Arcanjos

capitulo 19 guerra cósmica parte 2

Os anjos sobrevoavam pelo purgatório, no solo, eles avistaram um enxame de demônios, Almas penadas e bestas.

-Irmãos, ataquem por zona, cada Arcanjo lidera seu pelotão.- Gritou Miguel para os anjos.

Os celestiais se separaram, Uriel se posicionou ao sul, Rafael a leste, Gabriel a oeste e Miguel a norte, cada um levava consigo dez mil anjos.

-Prontos ? - Falou Uriel, segurando a espada de fogo. Olhando para todos os lados ele gritou - Atacar... Matem todos.

As tropas angelicais desceram ao encontro das hordas demoníacas feito uma bala, todos estavam com suas espadas em punho, era questão de tempo até a colisão.

O exército infernal aguardava a investida dos anjos, eles brandiam um grito de guerra, suas espadas levantadas para o alto, algumas bestas carregavam na mandíbula, almas humanas mortas, durante a invasão.

Os exércitos se colidiram, muitos infernais foram destroçados, alguns anjos caíram aniquilados. A batalha começou.

O Arcanjo Uriel com a espada de fogo, era preciso em seus ataques, parecia um dançarino da morte, desviava de uma investida e estocava num contra ataque. Sua arma era muito poderosa, os demônios não conseguiam se defender da lâmina flamejante.

Gabriel tinha a agilidade em seu favor, com uma adaga em cada mão, o Arcanjo rasgava seus inimigos com eficiência.

Rafael carregava consigo uma lança longa, ele girava e atacava com precisão, acertava os demônios a distância.

O Arcanjo Miguel portava uma espada longa e pesada, seus ataques era devastador, matando até cinco de uma vez, separando membros, dividindo corpos ao meio. Não havia nenhuma maneira de se defender de suas investidas.

Corpos de ambos os lados se espalhava pelo campo de batalha, o sangue banhava o solo.

Apesar de estar em minoria, os celestiais estavam na vantagem, pois um anjo era dez vezes mais forte que um demônio, mas os infernais tinham umas cartas na manga. Um pelotão de almas penadas surgiram ao longe, eles eram arqueiros, apontaram o arco e atiraram, por um momento, o lugar escureceu, pois eram muitas flechas e vinha ao encontro dos combatentes. Muitos anjos se feriram e outros até sofreram uma flechada fatal.

Algumas bestas serviam de montaria, outros montavam em cavalos infernais, chamados de cavaleiros do inferno, eles entraram no combate, seus ataques fez com que muitos anjos morressem. Monstros voadores também atacaram, com suas unhas longas e afiadas, eles pegaram muitos celestiais de surpresa. Carroças de fogo foram jogadas contra os anjos, essa arma de guerra, ao chegar perto de certo grupo,ela explodia causando um grande dano para quem estivesse por perto. Essas investidas dos infernais, mataram muitos anjos, mas muitos demônios também sofreram com esses ataques.

Em determinado momento da batalha, Uriel se viu frente a frente com um demônio chamado Azazel, trajando uma armadura completa, com o elmo fechado, a pupila e a esclerótica dos olhos escuros, o tom do rosto era pálido, ele era uns dos generais infernais. Uriel segurou firme a espada e cerrou os dentes:

-Já escapou de mim por várias vezes, mas hoje isso não vai acontecer- Provocou o Arcanjo.

-Uriel... você vai sentir o corte da minha lâmina.

Os dois partiram para o duelo, as espadas faziam barulho e saiam faíscas quando se tocavam, o combate era tenso, o infernal se sentia pressionado a fazer algo, pois o Arcanjo era mais poderoso e habilidoso do que ele. Foi quando Azazel viu dois cavaleiros infernais se aproximando para tentar pegar o celestial de surpresa pela costas, mas Uriel era um combatente surpreendente, ele ouviu os galopes dos cavalos se aproximando, para desviar do ataque, o Arcanjo abriu as asas e voou em cima de um dos cavaleiros, arrancando a cabeça do inimigo com um golpe da espada de fogo. Ao pousar no chão, o celestial não perdeu tempo, pegou impulso e atacou o outro cavaleiro, mas em vez de acertar o demônio que montava no cavalo, ele rasgou o animal que servia de montaria, fazendo o infernal ser arremessado para cima, antes de se colidir no chão, o cavaleiro teve a cintura separado de suas pernas por um golpe de espada do Arcanjo.

Azazel arregalou os olhos, sentiu um frio na espinha, ficou ofegante, suas pernas tremiam de medo, sussurrou para si:

-Que eu tenha uma morte digna, e não como de um covarde.

O general infernal segurou firme sua espada e partiu para o ataque contra Uriel. Ambos trocavam golpes de espadas, mas depois de uma desviada de uma investida, o Arcanjo cravou sua lâmina na barriga do demônio. O general cuspiu sangue e sentiu fraqueza, largou a espada, pouco tempo depois, com a visão embaçada, ele viu a espada de fogo se aproximando, era Uriel que num golpe feroz, cortou a cabeça do infernal que caiu morto.

As investidas das tropas demoníacas, foram perdendo as forças, pois Miguel voou até os arqueiros e os matou com seus ataques devastadores. Gabriel levantou voo e destruiu as bestas voadoras. Rafael se concentrou nos cavaleiros, e como sua lança era longa, ele tinha vantagem em atacar sem ser atingido.

Algumas bestas eram enormes, monstros de grande porte, porém lentos e atrapalhados, presas fáceis para os anjos.

Os infernais estavam sendo dizimados, os quatro Arcanjos se reuniram para traçar uma nova estratégia:

-Todos estão bem? - Perguntou Miguel.

Os irmãos responderam sim.

-Vamos acabar com todos- Falava um confiante Uriel.

-Temos que ver se há alguma alma humana desse mundo que sobreviveu. - Alertou Rafael.

-Concordo com você irmão.- Falou Gabriel segurando as adagas sujas de sangue demoníaco.

Do alto de uma montanha, eis que um ser apareceu, ele montava num cavalo negro e de olhos vermelhos. Trajava uma armadura completa de cristal vermelho, sobre as costas, uma capa negra como a noite, na testa, dois chifres tortos e pontiagudos, olhos amarelos como a de uma serpente, segurava uma alma humana morta em uma das mãos, na outra uma chave grande, estava acompanhado por mais sete seres, denominados os pecados. Era Lúcifer, o imperador do inferno.