Capítulo 44 Despedida

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O dia clareou, o rádio passou a noite ligado tocando diversos tipos de músicas. Foi quando Natan abriu os olhos. Sua boca estava seca, a dor de cabeça estava de matar. O chão da casa estava molhado de cachaça. Era umas das piores ressacas que o Arcanjo já teve.

O celeste se levantou do chão e ouviu a sua mente:

-Acordou... Finalmente. -Falou o pecado Ira.

-Então você voltou. - Sussurrou Natan coçando a cabeça.

-Sim. Temos algo a fazer, vamos logo, estou ansioso.

-Calma, tenho que hidratar esse corpo, pois ele está muito fraco. - Falou o Arcanjo.

-HAHAHA... O que você fez ontem? Queria beber toda a cachaça desse mundo? Se não tivesse a áurea de um ser celestial, estaria no hospital na beira da morte. -Falou a energia negativa. - Pelo menos você me libertou daquelas malditas grades.

Natan nada falou, se dirigiu até a cozinha e pegou a garrafa de água na geladeira. Após tomar um remédio para dor de cabeça e limpar o chão do odor de álcool, o Arcanjo puxou assunto com a energia negativa.

-Como destruir a morte? Meu pai nunca nos deixou se aproximar dela, ela é neutra entre o bem e o mal, não tive nenhuma informação sobre esse Ser, desconheço tudo sobre esse inimigo.

-Será que algum elemento natural pode ferir ela? - perguntou a Ira.

-Muito difícil, esse ser deve Ser complexo demais. respondeu Natan coçando o queixo.

-Então o que vamos fazer?

-Vou intimidá-la, se eu observar alguma brecha, a destruo. Se os Ceifeiros forem em seu socorro, terão o mesmo fim. Falou Natan num tom sério - Mas antes tenho coisas a fazer com as pessoas que gosto nesse mundo.

O Arcanjo se arrumou e saiu de casa.

Francisco tomava café, Maria estava no quarto dormindo. foi quando Natan bateu na porta.

-Alguém em casa? - Gritou o Celeste.

Francisco abriu a porta e voltou para cozinha para continuar seu café. Natan entrou na casa, foi até onde o homem estava, se serviu um pouco do líquido escuro e se sentou na mesa.

-O senhor está bem? - perguntou o Arcanjo dando uma golada no café.

-Estou um pouco perdido nas idéias ainda, é inexplicável a dor de perder uma filha. Mas Maria está pior do que eu. - Respondeu um abatido Francisco.- E você, como vai indo?

-Estou vivendo a base de álcool e cigarros, não consigo tirá-la da minha cabeça. No dia do ocorrido, eu liguei para buscá-la, mas ela não quis, me disse que chegaria rapidinho em casa. Eu falhei com o senhor. - Falou Natan cabisbaixo.

-Não se culpe, não foi sua culpa. - Comentou Francisco abraçando o rapaz na sua frente.

O Arcanjo foi até o quarto para ver Dona Maria. O cômodo estava escuro com as cortinas fechadas. A velha mulher com depressão, estava deitada coberta por um cobertor grosso, sem problemas se não estivesse muito calor.

Natan se aproximou da janela e abriu todas as cortinas do quarto. a luz do sol penetrou no quarto fazendo dona Maria acordar.

-Fecha as cortinas por favor, seja lá quem for, vai embora, não quero ver ninguém. - Falou Maria cobrindo a cabeça com a coberta.

-Sou eu sogra... Eu preciso falar com a senhora.- Se manifestou Natan - É sobre Karina, o assunto é importante.

-Não quero ouvir, saia do meu quarto, não estou bem. - Insistiu Maria.

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