24

3K 225 8
                                    



A ousada entrada do pau no cu do Rodrigo desenvolveu em mim sentimentos antes adormecidos. Mas não foi isso que me irritou, o que me deixou puto foi a forma que Katrina se referiu a mim;

"Cavichiolli"

Sabe se defender? Eu sei que sabe. É isso que me encanta nela. Essa postura autossuficiente dela, metida a cavalo do cão. Mas eu queria defende-la.

Mas ela quis? Claro que não. Só tirou meu direito e dever de defende-la.

Mas esse não foi o augi da noite. Como se não bastasse ela três dias longe, incomunicável. Ela me volta aérea e toda grossa, além do agravante da forma que o pau no cu do Rodrigo, advogado de merda, usou com ela e ela acatou.

Como se ela devesse obediência a ele. Logo ela. 

—O que ele veio fazer aqui?—perguntei a Gabriela que encarava o centro, onde o desgraçado deixou a pizza, pálida.

—Não sei Henrique. Não sei.

Gabriela ficou andando de um lado para o outro enquanto eu recordo da conversa que ela teve com Katrina que escutei.

"Por que você não alegou incompetência?"

Qual a razão que ela poderia alegar incompetência?  Incompetência de que? Afinal, será que esse nervoso e encontro com esse Rodrigo tem a ver com o médico oportunista?

Meus pensamentos foram paralizados quando um som forte foi escutado. Corri em direção do escritório de Katrina com Gabriela e encontrei com o babaca do Rodrigo sorrindo como se nada estivesse acontecendo.

—Acho melhor você ir acalmar sua namorada—ele direciona o discurso irônico para mim.

Sua fala foi como um murro no queixo. Deixa tonto e cego de ódio.

Fui em sua direção e não contei conversa, acertei um gancho de direita em sua face, peguei seu colarinho e o imprenssei na parede.

—Serei bem claro, não procure mais Katrina.

—Ela não te contou, não é?—ele diz frigidamente limpando o filete de sangue em sua boca.

—Disse o que?

—Vejo que não conhece mesmo sua namorada. Mas é esperado. O corno sempre o último a saber.

Ele ri da  paciência que luto em manter porque ele não reagiu, tampouco fez questão de reagir, ao meu murro.

—Está avisado.—solto-o e vou em direção ao escritório de Katrina

Seu choro desesperado é audível. Ela soluça e parece estar aflita.

Isso corta meu coração, por sentir que eu não posso fazer nada, não posso acalenta-la e dizer que está tudo bem, protege-la de todo mal. cumprir com que o meu interior 

Escuto a conversa, o que é inevitável e a reação que tenho vidente nenhum poderia prever,.

Me senti traído por Katrina, por ela não ter me contado que está sendo ameaçada e o pior, eu ficar sabendo porque fui um pentelho atrás da porta.

Caralho, eu disse que eu sou dela, que a amo, frases que nunca disse a ninguém e, mesmo assim, ela não confia em mim. Insiste em me manter afastado de toda sua vida, me impedindo de ser seu companheiro.

Transtornado pela falta de confiança dela assim que Gabriela fecha a boca invado a sala mais nervoso do que deveria.

—Posso saber o que eu não posso saber, Katrina?

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora