Dios mío|Capítulo 38

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Henrique

As horas passaram e eu nem percebi. Não tive muito o que fazer embora eu quisesse. Estou limitado. Os homens, moleques, com identidade de nome de comida voltam a entrar no quarto que estou e dessa vez eles parecem sem paciência alguma.

—Vamos, princesa, levanta. A patricinha está esperado tu.—o tal Macarrão, feijão, sei lá que 'aõ' caralho diz.

Ele vem segurar meu braço com força e neste exato momento tento minha fuga. Uso a força para dar uma cotovelada na região do estômago, o homem tão forte quanto eu, cambaleia para trás e busco acertar mais um murro em seu queixo de gancho para apagá-lo.

Êxito.

Procuro uma arma em seu corpo e acho um revólver calibre 22, melhor que nada.

Saio pela porta, e não vejo o moleque. Caminho livre. Começo a me aproximar da porta a forçando para abrir e então escuto um barulho e alguns pedaços de madeira voar próximo a minha face. Um tiro foi disparado em minha direção paro automaticamente e viro com o revolver em punho.

Mas a pessoa que fez o disparo faz com que eu perca a consciência do que iria fazer. Levantando as mão em rendição soltando o revolver, olho em direção a pessoa que efetuou o disparo, Pietra.

Fico assustado. Como uma pessoa tão vazia e fútil, consegue ser boa de mira e manusear uma arma?

Ok, características de personalidade não definem capacidade. Mas quem iria adivinhar? Nem Mestre dos Magos.

—Querendo fugir do altar, Amore Mio?—Pietra pergunta com uma voz tipo de filme de terror, entende?

Santo Dios! Mulher descontrolada é um perigo ambulante. A peste até aprendeu a atirar.

Não sei se isso alimenta meu ego ou meu pavor.

—Pietra, sabemos como essa história vai terminar... eu e você infelizes. Eu não te amo.—digo com paciência.

A reação de Pietra é clara: ela torna fazer outro disparo mirando meu pé e eu pulo.

Caralho!

—Nós seremos felizes, muito felizes. Teremos filhos e viveremos em Toscana dirigindo os negócios como tem que ser.—eu solto uma risada de nervoso, mas solto.

A demônia mira na altura de minha cintura, na porta, e mais um tiro.

Engulo em seco.

—Acho melhor você ser um bom menino ou senão o próximo tiro será no seu parque de diversões. Embora eu vá ficar muito sentida em o fazer.

Meu pomo de adão sobe e desce, enquanto involuntariamente, cruzo as mãos em frente a região alvo para proteger meu garoto.

—Seu filho da puta!—o cara que eu apaguei vem em minha direção segurando o maxilar.

Acho que fiz estrago.

Me preparo para a defesa de qualquer ameaça de sua parte, porém mais um tiro é escutado.

Alguém toma essa arma da mão dessa louca? Já está virando brincadeira.

Ela deixa um buraco generoso no teto e ganha a atenção de todos.

—Ninguém encosta nele. Tá me ouvindo?—ela grita, como nunca vi, se fosse em outros tempos, acharia até sexy esse grito a moda militar, agora, só rezo para o padroeiro das bolas me proteger.

—Mudanças de plano. Já que aquela vagabunda com quem você me traiu bagunçou os nossos planos—ela diz para mim, ainda apontando a arma.

Se essa merda dispara...

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora