A entidade invocada não podia passar para o mundo humano, pois estava preso no sangue da garota sacrificada, mas nada o impedia de negociar. Então ele exigiu que os humanos que o invocaram para pedir algo, despeja-sem um pouco de seus sangues num pote de madeira que estava no canto do altar. Era na verdade um contrato pelo os serviços do demônio.
Após fazerem o que o invocado pediu, o líder do ritual pegou o pote contendo o sangue dos membros e o misturou com o sangue da garota morta, com isso o demônio ficou em poder do pote, que imediatamente bebeu o líquido, fazendo assim selar o acordo.-O pacto de sangue foi feito, não há como voltar atrás, farei o que pedirem, mas em troca, após as suas mortes, suas almas serão minhas e se tornarão meus escravos.
- Explicou a entidade.
Todos concordaram em comum acordo.
-O que vocês querem?- Falou o invocado.
Quando um dos membros foi fazer o seu pedido, eis que a entidade o impediu, pois começou a gritar:
-Não... Não. Esse portal é meu, vão embora.- Falava o demônio aos berros. -Seus idiotas, o que vocês fizeram comigo?
Os membros da seita ficaram sem entender.
A entidade invocada se encontrava num portal clandestino, mas outros três demônios descobriram o acesso e entraram, fazendo o lugar ficar muito apertado. O sangue da garota era a porta que impedia esses seres de entrar no mundo humano, mas com tanto seres malignos dentro, a barreira acabou se rompendo, causando uma explosão.
O demônio invocado ficou em pedaços, pois ele era o mais próximo da barreira. Os membros do ritual foram banhados com o sangue do portal, Uriel e Akirel foram jogados longe com a explosão sobrenatural.
Três demônios saíram do portal, que agora não tinha mais barreira e invadiram o mundo humano. Esses seres tinham asas escuras, um tom de pele branco pálido, olhos amarelados, chifres, dentes pontiagudos e com os rostos muito deformados, bizarros. Dois eram esqueléticos e um tinham um porte robusto.
Os celestiais se levantaram às pressas, viram as entidades destruir os portões da loja e voar sem rumo, um deles carregava nos braços uma mulher que participou do ritual. Um outro homem que estava junto, foi dilacerado pelos demônios. Seu corpo ficou estirado no chão vazando sangue pelos cortes.
Os outros três membros saíram em fuga do lugar, estavam com muito medo.
Antes de alçar voo, Uriel se conteve:
-Vamos Arcanjo, eles estão fugindo. - Falou Akirel cheio de adrenalina na áurea.
-Minhas ordens eram apenas para te levar de volta ao Éden. Fazer qualquer coisa sem autorização pode deixar minha situação mais complicada do que já esta.- Desabafou Uriel.
-Você está com algum problema Arcanjo? - Desconfiou o Anjo que via o celeste se conter.
Uriel não se sentia bem, parecia que ele estava prevendo algo de ruim, mas sabia que os demônios não podiam ficar a solta no mundo humano, algo teria que ser feito. Desembainhando a espada, o Arcanjo falou:
-Akirel, vamos caçar esses malignos, depois retornaremos ao Éden.
-Isso... -Vibrava o anjo.
Os dois celestes saíram da loja, abriram suas asas e levantaram voo. Do alto, eles viram duas entidades voando rumo a rua da consolação.
-Vou atrás daqueles dois, ache e destrua o outro.- Deu a ordem Uriel.
O Arcanjo foi no encalço dos dois demônios, era mais rápido, pois suas asas eram maiores. Na esquina com a Caio Prado, Uriel alcançou as entidades, ele voou por cima e desceu com a espada em punhos atingido as costas de uma das feras. A lâmina do celestial trespassou o corpo do demônio. Aos poucos a alma do malígno foi se desintegrando até virar cinzas e se espalhar pelo vento.
Depois de abater a fera, o Arcanjo foi atrás da outra , não demorou muito para alcançá-la. A entidade estava ofegante, teve a sorte de escapar do inferno , mas teve o azar de cruzar o caminho de um Arcanjo, e logo o mais desprovido deles.
O demônio voava o mais rápido que podia, estava nos arredores do hospital das clínicas, foi quando algo o atingiu, uma espada que foi arremessada contra ele. A lâmina perfurou o seu baço, ferindo seriamente a alma. Aos poucos a aura da fera foi virando cinzas, ele estava morrendo , sentia o fim se aproximar.
Depois que o demônio foi destruído, Uriel voou e pegou sua espada que estava em queda livre e foi ao encontro de Akirel que estava no encalço da última entidade.
Quanto tempo sem uma postagem... Caros leitores, me desculpem. Eu estava numa correria brava por aqui e acabei ficando sem tempo, mas voltei.
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Arcanjos
FantasiaEsta é a história do Arcanjo Uriel, condenado a ter uma vida humana por consequências de seus atos como um celestial, ele enfrenta as dificuldades da vida e da justiça dos homens. Apaixonado, o Arcanjo conhece a morte, caminha pelo inferno, cruza o...