Capítulo 28

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Uma semana e meia depois...

Natalie P.O.V

Havia passado uma semana e meia desde que Harry tinha ido para Nova Iorque. Eu tinha acabado de chegar de Paris, tive um evento para ir lá. Nós nos falamos todos os dias, mas tem uns dois dias que não nos falamos. Eu até liguei, mandei mensagem, mas nada de receber um retorno.

Eram 20:00 e eu tinha acabado de arrumar minhas coisas nos seus devidos lugares, estava agora pensando no que iria comer. Talvez eu vá comprar um McDonalds. Sorri só de pensar naquele hambúrguer com uma coca gelada e aquelas batatinhas fritas, meu Deus.

Era isso mesmo que eu iria comer. Peguei meu celular e a chave de carro, saindo de casa. Fui no Drive Thru do McDonalds, afinal eu estou de pijama para entrar dentro do estabelecimento. Não que eu tenha problema de entrar nos lugares de pijama, já sai tantas vezes para ir comprar pão, mas dessas vezes o pijama era mais bonitinho.

Como estava tendo promoção e eu iria fazer maratona das minhas séries hoje, pedi dois hambúrgueres e duas batatas fritas. Lembrei que tinha refrigerante em casa, então não pedi.

Estava quase chegando em casa, quando ouvi meu celular e ver o nome "Harryzito " e um coração na tela. Sorri e atendi o mesmo.

– Lie? - Harry murmurou com a voz fraca. - Cadê você? Eu preciso de você. - ouvi seu choro.

– Harry? Oh meu Deus, o que aconteceu? Onde você está? - perguntei desesperada.

– Eu estou aqui no seu condomínio. Por favor, vem logo. - soluçou e isso fez meu coração apertar.

– Certo. Tudo bem, eu estou quase chegando. - disse e desliguei, para eu voltar a me concentrar no volante.

Acelerei o mais rápido que pude, afinal, Harry precisava de mim. E eu tinha que estar lá por ele. Quando cheguei, peguei minha comida e subi o mais rápido possível.

Parei de correr assim que o vi sentado no chão, enfrente a porta do meu apartamento. Harry estava todo encolhido e com as mãos no rosto.

– Hey, eu cheguei, estou aqui. Vamos entrar. - murmurei me agachando ao seu lado. Harry me olhou e levantou. Abri a porta e ele entrou, coloquei a comida no balcão da cozinha e voltei para a sala, onde ele estava sentado no sofá. - Harry... - falei me aproximando e ele me puxou, me fazendo sentar no seu colo com as pernas de cada lado, depois afundou sua cabeça no meu pescoço e chorou.

Eu o apertei no meu abraço, enquanto ele soluçava. Meu Deus, vê-lo desse jeito estava quebrando meu coração.

– Harry, meu amor, me fala, o que aconteceu? - eu pedi segurando seu rosto com minhas mãos. Ele me olhou com seus olhos vermelhos de tanto choro, o verde se perdia naquela vermelhidão.

– O Robin, meu padastro, e-ele m-morreu. - soluçou mais ainda quando pronunciou o final da frase.

– Oh, meu amor, eu sinto muito. Escuta, vai para o quarto, tira sua calça e sua blusa e se deita lá. Fica confortável. - eu disse saindo do seu colo, mas ele me puxou.

– Não, quero ficar com você. Por favor, Lie, não me deixa agora. - Harry disse e começou a chorar de novo. Merda, agora quem vai chorar sou eu.

– Eu não vou, Harry. Vou para o quarto também. Preciso ir na cozinha. Vai lá, já já eu chego. - dei um beijo em sua bochecha e ele assentiu, fazendo o que eu pedi.

Suspirei e guardei a comida no microondas, perdi até a fome. Se ele tiver fome, eu pego para ele comer.

Desliguei as luzes da sala e da cozinha, depois fui para o quarto. Encontrei meu amigo só de cueca, sentado na beira da cama e olhando para a janela.

Como eu já estava de pijama, só fiz subir na cama e deitar. Harry me olhou passando a mão na testa e se deitou no meu peito, suas pernas ficaram uma de cada lado do meu corpo. Estávamos na mesma posição que ficamos depois de termos transado no ano novo.

Nos cobri com o edredom e comecei alisar seus cabelos.

– Robin tinha câncer. - Harry murmurou depois de um tempo. - Vinha há um tempo lutando contra ele, mas não deu, ele se foi. Igual a mãe do Louis, ela também se foi por conta do câncer. Mas já tem uns meses.

– Nunca soube que seu padastro tinha câncer, muito menos que o Louis tinha perdido a mãe. - murmurei.

– Nunca gostei de falar sobre o assunto, assim como o Louis. Ele era muito apegado a mãe.

– Ah... E o enterro, quando irá ser? - perguntei.

– Amanhã. - Harry disse. - Você... Pode vir comigo? Por favor? - ele agora me olhava e eu não tive como dizer não.

– Claro. E sua mãe e sua irmã não vão achar ruim? - perguntei.

– Não, elas que me encorajaram a te pedir para ir comigo. Eu não queria pedir uma coisa dessas para você.

– E por que não? Harry, eu estou aqui para o que você precisar, está bem? Entenda isso. - disse e ele assentiu.

– Quando ele faleceu? - perguntei.

– Ontem de manhã. Eu vim anteontem, queria te ver o mais rápido possível, sem contar que não estava me sentindo bem lá em Nova Iorque. Aí no dia seguinte que eu chego, ele se foi. Não deu nem para se despedir. - Harry disse começando a chorar de novo e dessa vez eu fui na mesma onda que ele. - Por que está chorando? Oh, não chore, amor. Sinto muito estar te fazendo chorar. - ele disse passando os dedos pelos meus olhos.

– Tudo bem. Você está com fome? - perguntei.

– Sim, não como desde ontem. - ele disse e eu arregalei os olhos.

– Eu vou pegar os Mcs que eu comprei para comermos. - disse e ele sentou na cama.

– Não estou com fome, Lie.

– Você está ou não está com fome? Aí, não importa. Você vai comer. Volto já.

Me levantei da cama e fui para cozinha pegar os hambúrgueres. Coloquei Coca-Cola para nós e voltei para o quarto.

– Aqui. - entreguei para ele.

– Que déjà vu. - Harry murmurou e eu concordei lembrando daquela vez que ele veio aqui em casa e comemos hambúrguer aqui na minha cama e no outro dia íamos viajar.

Sentei a sua frente na cama, encostada na cabeceira da cama. Observei Harry comer seu hambúrguer e suspirei. Eu sabia como estava sendo doloroso para ele. Harry vivia me contando sobre sua família, sobre o Robin, que o tratava como filho, afinal Anne estava com ele desde que Harry era pequeno.

– Quer assistir algum filme ou prefere conversar? - perguntei para ele, enquanto colocava uma batatinha na boca.

– Nenhum dos dois. Eu... Só quero ficar calado ao seu lado, pensando na minha vida. E em como eu sou sortudo por te ter. - ele me olhou e eu terminei de mastigar a batatinha, olhando para ele.

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Hey babes, mais um pra vcs, só que dessa vez triste :(

Bjs, amo vcs ❤️

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