O celestial foi socorrido às pressas para o hospital, seu estado era crítico. Os três agentes que foram pegos espancando o menino, foram afastados do cargo e iriam responder criminalmente por tentativa de homícidio.
Os garotos mortos pelo celestial, foram removidos do pátio e envolvidos num saco preto, Marcos também foi removido da sua sala. As autoridades ficaram espantados com o caso.
Os dias foram se passando, Natan virou uma lenda no presídio, pelo menos para os detentos, pois ele matou o cara mais carrasco do lugar. O que aumentou a fama do Arcanjo é que ele fez isso algemado e sem nenhuma arma.
Mateus também elogiou muito Natan para seus amigos, tanto os que estavam do lado de dentro da febem, quantos os de fora, através de cartas.
As conversas no complexos eram as mais variadas possíveis, mas sempre envolvendo o nome do celestial, diversas teorias de como ele fez tudo aquilo.
"Ele foi possuído", " Aquele moleque é foda" " Ele matou aquele verme com a força do pensamento" " Ele é um lobisomem, ou sei lá, um alien." etc.
Para muitos meninos que estavam ali presos, Natan virou um herói, pois foi muitas torturas, humilhações, entre outras coisas que Marcos praticou naquele lugar.
O pessoal dos direitos humanos acompanharia o caso do Arcanjo mais de perto, mas agora ele precisaria se recuperar, pois o menino estava em coma, devido a diversas pancadas na cabeça. Foi levado para o hospital Santa Marcelina, que fica no bairro de Itaquera.
Duas semanas se passaram, o celestial ainda permanecia desacordado, os médicos e enfermeiras alternavam entre eles em turnos diferentes para medicação e observação, caso o paciente apresenta-se alguma melhora.
Natan estava numa espécie de sonho, o lugar era um deserto, os raios solares era escaldante, não se via nada além de areia e dunas. Ao seu lado estava a energia negativa, esse ser era a própria imagem do celestial, a diferença era que a fúria tinha os olhos vermelhos.
-Que lugar é esse?- Perguntou o celestial olhando para todos lados ao seu redor.
-Não faço a mínima ideia.- Respondeu a fúria.
Ao longe, no fim do horizonte, um ser se aproximava, ele emanava uma forte luz de sua aura, era negro, cabelo curto, alto e forte. Suas asas eram longas e brancas da cor de neve, vestia uma túnica marrom, com um cordão branco na cintura.
Era o Arcanjo Rafael.
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Arcanjos
FantasyEsta é a história do Arcanjo Uriel, condenado a ter uma vida humana por consequências de seus atos como um celestial, ele enfrenta as dificuldades da vida e da justiça dos homens. Apaixonado, o Arcanjo conhece a morte, caminha pelo inferno, cruza o...