Capítulo 20 - Feliz, ou sortudo

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Nícolas







Eu tentava entender como aquilo tudo havia  acontecido. De manhã eu estava animado por finalmente o Gregos assumir um compromisso na televisão. Era um sonho, que eu achava um pouco absurdo , mas o Artur acreditava que seria possivel.  Eu estava feliz,com mais essa conquista dele. Trabalhamos duros ,para que o sonho  dele,que se tornou meu, tornasse realidade. E está evoluindo pelo caminho que deveria seguir. E eu estou muito satisfeito com isso. Amei a Gisele de uma forma tão  intensa,tinha meses que não ficavamos assim, só  nós. Com os problemas longe da gente,e meus pensamentos focados a ela, e ela a mim.  Ganhei um bichano, Félix.  Nome sugestivo bem a cara dela e com um significado muito legal. Feliz, ou sortudo. E ela é  sortuda por nós  achar. E o bichano por ser escolhido por ela. A mulher mais linda e orgulhosa que já  conheci. Que pra mim é  a minha Fênix . Porque eu sou bem aventurado por tê-la em minha vida. 

Eu sei que ela vai renascer pra vida de novo. Ela vai surgir das cinzas e ganhar a cor alegre que sempre teve .  Decobri que a minha filha,minha menina,estava namorando o Luan. Logo o Luan que me pediu conselhos amorosos. Meu sangue ferve só  de pensar que dei conselhos pro garoto que quer tirar a minha pequena de mim. No meio disso tudo. Da raiva,do nervoso por ela me esconder,por ele não  me contar e pelo Artur  que na certa sabia de tudo,também  não  me falar nada. E a Gi? A Gi. Dela eu nem tenho como ficar com raiva. Eu já  sabia que ela tomaria essa atitude. Meninas em  primeiro  lugar sempre.  Isso inclui apenas as mulheres da casa. Me sinto excluído, mais não tem como argumentar com ela, sobre isso. Do nada a coisa muda,e a Marina morre. Eu me sinto um inútil.  Como queria abrir seu peito e retirar  toda dor que há lá  dentro. Depositar em meu peito  e aguentar firme , só  para não  vê-la sofrer. Não,dá. Sou um   inútil para fazer tal ato. Nem tenho poder pra fazer isso. Nessas horas queria ter  nascido um super herói, com o poder da cura. Com o poder da vida. Mais já  temos esse herói e a Marina deve está  com ele agora. E eu fiquei com a missão  de cuidar da Gi,missão  difícil. Mais darei o meu melhor.

Depois de horas, ela deu-se por vencida e adormeceu. Passamos horas tuburlentas. Peguei meu celular e verifiquei  algumas mensagens de texto. Respondi algumas ,do trabalho. Enviei outras, a pessoas queridas dei a notícia  triste. O Davi logo enviou uma resposta rápida e disse que logo chegaria para confortar  a Gi. Era impossível continuar a ter ciúmes dele. Ele se mostrou fiel a ela. E isso que importava. Vê-la bem e feliz. Rodiada de amigos e pessoas que a querem bem. Recebi mensagem do Artur.

Ei cara. Não  fica bravo comigo. Eu não  podia falar nada. O Luan pediu-me que isso ficasse só  entre nós.  Eu tentei ,eu juro.  Mas ele me impediu.

Eu sorri. Não  pela situação  de tristeza que se alojou pela casa. Mas pelo jeito muleque do meu  amigo. Amigos em primeiro  lugar. Antes de mim, a família.  Depois de mim, só  eu mesmo.  Código de homens maduros.  Ele sempre me dizia isso. Eu tinha que concordar.
 
— Nico! — Chamou-me , a Fê. Sua cara não  estava nada boa. Levantei-me do lado da Gisele e fui até  ela. Que permanecia parada no corredor. Fechei a porta e a olhei. A Fernanda  continuava aquela menina doce de antes. Só  que um pouco mais madura. — A Gi,como está? — Seus olhos exalavam preocupação.

— Ela vai ficar bem. — Afirmei.
— Mas,não  foi por isso que você  me chamou? — Lhe disse e ela assentiu.

— A Pérola. — Franzi a testa.
— No meio daquela confusão  eu não  percebi que  ela havia sumido, até  agora. — Contou-me. — Fui levar um sanduiche pra ela no quarto e , ela não  estava lá.  Olhei no quarto do Miguel, e ele disse que não  a viu. Olhei pelo restante da casa e nada  dela. Eu estou preocupada. — Eu enguli a seco. Sentindo meu peito  apertar.

—  Já  tentou ligar pra ela? — A Fê assentiu nervosa.

— Tentei, mais ela não  atende.
— Concluiu. — Nícolas, tô com medo dela fazer algo de errado. — Eu respirei fundo.

— Onde ela poderia está? — Pensei alto. — Uma amiga? — Olhei pra Fê, e ela negou. A Pérola  não  era de ficar na casa dos outros. Concluí a mim mesmo. — O Erick. Perguntou se ela saiu com ele?

— Já. — Me disse nervosa. — Mas não  está. — Afirmou-me, já  ficando nervosa. Meu celular apitou. Abri a mensagem e era da Helena. Não  pensei duas vezes e disquei seu número.

— Helena... — Logo interrompeu-me.

— Ela está  aqui. —  Meu coração  quase saiu pela boca de tão  aliviado que fiquei. — Cheguei em casa agora pouco, fui no quarto do Luan, e à vi  deitada com ele. Imaginei que vocês  pudessem estar preocupados. Avisa a Fernanda por mim.

— Sim. Claro. — Olhei para a Fê  que não  entendia nada. — Ela está  aqui comigo. — Disse inocentemente.

— Está? — Indagou-me confusa. 
— Vocês  voltaram?

— Não! — Neguei rapidamente. — É  uma longa história. — Passei uma das mãos por meu rosto. Enfim...
— Respirei fundo. — Muito obrigado por me avisar. Se não se importar,eu quero ir  busca-la.

— Não me incomodo. — Me disse gentilmente. — Te aguardo.
— Finalizei a ligação e olhei para a Fê, que ainda me olhava.

— Ela está  na casa da Helena, com o Luan. — Ela soltou um suspiro de alívio. — Então  vamos? — Assenti.

— Me espere lá em baixo. Já  vou descer. — Ela assentiu ,e logo o Miguel correu até  ela. Eu voltei para o quarto e me aproximei da Gi,que ainda dormia. Beijei o topo de sua cabeça  e peguei uma caneta na gaveta do quarto da Fê, e um pedaço  de papel e imediatamente me preocupei de escrever um bilhete. O deixei ao seu lado na cama,caso ela acordasse e sentisse a minha falta e dos demais da casa. Fechei a porta e fui ao encontro da Fernanda.

— Podemos ir. — Lhe disse, e o Miguel segurou a mão  de sua mãe  forte. Ele nos olhou,e eu o abracei de lado.
— Você  pode ir conosco. — Concordei  e ele sorriu fraco e seguiu conosco até  o carro.

Meu pedacinho tão esperado✔Onde histórias criam vida. Descubra agora