Sufocada|Capítulo 40

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30 dias

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30 dias. Um mês se passou desde que tudo aconteceu. Hoje, oficialmente, estou recebendo alta para a retomada de minhas atividades. Juro pela minha alma que já não suportava mais tanto mimo.

Passei dez dias no hospital, ok. Depois disso, os vinte e um dias que se arrastaram, o time composto por Gabriela, Tia Alexandra, Tanaka e Henrique, passaram a me sufocar de tantos cuidados desnecessários.

Eles se revezavam entre si para não e deixar só. Embora eu ache isso nobre, me irritou.

Sambataro também queria ficar aqui, mas eu mandei que voltasse para o braço de sua família. O que ele fez por mim, jamais poderei pagar ou esquecer. Foi extremamente arriscado e de uma uma nobreza incalculável.

Ainda há um risco, Rodrigo está solto por ai.

Mas o circo para este está se fechando também, minha amiga da segunda instância decretou a preventiva dele e a Interpol já está avisada. Ou seja, é uma questão de tempo.

—Vamos entrar com a papelada dos meninos hoje? —Henrique entra no closet, para se arrumar

Como eu disse, estou voltando a rotina. Hoje eu tomo o que é meu. A começar pelo fórum. Ver outro juiz em meu lugar, fazendo coisas que eu jamais faria foi o mais doloroso desse período de trevas.

Eu amo aquele lugar como a minha casa!

—Henrique, já conversamos sobre isso. Vamos com calma, tudo bem?—digo colocando um par de brincos, saindo.

Tem uns quinze dias que o assunto de Henrique é só sobre adotar os gêmeos. O compreendo, quero isso tanto quanto ele, mas não acho correto trazê-los para nossa vida enquanto ela está uma bagunça ainda.

Veja, Rodrigo ainda está por ai, o julgamento da liga do mal ainda não saiu, e querendo ou não, ainda não me recuperei de toda ação. Isso reacendeu uma coisa que ignorei por muito tempo. Ainda vejo Lucas e Matheus sendo mortos por Ricardo e toda a cena de treze anos atrás.

Perdeu mais um bebê por causa de Ricardo...

—Eu sei, meu amor, mas eu queria que eles no natal já estivessem conosco.—ele me segue pelo apartamento insistindo.

—Henrique, por favor, já conversamos. Eles vão passar o natal conosco, como todos os anos faço, faremos o natal no orfanato.

Converso tentando manter a calma que ultimamente não possuo. Esse assunto tem me tirado do sério.

Ignorando sua presença vou para a cozinha fazer o desjejum e pensar em como será meu dia:

Primeiro vou expulsar o juiz substituto; vou ficar a par de tudo o que ele fez; prestar os esclarecimentos ao supremo através de nota; entrevistas e, por fim, reunião com as meninas e casa.

O último trimestre do ano é de tirar o ar de tanto compromisso, é uma tropa de pedido de adiantamento especial de audiência, pedido de liberdade, as malditas audiências de custódia triplicam... eventos sociais... é um verdadeiro pandemônio.

Treinada para não Amar_ Katrina[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora