Arcanjos

Capítulo 18 Guerra cósmica parte 1

No século 20 do mundo humano, anjos e demônios travaram uma sangrenta batalha, conhecida como a guerra cósmica entre o bem eo mal.

O motivo do conflito.

Deus, o pai de todas as coisas, se ausentou do seu trono para criar um novo mundo numa nova dimensão, esse lugar se chamaria a "Nova Canaã".

Ao saber da ausência do senhor dos universos, Lúcifer ordenou que seus exércitos de demônios, invadissem o mundo do purgatório, com a intenção de devorar todas as almas humanas que estavam a espera do julgamento e declarar o lugar como seus domínios.

Arcanos, o regente de Deus, se preparava para fazer algo, mas antes de tudo, ele se reuniu com os líderes das castas celestiais para organizar uma estratégia de ataque.

O arcanjo Miguel esperava quase que sem paciência por uma autorização para que ele e as tropas celestiais entrassem no conflito. Conforme o tempo passava, mais almas humanas eram devoradas no purgatório.

E foi nesse momento do tempo que Rafael e Uriel voltaram.

-Irmão, observe, esse foi o seu primeiro erro.- Falou Rafael olhando para a cena que viria a seguir.

Todos os anjos estavam munidos de armaduras completas, seus elmos cobriam até o rosto, para evitar qualquer tipo de contato com o sangue inimigo. eles estavam nos arredores do castelo do arcanjo Gabriel, pois lugar era o mais próximo dos portais que conectam os mundos.

Um Arcanjo apareceu entre a multidão de celestiais, era Uriel, ele portava uma armadura dourada que cobria toda a aura, segurava o elmo com uma das mãos. Em sua cintura, a espada de fogo. O celestial era o mais impaciente de todos, ele se aproximou de Miguel que estava na frente da tropa.

-Miguel, não podemos mais esperar, as almas do purgatório estão sendo massacradas, temos que ir o quanto antes. Falou Uriel num tom sério a seu irmão.

-Temos que esperar o aval de Arcanos, vamos seguir a regras. Respondeu Miguel que também se sentia incomodado com a demora.

Os dois Arcanjos ficaram por um longo tempo no debate sobre ir ou não. Até que Uriel conseguiu convencer o irmão para ir para guerra sem o consentimento de ninguém.

-Entrando no conflito agora, estaremos desobedecendo uma ordem direta, Uriel você está preparado para as consequências? - Alertou Miguel.

-Sim.- Respondeu Uriel - Prefiro enfrentar a fúria de Arcanos do que ficar aqui parado observando aqueles malditos nefilins devorando aquelas almas.

Os quatro Arcanjos se reuniram e juntos com o exército angelical, abriram suas asas e voaram para o mundo do purgatório.

Depois desse momento do tempo, nas lembranças de Natan, Rafael congelou a passagem para falar com seu irmão.

-Uriel, você induziu nosso irmão a desobediência, isso foi muito errado de sua parte.

-Sim, eu me lembro disso, mas Rafael, foi preciso, era para um bem maior.- Argumentou o Arcanjo convicto que estava certo.

-Regras foram feitas para serem seguidas e não quebradas. Se o fizermos, então somos errados igual aos homens.

-Rafael, no meu entendimento, a nossa principal regra é obedecer Deus nosso pai e proteger os humanos.

-Entendo, mas você errou- Falou Rafael - Vamos continuar assistindo o que se passou.

O purgatório era um lugar deserto, com inúmeras montanhas e com fortes ventanias. O chão era de terra dura e escura, o tempo era um entardecer a beira da noite. No topo de uma das montanhas, havia uma espécie de tribunal, era de lá que um ser conhecido como "O juiz", presidia o mundo do julgamento. O local era frequentado por trilhões de almas humanas, que aguardavam seu caso e pagavam pelos seus pecados cometidos em vida.

Quando os demônios invadiram o purgatório, eles não sofreram nenhum tipo de resistência, pois não havia ninguém que era páreo para as hordas do mal.

Esse exército era composto por demônios, seres que em épocas antigas, eram anjos que abraçaram a causa de Lúcifer de se voltar contra Deus. Foram expulsos do Éden na base da violência. Caíram do céu e encontraram abrigo no mundo infernal. As almas penadas eram seres que desencarnaram de seus corpos humanos e não aceitaram a morte como destino. Fizeram o mal a outros humanos em vida. Muitos deles foram aceitos nas tropas infernais apenas para fazer número de contingente. Desengonçados e estabanados, lutavam sem nenhuma estratégia. E por último, as bestas, que eram seres criados por Lúcifer, monstros de pouca inteligência, mas ferozes no campo de batalha. Seus corpos eram robustos e tinham a força de vinte homens.

Foi um massacre, uma carnificina, as almas do purgatório se tornaram comida de demônios e seu sangue sua bebida. Poucos escaparam, alguns tentaram lutar pela sobrevivência da alma, mas foi em vão.

O exército demoníaco destruía tudo que via pela frente, tão numerosos, que quase conquistaram quase todo o território do mundo invadido.Até que eles sentiram energia divina, depois avistaram as tropas angelicais se aproximando.

Um dos generais infernais esbravejou contra os seus subordinados:

-Seus desgraçados... Reagrupar, vamos seus malditos, mexam-se agora. Os anjos estão se aproximando.