não ser eu. Aproximei-me deles, o rapaz bem vestido logo levantou-se. Sorriu, e apertou a minha mão forte.

— Nícolas Sarkozy. — Disse meu nome numa entonação respeitosa. — Eu sou o Fábio Moniz, é um prazer te conhecer finalmente.

— Espero que esteja gostando das nossas acomodações? — O Rapaz assentiu,e eu me sentei.

— Como sempre, está tudo impecável.

— Nícolas esse é o Produtor que eu lhe falei. — Os dois se olharam. Ele sabia que eu era a barreira que os impedia.

— Suponho que o Montasse já tenha lhe informado sobre a minha proposta? — O Artur olhou-me.

— Sim. Ele me colocou a parte de tudo,eu só não entendo porque você me quer nesse programa,sendo que a alma disso aqui é o Artur? — O rapaz sorriu.

— Por esse motivo. — Tomou um gole do vinho. — O Artur é a alma, e você o corpo. — Eu não havia pensado desse jeito, mais agora estava encabulado.
— A alma não anda sozinha? Ou anda?

— Não. — Respondi sem jeito. O infeliz sabia ser ser convincente.

— Eu tenho que admitir, sou um fã devoto da história de vocês dois.
— O Artur riu. E eu, me senti desconfortável com o que ele me disse. Ele percebeu. — Calma, eu não sou louco. — Brincou. — Esse lugar, tem quase uma década de vida, e está do mesmo jeito do dia em que abriu as portas pela primeira vez. Ele faz sucesso nas críticas gastronômicas, o próprio Bouer virou adepto da sua culinária Artur.

— Nós que somos fãs do trabalho dele.
— Afirmou o Artur.

— Isso é incrível. Dois caras, do ramos administrativo, largam tudo pra virar donos de restaurante italiano, numa cidade , ou melhor, num país onde a gente entende que pizza e massas são comidas típicas e só.

— Isso mudou, com o tempo.
— Comentei.

— Sim, graças ao trabalho de vocês.
— Eu comecei a relaxar um pouco, e me servi do vinho. — Caramba, eu pensei numa coisa agora, e acho que deveria fazer muito sentido pra vocês dois?

— O que? — Interressei-me,em saber.

— Vocês também seriam sucesso de vendas, em todas as livrarias. — O Artur ficou nas nuvens com aquele comentário.

— Eu não tinha pensado nisso antes?
— O Artur olhou-me, e eu tomei outra gole do vinho. Era muita exposição pro meu gosto.

— Deveria. — Olhou-nos. — Vocês merecem todo esse sucesso. — Outro motivo pra querermos você sentado ao lado da nossa apresentadora, é porque o nome Sarkozy tem um legado, que nos últimos anos ganhou notoriedade. E você é o herdeiro disso tudo. — Logo lembrei-me do meu irmão que partiu, e do outro que eu não fazia idéia de que existia.
— Você é um homem de muita sorte,Nícolas.