Henrique
Como previ ontem, realmente estou tendo dia de cão. Pior não há. Sai de casa sem falar com Katrina, pois ela dormia como um anjo, cansada de tantas emoções de ontem.
Aquela diaba em forma de mulherão do caralho enquanto se manteve relutante longe de mim, me apresentou o inferno. Todos os dias eu brigava comigo mesmo para não invadir seu apartamento e faze-la acordar.
Pela primeira vez, não demorei como alguns amigos meus, de perceber que levei a famosa e temida “chave de boceta”. Desde do dia que cheguei e ela fingiu não se afetar com minha presença e tentar me dar ordens, eu percebi o quão fodido estaria no futuro.
Tentei. Juro que tentei sair com outras mulheres, ter outras diversões, mas a verdade é que todas as minhas cabeças estão amarradas nela.
Nos sete dias que passamos brigados em virtude de seus mistérios que por ventura ela ainda continua a me esconder do que se tratada. Toda maldita noite tive que bater a porra de uma punheta. Eu nem lembrava mais o que era isso. Mas a frustração de pensar que eu poderia estar dando bombadas nela, e, não estava por ela ter o cabeça dura, fazia com que eu me acabasse naquele mundo que abandonei desde adolescência.
Estou à procura de testemunhas para ajudar no caso contra o maldito médico que Katrina concedeu a condicional e foi motivo de minha explosão. Nesse caso, qualquer detalhe é importante, não quero ter o desprazer de ver aquele farabuto do Rodrigo levar a causa.
Estudo o processo incansavelmente, faço uma pequena pesquisa, mas não tem muita coisa, não que eu possa fazer sozinho.
Terei que ter apoio do pessoal de Ribeirão Preto, o que significa que terei que viajar até lá. Agora, por ora, consegui uma reunião com um amigo meu que está de passagem no Rio.
Dirijo até um café com a sensação de estar sendo observado, chego a checar o retrovisor algumas vezes, porém nada me chama a atenção. Estaciono no café em Botafogo e caminho para dentro do estabelecimento.
Avisto meu amigo de infância, Carlos Eduardo, com seus cabelos loiros e olhos verdes atentos. Sua expressão compassiva me encarou quando sentiu minha presença, fazendo um leve sorriso aparecer em sua face.
—Henrique.
Nos cumprimentamos com um abraço duro e dois tapas nas costas e voltamos a nos sentar sobre os olhos atentos de seguranças atentos.
—Todos esses homens são seus seguranças? —inquiro, chamando a garçonete afim de realizar meu pedido.
Ela uma jovem ruiva, de estatura mediana e com pele branca, vem sorrindo cheia de segundas intenções. Antes de chegar a mesa ela se produz e comenta algo com suas colegas de trabalho que sorriem em nossa direção.
—São todos. Aquele ali na mesa do fundo—ele aponta um homem de boné preto que fingia mexer em seu computador—esse atrás de você—olho e vejo o homem lendo o jornal—e, tem mais três lá fora.
—Caralho! Precisa de tudo isso?—torno perguntar e a menina encosta a mesa impedindo imediata resposta de Cadu.
—O senhor já sabe o que vai pedir?—pergunta com uma voz sexy e logo imagino Katrina querendo me matar e consequente ela, por usar esse tom de voz para se jogar em mim.
—Vou querer só um Brunch.—digo frio.
—E o senhor?
—Mais uma água com gás.—Cadu responde e ela sai rebolando a bunda.
Não deixo de observar que é arrebitada, mas a da minha namorada...
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Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]
Romance6° lugar em leitura feminina- dia 09/07/2018 10° em leitura feminina- dia 09/08/2018 Katrina González Bitencourt é, sem dúvidas, um dos nomes mais temidos no sistema judiciário penal brasileiro. Com apenas 29 anos e determinação e ousadia surpre...