Você me deu vontade de levantar e gritar|Capitulo 9.2

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Henrique.  

Tenho tido uma semana de cão. Desde segunda minha cabeça não funciona direito. Já estive com mulheres espetaculares, mas nenhuma chegou tão próximo da noite que estive com Katrina.

O fato de ela ter me deixado sozinho naquela casa, me deixou possesso. Senti-me usado, meu ego foi seriamente ferido. Meus planos era acordar com ela em meus braços e tudo que aconteceu foi o sol batendo em meu rosto com o barulho do mar. Nem um singelo bilhetinho ou mensagem a desgraçada deixou.

Voltei para o nosso prédio com muito ódio, minha vontade era de mostrar a ela que não é nada cortês deixar um homem a ver navios. Traduzindo: Joga-la na parede mais próxima e fude-la até perder os sentidos. Mas ao invés disso, troquei de roupa e fui trabalhar revoltado.

No trajeto até o Ministério fui praguejando e pensando na possibilidade de vingança. Mas nada vem a cabeça, vou para minha sala sem cumprimentar ninguém, o único pensamento que vem a minha cabeça é que nunca, repito, nunca, mulher alguma me deixou solitário. Pelo contrário, era eu quem fazia isso. Todas sempre se esforçaram muito para passar por minhas mãos. Exceto Pietra, até por que todo aquele relacionamento foi por pura conveniência.

O que deixou Katrina fazer jus ao nome dela nesses dias, que me faço presente? Ou seja, o que a deixou transformar minha vida num furacão? Eu não sei. Mas tenho que responder a sua cortesia a altura.

Check Matt!

O caso Sarah. Ela não gostou de minha intromissão. Dada à hora de tirá-la da zona de conforto. Interfono para minha secretária e peço que ela consiga o caso. E todos que ela julgou nos últimos meses. Hora de servir a sociedade, esse é meu verdadeiro papel, se eu achar, óbvio que diretamente não poderei fazer nada. Mas o desembargador que por acaso é muito meu amigo, pode.

Com um imenso sorriso estampado no rosto inicio meu trabalho. Reviso todos os processos e suas decisões, realmente, o único que achei absurdo foi o da Sarah, então neste eu recorro, pedi para um defensor público, daqui mesmo fazer isso.

Quero ser uma mosca para saber a reação dela, quando souber que o Ministério, eu, recorreu. Farei melhor! Darei essa maravilhosa noticia pessoalmente. Divago imaginando como farei para dar essa noticia quando sou interrompido pela minha doce secretária Ana, liga avisando que o investigador está a minha espera, ordeno que peça que ele entre.

--Henrique. Quanto tempo!—ele me sauda.

--Não tanto assim. Quais são as novidades?—Pergunto não muito paciente.

--A prisão do Fortunato será nesta Sexta, como você já sebe. Porém não vim tratar deste assunto. —ele diz sentando em minha frente—Ontem a polícia de São Paulo, necessariamente, Ribeirão Preto, prendeu o secretário de um politico daqui do Rio. —assinto e ele prossegue—o desgraçado abriu o bico, e quis negociar com o promotor de lá. Enfim o que realmente nos interessa é que o esquema vai muito além.

--Em que sentido vai além?

—Bom, ele citou o nome desse médico aqui—ele abre uma pasta e me mostra—esse é Ricardo Muniz Mazzaropi, o médico que está desviando dinheiro e está envolvido em coisas fraudulentas lá em Ribeirão, principalmente naquele esquema de próteses que deu na Tv, mas o que interessa é que o Prefeito o denominou como diretor de um hospital daqui do Rio, e vários outros cargos públicos, e em dois anos de mandato o cara nunca pisou os pés aqui.

—O que sabemos sobre ele?—Pergunto com uma raiva no fundo da garganta. Quando a corrupção terá fim?

—Bem, que o cara tenha um puta de excelente advogado, que por sinal é o melhor do estado de São Paulo e é irmão dele.—fecho o cenho pra ele, que continua—Há quase três anos atrás esse mesmo médico foi a júri por fazer pacientes passar por tratamentos e cirurgias que não eram necessárias, tudo para superfaturar, mas ele foi absolvido. Ano passado uma paciente o acusou de ele ter a molestado, mais uma vez, o caso não foi a frente.

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora