Acordo de Paz|Capítulo 4

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-Bom dia, garotas

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-Bom dia, garotas. Estamos começando mais uma sessão da UTPNM e essa manhã temos 2 novas integrantes do nosso time. -Falei animada erguendo uma das sobrancelhas e provocando alguns risos nas mulheres do grupo.

  Sexta-feira era dia das sessões especiais. Nós nos reuníamos em ambientes ao ar livre para praticar alguns jogos e brincadeiras que pudesse trazer prazer e reflexões. Hoje nos encontrávamos sentadas na areia da praia de Copacabana. Eu vestia uma saia de praia longa juntamente com uma regata branca. Não era dia para lágrimas.  Nesses encontros tudo o que eu queria provar é que era possível ser feliz sem a presença de um homem em sua vida.

  Encarei Jack, Tânia, Lilian e Júlia para que essas pudessem se apresentar para o resto do grupo. Ficou decidido que durante o período de um mês elas visitariam o nosso grupo para que, após eu vencer a aposta, se tornassem integrantes oficiais da UTPNM.

  -Ah, bem... Eu sou a Júlia, tenho 21 anos e nasci em São Paulo.

  Sorri com a timidez da loira. Ela era realmente uma fofa quando não agia como tonta apaixonada. As suas bochechas rosadas eram o que bastava para conseguir a aprovação de qualquer um.

  -Sou Jackeline, tenho 24 anos e sou carioca.

  Jack era o oposto de Júlia. A sua postura exibia tranquilidade. Parecia ser alguém que nunca era atingida pelo stress e talvez até mesmo a pessoa para a qual todas pediriam conselhos. Os seus cabelos eram escuros e curtos com uma franja arredondada emoldurando o seu rosto. Ela era estilosa e eu amava isso.

  Para mim, as mulheres não deveriam perder o seu estilo após cursar direito e, infelizmente, era o que ocorria na maioria das vezes porque muitas de nós optam por um look mais formal e tradicional visando a manter o respeito dos colegas de trabalho. Triste, não é mesmo? Mas ninguém nunca disse que seria fácil.

  -Meu nome é Tânia, completo 25 anos na próxima semana e sou paulista também.

  -Olá, meninas! Eu sou a Lilian, mas para vocês é Lily, tenho 26 anos e estarei formada em direito no final do ano.

  Eu não sabia dizer o que mais me incomodava em Lilian, o seu sorriso forçado que tentava agradar a todos ou o seu timbre fino de garota frágil clamando por ajuda. Tentara de todas as formas existentes não julga-la porque a garota era mais nova e estava vivenciando a sua primeira experiência em um fórum mas admito que ela não facilitava as coisas. Sabe quando você apenas sente maldade no olhar de uma pessoa? Quando escuta uma pitada de ironia acompanhando os elogios? Era nisso que eu me flagrava pensando com frequência ao conversar com Júlia por algumas semanas.

  Entretanto, a garota nunca me fez nada e portanto não merecia ganhar uma inimiga como eu... Ainda... Geralmente eu não me enganava com o julgamento de um pessoa.

  Mantive o sorriso no meu rosto e esperei o meu grupo as cumprimentar e se apresentarem também.

  -Muito bem, meninas. Agora que vocês já se conhecem nós podemos iniciar a sessão de hoje e, como vocês sabem, o grupo sempre tenta fazer algo diferente nas sextas. Por isso... eu resolvi fazer uma dinâmica para restaurar a nossa confiança. -Fiz um aceno com a cabeça para uma delas que começou a entregar papéis e canetas na pequena rodinha. - Luana vai entregar uma folha para cada e vocês terão que escolher alguém do grupo e escrever coisas que invejam nela. Essa primeira etapa é bem tranquila e vamos esperar cinco minutos para entregar as folhas preenchidas.

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora