Que os jogos comecem.|Capítulo 36

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                          HENRIQUE

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                          HENRIQUE

Não sei onde estou. Não conheço o Rio de Janeiro tão bem quanto gostaria, embora tenha quase um ano que moro aqui. Pietra bateu na porta de meu apartamento aos prantos dizendo que tentaram matá-la. Eu tinha acabado de chegar da academia e ia tomar um banho para encontrar Katrina no escritório quando ela bateu a porta.

—Henrique, pelo amor de Dios me ajude, prego! —ela disse entre lágrimas se jogando em meu corpo.

—Pietra, o que houve?—pergunto descolando ela de mim e dando passagem para seu corpo magro entrar no recinto.

Ela tinha me ligado enquanto eu estava na academia, dizendo que havia recebido mais uma ameaça, o que vem sendo frequente, e tinha a certeza de que era de alguém que queria a empresa de nossa família, não entendi bem o porquê, mas minha mãe logo em seguida me ligou cobrando providencias.

—Eu estava no SPA do hotel e um massagista me garguelou, Henry.—ela senta no sofá aumentando a intensidade de seu choro e me abraçando novamente.

Se Katrina ver isso aqui...

Tento me desvencilhar mas ela me prende ao seu corpo, penso que é pelo desespero. Porra! Eu a compreendo. Afinal eu e Katrina estamos na mesma situação. Ameaças incansáveis, insegurança a todo instante...

Um incansável caça ratos.

—Você já foi à delegacia? —Perguntei quando enfim consegui me livrar de seu abraço.

—Não. Henrique, eu não conheço ninguém nessa cidade. São todos uns selvagens. —Ela diz chorosa.

—Tudo bem, olha, se acalma. Vamos a delegacia, registrar um boletim de ocorrência. Só tenho que tomar um banho e já volto para ir com você.

Ela anuiu e balbuciou um obrigado. Não demorei mais de dez minutos no banho. Apesar de eu achar essa ideia de casamento uma loucura e pouco me importar com a empresa de minha família e com a vida dela, não sou a porra de um egoísta sem coração.

—Já estamos indo.—escuto ao entrar na área da sala, ela falando com alguém na linha.

—Vamos Pietra, se você não se importa tenho que ir buscar Katrina.—digo pegando minha carteira e as chaves do carro.

—Ah, claro vamos...

E depois desse momento não entendi mais nada. Descemos até o subterrâneo, senti como se estivéssemos sendo observados, porém ignorei a sensação quando Pietra sugeriu irmos no carro dela. Ela foi tão convincente e eu, ingênuo, que acabei acatando. E esse foi meu erro. Assim que dobramos uma rua que dava acesso à delegacia, fomos enquadrados por dois carros e logo em seguida mais dois.

—Mas que merda é essa?!—esbravejo tentando pensar em algo para sair desse enquadramento.

Nem armado estou.

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora