Não sou moleque|Capitulo 8.2

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"Tenho o hábito de não falar daquilo que ignoro."

Sófocles dramaturgo grego(496 a 405 a.C.) nasceu em Epidauro


Katrina


Como toda segunda,estávamos todas nós reunidas para mais um dia de luta e superação.
Mas o que eu não me lembrava e isso, com certeza, ainda é efeito de meu final de semana atípico, é que ,hoje, é a apresentação do grupo para uma equipe de televisão.

De alguma forma nosso trabalho tem sido tão bem falado e importante na vida das que participam, que atraímos curiosos.

Ainda bem que vim bem vestida, não que eu nunca venha, mas hoje como vou jantar com o Henrique, dei uma caprichada e de certo servirá para aparecer na televisão

Entro no salão que ocorre nossas reuniões e ele está arrumado, como se alguém fosse palestrar. Na verdade, iria. Eu.

Cumprimentei todas as meninas. O pessoal da imprensa já estava presente. E havia muitos convidados a fim de saber o que viria ser a UTPNNM.

A Amber me dá um sinal de que já está na hora de começar, então caminho em direção ao “palco” improvisado e iniciei:

-Bom, primeiramente, Boa noite! Desde de já, agradeço a todos a presença. É muito importante para nós, tudo isso aqui—paro, observo os olhos atentos direcionados à temida Drª Katrina e prossigo:—Este projeto, iniciou há 9 anos. Eu estava chegando ao fim de minhas atividades acadêmicas, quando no meio de uma apresentação de aula de criminologia, eu e a Luana, pegamos um caso de agressão contra mulheres. E Luana—fiz menção para Luana subir ao palco—corajosamente, contou que foi traída e agredida por seu ex-noivo. Abrindo portas para outras colegas de classe pudessem levantar os dedos e  desabafar as violências sofridas por elas.

Percebi que a revelação causou burburinho. Pois só as mais antigas sabiam desta história a qual chamamos de origem.

Luana se apresentou e contou a história dela, assim como eu, ela trabalhava na área jurídica, porém atua na vara da Família. E os repórteres locais estão atentos a cada palavra.
Eu sei que não é fácil para a Luana tocar neste assunto. Ela bloqueou.

Depois prossegui com o desenvolvimento, apresentei nossa rotina. E finalizei:

-- Nosso intuito é mostrar para essas mulheres que a presença masculina não é a coisa mais importante. Que a felicidade é abstrata. É um estado fundamental de espirito. E garantir o direito da Liberdade e o despertar do conhecimento do Amor próprio.

Havia uma equipe de revista de público feminino também no salão e pediu para me entrevistar.

Uau!

Pedi um minuto, agradeci as meninas e enviei uma mensagem para Henrique falando sobre o que estava acontecendo, caso se nós nos atrasássemos e ele só me respondeu:

“a noite é longa, Doutora. Apenas brilhe;)”

--Doutora Katrina, nós da revista Mulheres Brasileiras, gostaríamos de te parabenizar e saber um pouco mais sobre a Katrina. Pois sabemos que com certeza Doutora Katrina Bittencourt, é o nome mais conhecido e temido por muita gente.

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora